domingo, 17 de outubro de 2021

Aliah - O Retorno a Pátria




Aliah, o termo que em hebraico significa "subida", define bem o movimento dos judeus em direção à terra de Israel. Desde os tempos bíblicos havia este sentimento de habitar na terra prometida a Abraão, Isaque e Jacó. 

A Lei do Retorno consiste em que todo judeu, seu cônjuge, filhos e netos tem direito de fazer Aliah. Todo judeu que optar pela imigração, parte de seu país de origem para Israel e contribui de maneira distinta para o crescimento da população israelense no território.

E no decorrer da história podemos notar que houve inúmeras tentativas desse retorno e temos número considerável de judeus, em épocas e contexto diferentes, retornando à pátria.

Indiscutivelmente, posso afirmar que, uma nova sociedade foi formada muito antes de 1948 quando Israel finalmente conseguiu sua independência política. Havia um sonho sionista em curso na mente e no coração daqueles que já habitavam no território e também daqueles que lutavam para a criação do Estado de Israel.

A Aliah impulsionou a base política, econômica e cultural da sociedade judaica bem como o crescimento demográfico do país, tão importantes nos primeiros anos de independência. O desenvolvimento de instituições sociais, riquezas culturais e prosperidade tecnológica deve-se aos milhares de engenheiros, acadêmicos, cientistas, artistas e capital humano de todas as demais áreas que contribuíram de forma única para fortalecer Israel.

As ondas de imigração que começaram por volta de 1882, considerada a primeira aliah, prosseguiram nos anos seguintes 1904, 1914, 1918, 1924, 1929, 1949, 1950, 1954, 1984, 1990 e 1991. 

Mas a Lei do Retorno não se baseia no regresso em massa de judeus para o território de Israel visando crescimento demográfico desordenado. Hoje, existe um processo de inscrição, um programa de aceitação, acompanhamento, direitos e benefícios para o olim em sua nova jornada. 

A Aliah não é uma guerra do retorno, mas um processo assistido desde o primeiro contato. Não se trata de uma recolocação territorial, trata-se de um acolhimento. Quando uma pessoa ou família chega em Israel ela é abraçada pelo país, e uma instituição já se incumbiu de organizar a sua entrada, o voo, curso de hebraico e outros benefícios que poderão facilitar a sua estadia e adaptação nos primeiros meses.

Os novos residentes vão enfrentar desafios desde a escolha do tipo de comunidade em que querem ingressar à adaptação a cultura, sociedade e até mesmo as diferenças climáticas. Há quem diga que um ano é pouco para se adaptar totalmente, mas, que a escolha pessoal de viver em Israel, de fazer parte da sociedade judaica vai, aos poucos, superando todos os conflitos internos.

Outro fator importante refere-se a religiosidade, assim, o retorno à pátria tem sua contribuição espiritual na vida de todos aqueles que fizeram aliah no passado e nas pessoas que chegam a Israel todos os anos. E independente do grau de religiosidade, todos os olim estão debaixo da mesma atmosfera e são participantes das bênçãos do Eterno.


Marion Vaz










segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Israel - Cada geração uma história

 


A história de Israel é feita de etapas. Cada geração foi, aos poucos, responsável por uma parcela dos eventos que conhecemos. E com certeza cada passo dado, cada decisão era apenas a vivências daqueles dias e como hoje, a população de Israel continua escrevendo a própria história .

Muitos leem as páginas do Antigo Testamento com tanta rapidez sem pensar no tempo que levou para que cada episódio fosse realmente concluído. E o tempo é o único responsável por desencadear múltiplos eventos e todo aprendizado que o povo judaico obteve.

Não era apenas a vida de uma sociedade tomando forma, mas o desenrolar da história, de pessoas cujos nomes nem são colocados em evidência. Mas que estavam lá, fazendo parte de cada etapa. E o que me deixa estarrecida de uma forma boa é esta capacidade de reviver a história que o povo judaico tem. 

Em cada festividade, em cada shabbat, em cada Pessach, e não apenas o fato de relembrar, e reviver, mas de vivenciar, de sentir, de trazer para o presente todos os momentos e sentimentos do passado. E assim trazer de volta vidas, roupa, cheiro, perdas e vitórias de épocas tão longínquas.

E hoje, embora que, de uma forma tão normal, tão cotidiana, continuamos a escrever nossas próprias histórias. Seja caminhando pelas ruas de Jerusalém, cantando e dançando ou lutando pelo país. Orando junto às pedras do muro ocidental ou saindo às ruas com bandeiras para festejar o Haatzmaut. Parece até poético, mas no simples fato de comprar alimento nos mercados estamos marcando nosso espaço e mostrando o quão presentes estamos na terra de Israel. 



Marion Vaz