sábado, 29 de setembro de 2012


 
 Shabat em Jerusalém às 16:52 (horário de Israel)
 
 
 
 
 

Tributo a Avraham "Bren" Adan


 
 
Em 5 de março de 1949, Israel lançou Operação Ovda, a última manobra militar da guerra. Em 10 de março, as Forças de Defesa de Israel chegou às margens do Mar Vermelho a Eilat. Para simbolizar a sua vitória, eles levantaram uma bandeira improvisada criada a partir de uma folha branca e um frasco de tinta.
 
Avraham faleceu, na tarde de sexta-feira, com idade de 86 anos, em sua casa em Hod Hasharon, nordeste de Tel Aviv.
 
A bandeira improvisada foi feita quando se descobriu que a Brigada não tinha uma bandeira de Israel na mão. Os soldados encontraram uma folha, desenharam duas listras de tinta, e costuraram a Estrela de Davi arrancada de um kit de Primeiros Socorros.
 
 

 
Moshen Dayan e Avraham


 
Avraham (centro) e Shimon Perez
 
Em Eilat, uma escultura de bronze feita pelo escultor israelense Bernard Reder comemora o evento. A famosa foto do hasteamento da bandeira de tinta, tomada pelo soldado Micha Perry, foi comparado com o hasteamento da bandeira americana em Iwo Jima.
 

 
 
 
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Avraham_Adan

http://www.israelhayom.com/site/newsletter_article.php?id=5935



 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Expiação dos Pecados



Na relação entre um judeu e Hashem há alguns níveis:

A) A ligação que se forma através do cumprimento dos Mandamentos de Hashem: Quando um judeu recebe sobre si o reino dos céus e está disposto a cumprir as ordens Divinas, ele se liga com Ele.

B) Uma ligação interna entre o judeu e Hashem: Esta é uma ligação mais profunda e elevada do que aquela estabelecida pelo cumprimento das mitzvót, pois quando um judeu peca, transgredindo uma ordem Divina, isto o envergonha tanto que ele se arrepende e faz Teshuvá.

A Teshuvá é oriunda desta ligação, que é profunda em sua alma. Ela tem a força de tirar as manchas causadas pelos pecados e fortalecer sua união com o Todo Poderoso. Esta adesão, apesar de ser muito mais elevada do que a feita pelo cumprimento das Mitzvot, é, porém limitada, expressando-se apenas na Teshuvá.

C) Uma ligação por si: Quando a alma de um judeu se une à essência de Hashem. Esta ligação não tem dimensão nem limites. Esta ligação não pode se expressar de maneira nenhuma, nem mesmo pela Teshuvá. É impossível desenvolver este relacionamento através de alguma ação, é uma ligação natural derivada da própria alma do judeu que é "uma parte de Hashem".

Da mesma forma que é impossível formar esta ligação, é impossível enfraquecê-la ou atingi-la através de pecados. Nesta união tão sublime, as transgressões não atingem por isso 'a essência do dia da expiação'.

No Iom Kipur se revela em cada judeu a sua própria ligação com Hashem, a união da sua alma com o Todo Poderoso. Quando este nível de adesão se revela, todas as falhas e manchas desaparecem.

Em níveis mais inferiores, onde os pecados causaram as manchas, aí sim devemos agir fazendo Teshuvá, pedindo pela a expiação e fortalecendo a ligação com Hashem, uma ligação que romperá e removerá tudo que a possa prejudicar. Mas a expiação de Iom Kipur é feita através da luz deste nível tão elevado no qual não ocorreu nenhuma falha, por isso basta a essência do dia para que ela aconteça!

(Baseado no Likutei Sichot Vol.4 do Rebe de Lubavitch)

Autor: Rabino Yehuda Kamnitzer

Link http://www.webjudaica.com.br/chaguim/textosFestaDetalhe.jsp?textoID=86&festaID=13

   

sábado, 22 de setembro de 2012

Shofar



Esse instrumento feito de chifre de carneiro é um dos mais antigos. A ele não se atriu "grande importancia ao campo musical pois não produz notas suaves e delicadas.

Sua real importância é no campo espiritual, pois o som induz o homem a reflexão e ao arrependimento.

No Rosh Hashaná ouvimos três tipos de sons:



- tkia - Um som longo e uniforrme

- shevarim - som entrecortado em três "notas"  médias

- trua - som entrecortado em nove sons mais curtos







O Shofar foi tocado em várias ocasiões no decorrer da Hisória (bíblica e moderna), mas queremos destacar um dos momentos mais marcantes para o Estado de Israel - 1967 na reunificação de Jerusalém- o shofar foi tocado junto ao Muro Ocidental - Kotel


Das várias funções do toque do shofar podemos destacar:

-  Anunciar a Soberania de D-us
-   Lembrar o Dia do Juízo


"Que cada um abandone o seu mal caminho e seu mau pensamento e regresse a D-us
 para que Ele possa ter misericória de vocês"
 
Rambam
 
 

Fonte das imagens http://www.judaica-mall.com/shofar-14009.htm


 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012



"E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus e perdoarei os seus pecados..."

Yom kippur está próximo.

 
Kotel
 
 

 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Salmos Penitenciais de Rosh Hashaná

Ao entrar na Sinagoga o judeu se inclina diante do Hechal e diz:

E eu, apoiado na multidão das tuas misericórdias entro na tua Casa e, com reverência, me curvo ante o Sacrário do teu Santuário...

Salmos Penitencias:

Salmo 17 "Ouve, Senhor, a justa causa; atende ao meu clamor;dá ouvidos a minha oração..."

Salmo 25 "A Ti, Senhor,elevoa minha alma. Ó D-us meu, em Ti confio..."

Salmo 32 "Bem Aventurado aquele cuja transgressão é revelada; cujo pecado é coberto..."

Salmo 51 "Compadece-te de mim, ó D-us, segundo a tua benegnidade..."

Salmo 65 "A Ti, ó D-us, é devido em Sião um hino de louvor..."

Salmo 85 "Foste benigno para com  a tua terra , Senhor, fizeste voltar os cativos de Jacó..."

Salmo 86 "Senhor! Inclina o teu ouvido; ouve-me que sou um aflito e um necessitado..."

Salmo 102 "Senhor, ouve a minha oração e a Ti chegue o meu clamor..."




Fonte:
Ritual das Orações de Rosh Hashaná - Tradução de David José Perez
Editora Monte Scopus  RJ 1956

O referido livro foi um presente do meu amigo Cohen em 1985. Baruch HaShem.

 

domingo, 16 de setembro de 2012

Shana Tová Umetukah



Ano  Novo Judaico 5773

A Simbologia dos Alimentos no Rosh Hashana

 
 

 

Comemos diferentes vegetais cujos nomes são uma alusão ao bem.

 
Comemos cenouras, que em yidish são "mehren", que significa 'aumento'. Pedimos ao Todo Poderoso que nossos méritos sejam aumentados.

Comemos alho-poró, que em aramaico são "karasai", que também significa 'cortar'. Pedimos que HaShem "corte" (remova/afaste de nós) nossos inimigos.

Comemos beterrabas, em aramaico "silka", também significando 'remova e reze para que nossos adversários sejam removidos"

Comemos tâmaras, em aramaico "tamrai" e pedimos a D-us que nosso inimigos sejam "consumidos" (yetamu).

Comemos cabaças (abóbora, abobrinha), em aramaico "kara", e pedimos que o Todo-Poderoso rasgue (kara) nossas sentenças e proclame (kara) nossos méritos.

Comemos romãs e pedimos que nossos méritos sejam numerosos como as sementes da romã.

Comemos cabeça de peixe, com um pedido de que sejamos frutíferos e que nos multipliquemos como peixes.

Comemos (ou ao menos mencionamos) cabeça de cordeiro, com o desejo de que o Povo Judeu possa ser o cabeça entre as nações.   Fonte: Aish HaTora

Por que comemos maçã com mel?




Mergulhamos maçãs em mel ou açucar para significar nosso desejo por um ano novo doce.
 
Todos estamos familiarizados com o costume de comer maçã mergulhada em mel em Rosh Hashaná, mas poucos conhecem sua origem e motivo. A origem remonta ao sábio Abaie da Guemará, no tratado Horaiot, página 12.

Abaie ressalta que determinada simbologia que preconizamos em Rosh Hashaná, especialmente na primeira noite, pode influenciar todo o ano em sua essência da maneira como destacamos esta simbologia.

A Torá nos dá um exemplo disto: quando ungimos um Rei de Israel, despejamos azeite sobre sua cabeça, e este ato faz dele um rei de acordo com as instruções da Torá

Quando os reis David e Salomão foram ungidos com azeite, este fora retirado de caixinhas feitas de chifre, assim como o Shofar que tocamos em Rosh Hashaná. Entretanto, quando foram ungidos os Reis Saul e Iehu, o azeite estava numa lata de azeite comum.

O chifre é algo que nasce e se desenvolve na cabeça do animal. Graças a esta simbologia, os reinados de David e Salomão perduraram, e, até os nossos dias, estamos esperando um ungido (Mashiach) da casa de David e Salomão. Contrariamente, os reinados de Saul e Iehu não perduraram pois foram sinalizados com algo que não nasce e se desenvolve (metal comum).

Assim como um sinal que fazemos quando ungimos um rei (azeite dentro de um recipiente feito de chifre) traz alguma influência sobre a continuação do seu reinado, o mesmo acontece quando sinalizamos o ano com algo simbólico.

Isto tomou forma de halachá no Shulchan Aruch e todos os alimentos que ingerimos em Rosh Hashaná tornaram-se símbolos comuns, tanto para Ashkenazim como para Sefaradim. (artigo 583).

Autor: Rav Moshe Bergman
Fonte: Bnei Akiva SP
   

Leia mais nos links

http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/603056/jewish/Rosh-Hashan.htm

http://www.webjudaica.com.br/chaguim/textosFesta.jsp?festaID=11
 

sábado, 15 de setembro de 2012

Karmiel





Karmiel é especial entre as cidades israelenses. É uma cidade moderna judaica localizada na bela região da Galileia central. O nome significa Vinha de D'us e a cidade tem uma população de cerca de 50.000 pessoas.


Ela foi surgiu em 1964 a partir de um plano urbanístico mestre que foi criado e implementado pelo Ministério da Habitação. 16 famílias se mudou e em 1981 e ela foi elevada à categoria de cidade. Em 1986, esta cidade maravilhosa ganhou dois prêmios importantes para a gestão da cidade e serviços.


Karmiel é esteticamente bonita e localizada entre as colinas no Hakerem Beit Valley. É um exemplo de cooperação judaica como é o lar de judeus de 75 países diferentes.


 A cidade tem tudo que é necessário para uma família para se estabelecer e viver.



Fonte: http://torahalive.com/karmiel.htm



 

domingo, 9 de setembro de 2012

Religioso e Secular



Entre as datas importantes para o povo judeu neste mês de setembro temos Rosh HaShaná e Yom Kippur (Dia do Perdão).

A primeira,
Data Hebraica: 1 de Tishrei de 5773
Data: 17 / Setembro / 2012

O ano novo judaico é um período de reflexão, em que D'us inicia o julgamento de cada ser humano. A data celebra o aniversário da criação do Homem, no sexto dia da Criação do Mundo.

A segunda, uma data religiosa estabelecida pelo próprio D-us como Dia da Expiação (Levíticos 23.27-28) quando também o sumo sacerdote entrava uma vez no ano no Santo dos santos, ou Lugar Santíssimo, para oferecer orações por todo o povo. Nada que o leitor não saiba.

Mas o que me levou a escrever esse texto foi uma matéria no ynet.com/  onde o autor criticava a ação de uma companhia de aluguel de bicicletas em Tel Aviv, por querer disponibilizar o veículo gratuitamente no feriado judaico de Yom kippur.



O autor diligentemente utilizou o termo "fanatismo secular" para definir o descaso em relação ao dia, que outrora, era até chamado de "o mais temível dos dias", pois nele o judeu pede perdão a D-us pelos pecados cometidos. Ele disse que o "Yom Kippur é um dos símbolos do Estado de Israel".



Sabe-se que Tel Aviv difere e muito de cidades como Jerusalém, cuja história tanto bíblica como atual, tem sido um diferencial para a comunidades judaicas em Israel e ao redor do mundo.

Mas, a "cidade branca" tornou-se uma cidade moderna repleta de gentes que trabalha e se diverte. Cidade de turistas, praias, vida noturna. Enfim, um lugar para se ver e sentir o ar como as cidades do Ocidente. Tel Aviv – Nasceu como um pequeno subúrbio de Jafa em 1909 - barulhenta e movimentada com seus hotéis, cafés, museus e todo tipo de entretenimento. A cidade que nunca para.

 
Tel Aviv

Outras cidades em Israel também se destacam pela modernidade de suas moradias e vida cotidiana. Mas em todas elas, e em outras cidades onde o religioso é mais característico, há o respeito as tradições e datas comemorativas.

Mas foi o termo usado pelo autor "fanatismo secular" que levou os leitores a comentar o assunto, e uns até com certa agressividade, contrariados pela crítica de usar ou não a bicicleta no Yom Kippur e que o autor não deveria ter rotulado a própria cidade de Tel Aviv de  "a capital dos seculares".

Interessante que, pelo que notei, a maioria dos leitores se expôs como "secular". Pelos comentários pude perceber essa característica que vem identificando os israelenses em diversos lugares e ocasiões, o que já foi até comentado em artigos e reportagens. Assim, tanto o secular quanto o religioso tem suas opiniões, restrições e objeções quando de trata da sua própria vida.

Em meu comentário sobre o assunto afirmei que a preocupação do autor é que as concessões se tornem rotina alterando assim, a identidade judaica, como ele mesmo esclareceu. Um dos comentaristas disse que uma simples bicicleta não tem todo esse poder, no que ele não deixa de ter razão. Acredito que o veículo de locomoção não é o maior dos problemas, mas sim qualquer objeto ou atitude que se coloque em evidência e acima dos Mitzvot (Mandamentos) de D-us.

Mas as discussões não param por aí e você pode conferir no link  http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-4277660,00.html

Segundo o nosso autor "Identidade israelense é composta de vários elementos, e alguns ou muitos deles, se originam no mundo religioso".

A minha opinião é que tanto para o secular quanto para o religioso, em Tel Aviv ou qualquer outra cidade em Israel ou nas Comunidades Judaicas, o Yom Kippur seja um dia para reflexão e para rever prioridades.

Shalom.


Marion Vaz
 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Vale de Elah


O Vale de Elah - Cenário bíblico onde ocorreu a histórica vitória de Davi sobre Golias



 
 
"Porém Saul e os homens de Israel se ajuntaram no vale de Elah,
e ali ordenaram a batalha contra os filisteus"
I Sm 17:2.
 
 
 Elah significa carvalho, uma árvore muito comum na região.
 
É possível que tenha sido nesse riacho que Davi ajuntou as cinco pedras que arrumou em uma funda e lançou direto no gigante Golias. O riacho atravessa o vale e recebe o nome de "ribeiro de Elah", é um riacho sazonal, seco na maior parte do ano. Ali há abundantes seixos, pedrinhas de todos os tamanhos.

 

Essas enormes antenas mantém Israel conectado com o mundo.




 
 
 
 
 
 
Marion Vaz
 


Palavras e seus significados antissemitas


Toda vez que me deparo com determinadas palavras e seus siginifcados no Dicionário da Lingua Portuguesa fico irritada e já escrevi diversas vezes sobre isso. Fariseu, por exemplo, é sempre definido como um termo pejorativo.

Alguns dicionários colocam a definição mais usada: hipócrita, relativo a hipocrisia, etc e depois seita judaica, etc. Mais não funciona. Tanto que qualquer pessoa quando quer ofender alguém ou explicar certas atitudes usam o termo, sem ter a menor ideia do seu significado. Sem contar com os ínúmeros textos de estudos "bíblicos" que são divulgados na Internet falando sobre os fariseus, seus pecados, suas desavenças, os "aís" e etc, com base e principalmente, nos textos do Novo Testamento.




Mas Alessandra Dahya nos dá definições precisas:

"A palavra fariseu tem a origem em hebraico "P´rushim, que traz dois significados e duas interpretações distintas: a primeira, “lifrosh”, ou seja, os que se separam. Já um segundo significado é “leparesh”, isto é, os que interpretam.
 
 
Os fariseus consistiam em um grupo separado, oriundo da classe média da época, que interpretava a Torá. Sua existência, enquanto grupo data do segundo século a.C.
 
A grande parte das fontes históricas descreve a atuação dos fariseus como, partido político, seita ou influência na sociedade de sua época. Mas, não se pode deixar de reconhecer a validade da participação dos fariseus dentro do cenário educacional de seu tempo.
 
Os fariseus eram conhecedores em potencial da Torá, e interpretavam-na, fortalecendo a tradição oral, que era a única forma de transmissão da Lei de Moisés e de todos os valores vigentes naquele período. Junto com os escribas, se tornaram personagens primordiais na leitura e na escrita, respectivamente."
 

Quanto as palavras e suas definições, na Espanha temos uma situação bem parecida no que diz respeito aos dicionários e o "órgão de representação da comunidade judaica da Espanha renovou os esforços para ter uma palavra pejorativa ligada aos judeus retirada do dicionário oficial do país."

Isaac Querub, presidente da Federação das Comunidades Judaicas da Espanha (FCJE), escreveu recentemente para a Real Academia Espanhola, a instituição responsável pela regulamentação do idioma espanhol, para remover a palavra "Judiada" do Dicionário da Língua Espanhola.

O dicionário define a palavra, que significa literalmente como: ". Má ação que é considerada, com viés, a pertencer aos judeus.

Um absurdo não acham? Tem mais é que remover!


Marion Vaz

 
Fontes
 
 
 
 

Terceira Geração Shoah



Essa semana escolhi uma hora para rever o filme "A Lista de Schindler " e sinceramente, algumas partes do relato ainda me comoveram com a mesma intensidade quando o vi pela primeira vez. Não como se antes fosse leiga no assunto, pois desde meus 12 anos leio livros sobre o Holocausto. E como o primeiro foi o Diário de Anne Frank, vi minhas filhas se interessando pelos dilemas da pequena Anne, cerca de 30 anos depois.


Mas, rever o filme foi como reviver toda a dor dos meus irmãos judeus e reacender a velha chama da indignação.











Foi por isso que logo me interessei pela matéria publicada no Jewish Daily Forward sobre  as gerações pós Shoah.



"Um novo estudo realizado por Perella Perlstein, (ela própria uma neta de sobreviventes do Holocausto), foi publicados em julho na peer-reviewed revista científica Traumatologia.










Em seu trabalho ela analisou as respostas de judeus ultra-ortodoxos - netos dos sobreviventes - aos testes psicológicos projetados para medir sintomas de trauma do Holocausto, e  concluiu que esses netos de sobreviventes responderam de forma diferente de outros membros da comunidade ultra-ortodoxa.

Pesquisadores também observaram as reações dos intrevistados e tiveram diferentes opiniões, quando usaram os questionários para medir como o trauma do Holocausto tem afetado as experiências da família de descendentes de segunda geração e terceira geração. Outros já concluiram que o Holocausto não tem impacto indireto traumático sobre a terceira geração.

O estudo da Terceira Geração é um campo relativamente novo, que tem crescido de pesquisas anteriores sobre os efeitos do Holocausto em filhos de sobreviventes. Esse trabalho começou no final dos anos 1960 e início dos 70, concomitante com a diminuição da intensidade dos tabus que cercam a discussão sobre o Holocausto e seu impacto psicológico."


Em relação ao impacto que o Shoah tem sobre mim, embora não seja uma descendentes de sobrevivente, sinto-me com tal, no que diz respeito a indignação, ao descaso com um ser humano.

Mas também há aquela estranha alegria por ter "sobrevivido" e contrariando a tantos, seguido em frente, respirando, vivendo e me impondo como pessoa, como um povo (Am Echad), uma nação!

 
Marion Vaz


Fonte: http://forward.com/articles/162030/can-holocaust-trauma-affect-third-generation/



 



Alemanha questiona o Brit Milá


O pacto da circuncisão tem sido um Mitzvah observado pelo povo judeu em todos os períodos da História. O sinal físico da aliança abramica é mais do que uma simples "cirurgia", ou cultura, ou simbolo de religiosidade. Na verdade poderíamos dizer que é, também, um somatório delas e que formam, em  conjunto, uma marca do próprio povo judeu desde o período bíblico.

Quem? Pergunto. Quem se sente com autoridade suficiente para questionar esse mandamento dado pelo próprio D-us?

"Este é o meu concerto que guardarei entre mim e vós e a tua semente depois de ti: Que todo macho serácircuncidado." Bereshit 17.10

É possível que, alguém (hoje circuncidado) revele sua oposição ao ato. Fato que também já lemos em alguns depoimentos,  onde a pessoa se revolta por seus pais terem feito essa escolha por eles. Mesmo assim, ainda pode-se notar certo respeito pela prática como algo sagrado.

Assim, o Brit Milá continua vivo na religiosidade do povo judeu e tem sido praticado com liberdade em Israel e em comunidades espalhadas pelo mundo.

Mas foi na Alemanhã que a controversia sobre o assunto e os diretos dos judeus continuarem a prática virou notícias nos jornais. E deu o que falar.  Em um dos comentários o leitor dizia que "adorou a decisão pois tradição religiosa só atrasava a sua evolução!" - Eu não entendi o que ele quis dizer com "sua evolução", mas sinceramente... Tem pessoas que ignoram a vontade de D-us e os Mandamentos.



O processo contra David Goldberg, que é um mohel e o rabino da cidade de Hof Saale, na Baviera, é o primeiro caso conhecido na sequência da decisão anti-circuncisão.
















O argumento do tribunal da cidade alemã de Colônia era de que "tal procedimento implica em ferimento corporal ás crianças". Em resposta, a Conferência Europeia de rabinos entendeu como um ataque a comunidade judaica, e lembrou o Genocídio da 2ª Guerra Mundial.

Na verdade, parece que somos testados, vez por outra, com essas investidas. E talvez, "eles" fiquem esperando a reação da comunidade judaica quando promovem tais confrontos. Isso aconteceu no período bíblico, e vem acontecendo com muita intensidade na era moderna.

Parece que, quanto mais tecnologia, menos temor a D-us. Quanto mais se prega direitos humanos, menos se respeita uma pessoa, sua religiosidade e seus valores. Quanto mais se quer desculpar  os erros do passado, com maior rapidez se tropeça e se repete os mesmos erros.

Mas, como nos tempos bíblicos, o D-us da Aliança continua zelando pelo seu povo a capital alemã voltou atrás em sua decisão e autorizou a circuncisão como prática legal, desde que feita por um mohel.

A chanceler Angela Merkel teria dito que o país seria motivo de piada. Ela afirmou "Eu não quero que a Alemanha seja o único país no mundo em que os judeus não possam  realizar seus ritos"



Marion Vaz


Mohel é um judeu, perito nas leis e técnicas da circuncisão, ao mesmo tempo, um judeu praticante e cumpridor das leis, não necessariamente um médico.



Fonte: www.ynet.com/

 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Kalnoit



Outra novidade que existe em Israel é uma espécie de carro motorizado e movido a eletricidade que as pessoas idosas usam para se locomoverem pelas ruas.  Os Kalnoit tem de 1 a 2 lugares e podem ser facilmente adquiridos na  http://www.kalnoam.co.il/vehicles.asp e a pessoa não precisa de carteira de motorista.

Esses carrinhos motorizados facilitam a vida de pessoas idosas com dificuldade de locomoção e podem ser usados nas ruas, praças, interior de edifícios, kibbutzim e para fazer compras.



Para as crianças temos o agalul (Diferente de tudo o que já vi), mas segundo a nossa amiga Lu é muito usado nos Kibutzim. http://maeemisrael.blogspot.co.uk/2012/03/voce-conhece-o-agalul.html



Mas, se você quer uma criança motorizada... Que tal esses modelos?

 
 
 
 





 Marion Vaz