segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Jerusalém é Indivisível




Na história de Israel Jerusalém sempre ocupou um lugar significativo como Capital – Desde épocas longínquas quando Davi conquistou a cidade e transformou-a num local de adoração a Deus, Jerusalém passou a ser o centro espiritual para toda a nação.

Na época de Neemias, a cidade estava completamente arrasada por causa dos anos de cativeiro em que os judeus ficaram distante da sua terra. Foi preciso coragem e determinação para erguer os muros e tornar Jerusalém uma cidade novamente fortificada.

Foi em 1948, ao término da Guerra de Libertação que parte da cidade ficou sob domínio árabe. Assim nasceu essa denominação de Jerusalém Oriental. 

No cenário bíblico Jerusalém é a cidade que D-us escolheu para nela colocar o seu nome para sempre. Todos os episódios da história bíblica enfatizam Jerusalém como uma cidade eterna e indivisível. Ela simboliza a Jerusalém Celestial. É fonte de inspiração para poetas e músicos. Fatores geográficos determinam que ela esteja no centro da Terra. 

No presente século, a cidade passou a ser considerada como patrimônio histórico mundial. Em seu artigo, Osias Wurman escreve que “Jerusalém pertence a todos nós”. Para os cristãos ela é a cidade santa. Para judeus é a Yerushalaim Zahav. Não existe um só religioso que não deseje viajar para Israel só para entrar na cidade de Jerusalém, por causa de episódios marcantes da história bíblica.


Administrativamente falando Jerusalém tem problemas como qualquer outra cidade do mundo, mas a iniciativa de construção de novas moradias na cidade tem sido causa de protestos das Autoridades Palestinas. O Primeiro Ministro Netanyahu autorizou essa semana a construção de mais 1100 casas nos novos bairros, em especial Gilo.














Essa atitude recebeu inúmeras críticas devido ao pedido das AP de reconhecimento de um estado palestino tendo Jerusalém Oriental como futura capital. Um dos países a apoiar e reconhecer o Estado Palestino foi o Brasil no ano passado, o que estimulou uma onda de reconhecimentos sul-americanos e aderiram a ideia a Bolívia, Equador, Cuba, Venezuela, Nicarágua e Costa Rica. Uruguai, Paraguai e Peru estão a caminho de seguir o exemplo dos anteriores.

No entanto, desde 1980 que essa parte da cidade já foi anexada ao território de Israel por uma lei criada pelo Parlamento Judaico – Knesset. Em julho do ano passado já havia cerca de 190 mil israelenses morando em bairros novos.

Estatísticas mostram que a população israelense na Cisjordânia aumentou de 3.500 pessoas em 2010 para 312 mil. Dos 42% do território na Cisjordânia em que Israel investiu em novos bairros no ano passado, temos um aumento significativo em 2011.

A etimologia da palavra Jerusalém mostra que existem vários significados para o seu nome, o principal deles é que ela pode ser chamada Cidade de Paz – (Uma ironia do destino que ela seja a causa de tantas guerras). 

Um artigo no Jerusalém Post mostra que existem 70 nomes que foram utilizados para denomina-la. O próprio relevo da cidade nos mostra que no primeiro século existiam duas cidades: a cidade alta e a cidade baixa. 

Nas profecias bíblicas a respeito da cidade, nunca existiu uma Jerusalém Oriental como se menciona hoje.

Desde que o Cristianismo começou a crescer a cidade de Jerusalém foi disputada por cristãos e suas Cruzadas. Numa sequência de vitórias e derrotas a cidade foi passando de mão em mão até o Mandato Britânico. Em 1948 com a criação do Estado de Israel Jerusalém voltou a figurar como a cidade dos judeus. Mas somente em 1967 a parte oriental foi anexada durante a Guerra dos Seis Dias.

Diversas melhorias foram feitas, ruas pavimentadas, lugares considerados sagrados foram restaurados e muitos outros abertos a visitação pública como o Muro Ocidental. Embora que, por diversas vezes se critique o Governo de Israel pelo que chamam de “ocupação” ou “assentamentos judaicos”, muito se foi feito em favor da cidade de Jerusalém.




Marion Vaz

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