sábado, 30 de junho de 2012

domingo, 24 de junho de 2012

Made in Israel






O uso constante do termo “territórios ocupados” para demarcar as áreas reconquistadas de Israel,  utilizado pela Mídia, gerou um conflito de interesses que vem se espalhando pelo mundo.
O Protesto 'Made in Labels Palestina "na África do Sul, exigi que  os produtos fabricados em Jerusalém e Cisjordânia sejam rotulados de "Feito nos Territórios Palestinos Ocupados"  ao invés de serem rotulados  de Made in Israel.



O comerciante David Shahar, dono de uma papelaria no assentamento israelense de Shaarei Tikva, na Cisjordânia (Judeia e Samaria).










O Diretor de Comércio e Indústria  alega que "... a África do Sul reconhece Israel dentro das fronteiras de 1948 das Nações Unidas .... Portanto, para os bens ou vegetais que são cultivados na área onde Israel invadiu (ps:  o blog não concorda com esse termo) outros países árabes, a África do Sul diz que é melhor dizer que esses produtos são cultivados na Palestina ou Territórios Palestinos Ocupados ".
Yigal Palmor, porta-voz israelense do Ministério dos Negócios Estrangeiros fez objeções ao projeto: "Uma vez que os produtos dos assentamentos são feitos sob regulamentos e padrões israelenses, eles são feitos em Israel”. ("Assentamentos" esse também é outro termo que gera polêmica).
Deixando de lado as questões políticas presentes nas “entre linhas”   também temos sérias restrições ao Projeto e eu penso que já existem problemas suficientes na África a serem resolvidos, e que merecem atenção de seus governantes, para que se mantenha o foco das discussões em Israel.
Penso que, a partir do momento que Israel unificou a cidade de Jerusalém e pronunciou que ela é nossa capital eterna, o que a própria História da humanidade vem declarando ano após ano as Nações Unidas não deveria mais ficar nesse impasse, dando margem aos questionamentos. 
É de comum acordo que não existe mais duas Jerusalém (oriental e ocidental), ou cidade antiga ou cidade nova, ou ainda cidade alta e cidade baixa, embora que, e apesar de, Jerusalém preservar os seus muros históricos. A cidade é uma só!

Entendemos que o quadro social da cidade é bem diversificado e que seu “status” de cidade “universal”  também gera conflitos internos, de ordem social, financeira, comportamental e até religiosos, o que não me assusta visto ter  Israel um regime político democrático.


Mas esses termos utilizados pela Mídia e demais pessoas deveriam ser substituídos a fim de conscientizar o mundo (haolam) do real valor de Jerusalém para os judeus. Tais termos também são uma afronta direta ao D-us Eterno que nos preparou esse milagre para o tempo presente. E muitos ficam (alguns até por ignorância) fazendo oposição a D-us e ao cumprimento das profecias bíblicas com relação a Israel.

Voltando ao tema do artigo, não se fazem objeções, por exemplo, aos rótulos Made in Brazil, ou EUA, ou France, etc. mesmo que os produtos sejam feitos nesse ou naquele estado. Toda controvérsia  em relação aos Made in Israel, só tem implicação em relação aos produtos feitos por palestinos que vivem na Cisjordânia e que só comercializam com assistência, supervisão e aprovação do governo israelense, que após cumprir toda burocracia que a lei exige, coloca o selo de qualidade. Aí sim vem a assinatura: Made in Israel.

Além disso, os produtos representam menos de 1% das exportações de Israel, de acordo com a Associação de Fabricantes de Israel.




Mas outro tópico (descrito nas entre linhas) do assunto questionado pela África, diz respeito ao pedido de oficializar um Estado Palestino dentro de Israel.  E usar o termo “territórios ocupados” em rótulos de mercadoria, seria na prática, uma confissão de culpa e um pretexto para os opositores (que não são poucos) recomeçarem as discussões sobre a soberania israelense em todo território, novos bairros, construções de casas e outros melhoramentos que se exige para conforto da população.
Acredito que o assunto também dá margem ao governo de Israel  para que haja mais fiscalização na área, criação e aprovação de novas leis, que sejam feitas melhorias locais a fim de promover o bem estar de funcionários, prover  matéria prima,  evitar a exploração da população e os prejuízos econômicos em virtude do superfaturamento unilateral.
Mas essa mercadoria que atravessa as fronteiras de Israel e chega a países distantes tem um preço. Talvez esse seja o problema real. A demanda de produtos falsificados e/ou exportado ilegalmente gera certa lucratividade momentânea em várias regiões do mundo.  Produtos exportados legalmente geram receitas para o país de origem, mas também tem seus gastos.
Da mesma  forma que somos criteriosos com os produtos importados no Brasil, lá fora, também se tem a mesma preocupação com relação as mercadorias de outros países. Made in Israel dá mais autenticidade e originalidade a qualquer produto para que seja comercializado fora do país.
Especulações a parte,  Israel vem se aprimorando em diversas áreas desde a criação do Estado Judeu (o próprio nome já diz tudo) e hoje conquistou um lugar no panorama mundial, e se dá o direto de exercer autoridade sob o solo israelense. Talvez seja esse o estopim de tantas críticas sofridas: Não abrir mão de seus direitos e da soberania nacional.

Marion Vaz

Fonte:  Jornal Haaretz





sábado, 23 de junho de 2012

Jerusalém - Avançando para o Futuro





Depois de re-projetou o World Trade Center em Nova York, Daniel Libeskind vai formar uma torre enorme no centro de Jerusalém, capital de Israel, afirmando que o projeto vai injetar vida na cidade. Noam Dvir, autor do artigo publicado no jornal Haaretz.co.il nos mostra que Libeskind está otimista.



O Primeiro projeto de Libeskind foi no Centro de Wohl no Bar Ilan University foi inaugurado há sete anos e é considerado uma das obras menos bem sucedidos.








"Desta vez, ele parece vir mais preparado e determinou que seu programa pode realmente dar origem a um novo monumento no coração de Jerusalém."

A questão é, se a arquitectura vanguardista de suas linhas curvas de Libeskind é capaz de se conectar com o tecido delicado do centro da cidade. Libeskind responde afirmativamente. "Jerusalém precisa de uma injeção de vida. É preciso evoluir, assim comoTel Aviv se desenvolveu extraordinariamente na última década".



Libeskind afirma que "Jerusalém não deve afundar em seu passado, ela deve ser uma cidade cheia de vida e uma cidade competitiva como as cidades do mundo de hoje, que estão em concorrência umas com as outras, e até dentro do próprio estado. Assim, o planejamento arquitetônico é importante para criar algo muito original e inovador. "

Noam perguntou se ele achava que seu projeto podia ser chamado de forma específica ou as pessoas de Jerusalém reconheceriam a cidade nele? 

Daniel respondeu. "Qualquer edifício construído em Jerusalém assimila nas orientações do município, tais como o uso de pedra, é um projeto que tenta relacionar as proporções de Jerusalém. Além disso, está construção é contemporânea. Esta torre permitirá que a cidade de Jerusalém avance no tempo com todas as suas tradições. Não só mantendo a história como uma relíquia do passado, mas para usar os seus valores e dar-lhes uma dimensão contemporânea. "

Eu, até concordo que a competitividade entre as cidades concorrem para que cada uma tente superar a outra, principalmente por causa do Turismo. E é claro que Jerusalém, nem precisaria de tantos "adornos"para se fazer aceitável. Mas em pleno século 21 a cidade pensa na comodidade de seus visitantes e por isto vemos belos prédios se erguerem.



Mas há algo que eu discordo no belo discurso de Libeskind: Jerusalém não precisa de vida. Pois Jerusalém emana Vida através da sua própria História.

PS. O uso da expressão "século 21" foi proposital a fim de se evitar o uso de caracteres romanos, visto a aproximação de BeTamuz e Tisha BeAv



Fonte da matéria abordada nesse artigo: http://www.haaretz.co.il/gallery/architecture/1.1736971


Projetos de Libeskind


                                                         Jewish Museum em Berlin

Veja imagens dos projetos de Daniel Libeskind em http://daniel-libeskind.com/projects

terça-feira, 19 de junho de 2012

Entre a Fé e a Razão

Reportagem no jornal israelense Haaretz mostra a preocupação de Carlo Strenger com relação ao futuro, já que todo mês se dirige a Universidade Bar-Ilan para manter de quatro ou cinco conversas com nacional-religioso rabino Uri Sherki que são publicadas sob o título "O rabino e o Professor".

Marcha para Jerusalém - junho/2012 mostra como a população israelense tem se dedicado para manter Jerusalém unificada.

Tais diálogos confirmam a força da religião sob o modo de pensar e agir, não só do rabino como também de uma comunidade inteira. O que para o escritor põe em risco a soberania política de Israel.




Ele declara em seu artigo que "O Rabino Sherki também tem uma visão em relação de Israel para o Ocidente: ele argumenta que o Ocidente critica porque não toma o papel de Israel ser o farol moral da humanidade a sério... e que o povo judeu será capaz de cumprir o sua função histórica: De Sião o ensino deve se espalhar!"

Strenger admite que o rabino tem "uma grande quantidade de seguidores, muitos frequentam os seus cursos em todo o país, e ele desempenha um papel de liderança em um dos principais yeshivas de Jerusalém. Homens como ele leva uma geração de estudantes a acreditar que o povo judeu de fato tem o direito de atropelar os direitos dos outros; e que pensam que o resto do mundo deveria simplesmente curvar-se os preceitos da Torá..."

Tais declarações revelam as preocupações de Strenger em relação ao futuro político e da sobrevivência do próprio Nacional Religioso Messiânico em virtude do que ele chama de "incoerência" em relação ao pensamento do rabino sobre o secular, direitos do povo árabe, Cisjordânia e outros tópicos que surgem nas conversas.

O rabino, por sua vez, parece-me bem tranquilo tanto no que diz respeito a sua própria crença e quanto a opinião pública.

Outro fato que me chamou a atenção em relação ao cumprimento das leis, foi em relação ao shabat. As portas de um kibbutz foram fechadas, negando o acesso de visitantes a uma área pública.

Os visitantes que desejam entrar em contacto com as águas frias localizadas no Kibbutz religioso ficaram decepcionados ao encontrar o local fechado para os visitantes no sábado. O motivo: Piscina na primavera profanava o Shabat.



O Kibbutz Ein Hanatziv afirmou em resposta: "A primavera está localizado dentro dos limites do kibbutz e é impossível acessá-lo sem entrar na área residencial Ein Hanatziv que é um kibbutz religioso e os seus membros sejam concedidos determinados direitos, tais como a preservação da atmosfera de Shabat. . O público secular que visita o kibbutz no Shabat, mesmo a pé, viola essa atmosfera e disturbe os moradores."

O presente artigo nos deixa ainda mais pensativos sobre como e por quanto tempo a religião judaica continuará lutando para sobreviver no decorrer dos tempos, nessa guerra constante entre a fé e a razão.

Marion Vaz




Carlo Strenger é presidente do Programa de Pós-Graduação Clínica do Departamento de Psicologia da Universidade de Tel Aviv e escreve regularmente no jornal Haaretz, tanto para a edição impressa e em seu blog, "Strenger que a Ficção ', britânico The Guardian, Die Welt na Alemanha, e The New York Times.


Fonte: http://www.haaretz.com/blogs/strenger-than-fiction/national-religious-messianism-is-endangering-israel-1.436148

http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-4241129,00.html


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Alimentos em Israel


Alimentos em Israel

Comida Judaica

Ao visitar restaurantes contemporâneos de Israel, você também vai se surpreender com quantas variações podem ser preparadas com os mesmos ingredientes locais.

Para quem está de malas prontas e vai para Israel, aqui está um breve relato de alimentos israelenses modernos e pratos que você não quer perder em sua visita à Terra Santa.

Se você é uma visita a Israel, como é o caso com qualquer outro país, você vai querer experimentar três tipos de cozinhas: a comida de rua, a comida tradicional ou caseira e a cozinha moderna.

O que faz a cozinha moderna ser interessante é que ela ultrapassa as fronteiras geográficas, mas isso também significa que em países diferentes é provável que você encontre tendências semelhantes. Tomemos, por exemplo, comida molecular. Você poderia encontrar alimento molecular em toda a América, Europa e em Israel também a cerca de 2 anos atrás. Todos os chefs apontavam a mesma fonte:
o lendário restaurante El Bulli, na Espanha.

Mas hoje a melhor cozinha moderna de Israel é realmente muito local. Ela se inspira pratos que foram trazidas da diáspora judaica e da cozinha árabe local, acrescentando um toque pessoal misturando todas essas influências juntos. Chefs israelenses usam vegetais locais, frutas, peixe, cordeiro e laticínios para criar a sua própria interpretação de comida local. Algumas destas criações são simplesmente fabulosas e se você tiver tempo (e dinheiro), tente reservar uma mesa em um dos restaurantes para provar.





Israel na Rio +20


Israel vai mostrar na Rio+20 programas de sustentabilidade adotados com sucesso pelo país

Como um país com escassez de recursos naturais, Israel está bem familiarizado com o desafio de fazer mais com menos. E muito tem sido feito na última década para atender aos desafios do desenvolvimento sustentável: programas para a sustentabilidade local; definição de metas para energia renovável e conservação de energia; formulação de um plano nacional para as alterações climáticas; início de uma revolução na reciclagem de resíduos; formulação de um plano nacional para redução da poluição do ar; elaboração de um “Plano Nacional de Biodiversidade”; e a decisão do governo sobre uma estratégia de crescimento verde.

Todas essas experiências serão abordadas pelos participantes israelenses na Rio+20. O ministro do Meio Ambiente de Israel, Gilad Erdan, participará da Conferência, além de empresas e ONGs de Israel. A delegação oficial israealense contará com um espaço no Riocentro, onde oferecerá treinamentos e palestras.



 Mais detalhes no link http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=206631

e no Facebook http://www.facebook.com/IsraelnaRio20

 

domingo, 17 de junho de 2012

Israel e sua política

Israel começa a "Operação para repatriar infiltrados de trabalho ilegal"



הלילה ייצא המטוס הראשון של מסתננים בלתי חוקיים חזרה לדרום סודן. בשבוע הבא ייצא מטוס נוסף. אנחנו נעשה זאת בצורה מסודרת, תוך שמירה על כבודם.

הפסקנו את הנוהל הפסול של העברת מסתננים מהגבול לתל אביב או לכל מקום אחר בארץ. משבוע שעבר כל מסתנן שחוצה את הגבול נכנס מיד למעצר, בהתאם לחוק החדש שמאפשר לעצור את המסתננים לשנים.
 אנו נבלום את כניסת המסתננים ונזרז את הוצאתם.
 

quarta-feira, 13 de junho de 2012



As paredes do Yad Vashem em Jerusalém, foram pintadas com dez mensagens antissemitas. Os autores de tal vandalismo ainda não foram identificados, mas certamente erraram em sua demonstração de indignação, seja lá o que estivessem reenvindicando.

O Museu do Holocausto foi dedicado as vítimas do Shoah que merecem respeito e não deveria ter sido alvo de tal afronta. Mesmo conseguindo chamar a atenção da população, pixar prédios ou monumentos públicos e históricos é no mínimo uma medida arbitrária e eles deveriam ser punidos sim.

Às vezes, é mais fácil e mais humano enfrentar as situações de maneira educada e ordeira do que dar de frente com a política do país. Mesmo que as declarações feitas com relação a criação do Estado de Israel fossem verdadeiras essa não seria a melhor maneira de expor, pois os muros da cidade de Jerusalém por si só contam a História da nação.



Marion Vaz



terça-feira, 12 de junho de 2012

O quarto Mandamento


Interessante  essa notícia exposta no jornal Jerusalém Post que explica a divergência na opinião pública a respeito do transporte público gratuito que passou a circular em diversas áreas em Israel.

A notícia nada teria de diferente dos demais países se não fosse por apenas um detalhe: o quarto mitzvah  “Lembra do dia do shabat para o santificar”.

Em Israel existe um impasse entre o secular e o religioso. Ninguém quer deixar de cumprir as ordenanças sobre o shabat. Mas, existem serviços de prioridade e importância vital  para a sobrevivência da população que não podem parar no shabat e por isso funcionam normalmente.

Não existe lei  em Israel  que proíba a movimentação de transporte público no shabat, e por isso foi feito um teste com veículo gratuito e cerca de 200 pessoas aproveitaram para viajar na condução nesse último sábado.

Alguns alegaram que atividades de lazer são feitas no shabat e que se houvesse ônibus disponível seria bom para a população. O prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, criticou a falta de transporte público:  “Israel é o único país do mundo em que o transporte público deixa de funcionar por um quarto de ano por causa do shabat e dos feriados judaicos”.

Chegamos ao dilema: O que fazer com o quarto Mandamento?

Em épocas passadas dar-se-ia a própria vida em função do cumprimento dos mitzvot, e principalmente do shabat.  Hoje,  a quantidade de carros e ônibus, principalmente de turismo, que transita nas estradas israelenses são, no mínimo, uma afronta a D-us.

Imagens transmitidas pela webcan mostram a movimentação de pessoas no Muro Ocidental, pessoas filmando, tirando fotos, aglomeradas em diversos pontos, falando, apontando completamente alheias a santidade do lugar, contrastando  com o fervor das orações feitas ali.

Mas, difícil mesmo é ter que galgar a  escada do progresso, visando o bem estar da população sem entrar em conflito com a Lei. Assim, Israel se vê nesse empasse. Digo Israel, porque muitos judeus nem teriam dúvidas em que caminho seguir. Como naquela famosa parábola do “bom” samaritano em que o sacerdote e o levita que seguiam para o Templo, nem sequer cogitaram em tocar no homem prostrado na estrada, tendo-o como morto (pois assim parecia), em função do cumprimento das leis acerca da purificação.

Assim, mesmo que o governo insista em colocar transporte público no shabat e feriados judaicos, o que certamente traria grande auxílio a população,  o quarto Mandamento jamais perderá o seu valor, pois ele é o diferencial de Israel “como único país no mundo” que preserva os Mitzvot dado a Moshe pelo Eterno, de geração em geração”.



Marion Vaz

terça-feira, 5 de junho de 2012

Tributo a Eliezer Ben Yehuda




A primeira vez que me deparei com  idioma hebraico fiquei fascinada. Queria aprender a ler e escrever. Busquei oportunidades de estudar e logo comecei a dar os primeiros passos. Hoje, sou apaixonada pelo hebraico e até me arrisco a cantar algumas melodias.

 Quando li esse artigo confesso que fiquei muito impressionada com o trabalho desse grande homem que ousou realizar um sonho: trazer de volta o idioma hebraico para a vida cotidiana do povo judeu.


O Blog Eretz Israel contribui para eternizar o nome e os feitos de Eliezer Ben Yehuda e assim publicamos essa matéria extraída do site http://pt.wikipedia.org/wiki/Eliezer_Ben-Yehuda

Eliezer Ben-Yehuda (Lujki, 7 de janeiro de 185821 de dezembro de 1922)
Estudou em uma yeshivá, com o sonho de se tornar rabino, e logo aprendeu o hebraico dos livros antigos.

Com todas as mudanças que ocorriam nessa época no contexto mundial, Ben-Yehuda começou a interessar-se pelo mundo secular, mudando-se para uma escola russa, onde terminou seus estudos em 1877. Nesta época, foi cativado pelo ideal de restauração e revificação da nação búlgara, concluindo que o povo judeu também tinha tal direito.
Para Ben-Yehuda, os judeus deviam voltar a Eretz Israel, a "Terra de Israel", formar uma nação e ter uma língua própria, uma escrita unificadora e esta seria o hebraico. Porém, o hebraico era, até então, um idioma sagrado, usado apenas para estudar e orar. Concluiu que ele mesmo deveria ir a Palestina e começar a pôr em prática seu sonho.

Antes foi a Paria estudar medicina, mas foi interrompido, em 1881, ao contrair tuberculose o que acelerou seu aliá. Ele se mudou acreditando que seu anseio era algo possível. Quando ainda morava na Europa,

Decidiu que falaria apenas hebraico com qualquer judeu que conhecesse, e ainda em Paris, em um café, obteve seu primeiro sucesso, conversando com Mordechai Aleman e provando para si mesmo que era possível.
Ben Yehuda relatou entusiasmado para sua mulher, Débora, outra conversa que tivera com o trocador de dinheiro no seu desembarque em Yafo. Aí ele viu que até as pessoas mais simples poderiam conversar em hebraico.

Quando seu filho Ben-Zion Ben-Yehuda, também conhecido como Itamar Ben-Avi, nasceu em 1882, fez sua mulher prometer-lhe que ele cresceria sendo o primeiro menino a falar tudo em hebraico. Essa política domiciliar ficou conhecida como o “hebraico em casa”.  
A imagem abaixo mostra a rua Ben Yehuda em Jerusalém.

De acordo com Ben-Yehuda, este foi um fato muito importante para o futuro da língua hebraica, pois com uma criança em casa que só falava hebraico, os pais e todos visitantes teriam também que falar no mesmo idioma, e assim, quando a criança falasse hebraico por si só, teria sua teoria sido comprovada.

Itamar Ben-Avi, em sua autobiografia, descreve algumas medidas drásticas tomadas por seu pai, muito traumáticas na sua infância. Como por exemplo, se tivessem visitantes em sua casa que não soubessem falar hebraico, seu pai o mandava para o quarto, pois ele não poderia se quer ouvir outro idioma. Ele conta também de um dia que seu pai não estava em casa e sua mãe começou a cantar músicas em russo. Quando seu pai chegou e ouviu a cantoria, que não era em hebraico, gritou e brigou com sua mãe.

De todos os passos para instaura a língua, o mais importante foi o “hebraico na escola”, quando Eliezer recomendou aos rabinos e professores usar o hebraico como idioma de instrução nas escolas da Palestina, em matérias tanto religiosas quanto seculares.

Ele foi então convidado a lecionar o idioma hebreu na Escola de Torá e Avodá ("Trabalho") da Aliança Israelita Universal, em Jerusalém. Em pouco tempo, seus alunos já conversavam normalmente em hebraico, graças ao seu método de falar livremente e diretamente, ou seja, sem tradução para outras línguas.
Seu exemplo impressionou professores, mas estes enfrentavam dificuldades como falta de professores, de livros, de terminologias, e assim por diante. “Eram como meio-mudos, falando com as mãos e com os olhos.” Com o tempo, esses problemas foram sendo superados e uma nova e jovem geração que só falava hebraico surgiu e desenvolveu-se.

Além de ensinar jovens, Ben-Yehuda queria também ensinar aos adultos, e por isso passou a publicar seu próprio jornal, HaTzvi, em 1884. Escrito todo em hebraico, continha tópicos de interesse do povo que morava na Palestina, incluindo notícias internacionais e locais, como tempo, moda, etc. O jornal era também utilizado para introduzir novas palavras, que não existiam no hebraico antigo, entre elas “jornal”.

Outra criação de Ben-Yehuda em prol do desenvolvimento do hebraico foi o Dicionário Completo do Hebraico Antigo e Moderno. Ele começou a montá-lo para uso próprio em Paris, como guia para auto-ajuda, porém concluiu que seria bom publicar a obra para ajudar a todos que tinham o mesmo problema que ele: falta de vocabulário.

O dicionário, de 17 volumes, só pôde foi concluído após sua morte, por sua segunda esposa e seu filho. Esse é, ainda hoje, o único dicionário na lexicografia hebraica.
O ideal de Ben-Yehuda recebeu ajuda da grande massa de judeus que chegaram a Palestina no mesmo ano em que ele, 1881. Parte significativa desses imigrantes era como ele: jovens, educados e idealistas. Eles receberam suas ideias e muitos já estavam prontos para falar hebraico quando chegaram, transmitindo-o às crianças em casa, nas creches, nas escolas.

Assim, entre 1881 e 1921, era formada uma massa jovem e fervente de faladores da língua hebraica, com o hebraico como único símbolo do nacionalismo linguístico.
Esse fato foi reconhecido pelas autoridades britânicas, que reconheceram em 1922 o hebraico como língua oficial dos judeus da Palestina. Um mês depois, Ben-Yehuda faleceu de tuberculose.

Bem antes de morrer, Eliezer escreveu em seu jornal:

“Para tudo é preciso apenas um homem em crise, inteligente e ativo, com iniciativa para devotar toda sua energia nisso, não importando o processo, nem todos os obstáculos no caminho. Em todo novo invento, em todo passo, mesmo o menor deles, o processo necessita ter um pioneiro, quem lidera o caminho sem deixar nenhuma possibilidade de voltar atrás”.

Segundo o historiador Cecil Roth: “Antes de Ben-Yehuda, os judeus podiam falar hebraico. Depois dele, o fizeram.” Sem dúvida, para a revificação da língua hebraica, aquele pioneiro foi Eliezer Ben-Yehuda.
Fonte da imagem de Jerusalém
http://www.jerusalemshots.com/Jerusalem_he138-7376.html

domingo, 3 de junho de 2012

Moinho de Montefiori


O Moinho de Montefiore foi construído em 1857 na baixa da cidade de Jerusalém e tem 18 metros de altura. Este moinho é uma das mais antigas e conhecidas imagens de marca da cidade.

Foi construído pelo filantropo Sir Moses Montefiore na tentativa de acabar com a pobreza e contribuir como fonte de emprego para os judeus pobres da cidade. A construção deste moinho e algumas casas, contribuiu para o crescimento do 1º bairro judeu fora das muralhas da cidade antiga.


O moinho nunca foi usado como moinho e foi danificado durante a guerra de 1948 quando se criou o Estado de Israel. Atualmente o moinho é um museu dedicado à Sir Moses Montefiore.


 
Sir Moses Montefiore. (1784-1885).








Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Moses_Montefiore
Fonte da foto: www.jerusalemshots.com/

Judaismo



Parashá Frutos do Céu e da Terra

"Escuta ó céus, e falarei: E a terra vai ouvir as palavras da minha boca." (Devarim 32,1)

O corpo de uma pessoa e alma vem a este mundo como um só. O corpo do homem é transitório, virando pó, quando a vida neste mundo chega ao fim. Seu espírito, no entanto, que é eterno passa para o mundo da verdade a ser ressuscitado com a vinda do Mashiach.

No curso normal dos acontecimentos descobrimos que as pessoas alimentam a sua existência física, materialista desde seus desejos e necessidades na área de frutas treethis são concretas, imediatas e observáveis.

O lado espiritual do homem é mais abstrato, intangível, e muito mais fácil negar e ignorar. É, no entanto, bem conhecido - até mesmo como a ciência moderna tem vindo a reconhecer - que o corpo e o espírito são interdependentes. Um espírito sem rumo vai orientar o corpo fora do curso e enfraquecê-lo. Um espírito vazio fará negligenciar seu bem-estar físico, levando à doença e à deterioração do corpo e da mente.

Os céus e as terras simbolizam espiritualismo e materialismo. Que muitas vezes se referem a assuntos espirituais como assuntos materiais e os celestes como terrestres. Para que não pensemos que estamos ignorando questões terrenas e viver nossas vidas neste mundo em um nível exclusivamente espiritual, Moisés nos informa nesta parte que duas testemunhas eternas, o céu e a terra, unem-se para simbolizar para nós, o equilíbrio adequado entre o físico e o espiritual.

Assim como a vegetação no solo não pode sobreviver sem o alimento e as chuvas e do orvalho celeste, assim também, a nossa existência física tem a sua própria legitimidade, desde que é nutrida por uma alma justa e rica interiormente.

Esta é a intenção do versículo que se segue (Devarim 32,2): "A minha doutrina deve cair como a chuva, o meu discurso deve destilar como o orvalho; como chuvisco sobre a erva e como chuvas sobre as ervas."

Coordenação e harmonia entre o corpo "terrestre" e da alma que é "celestial" são os frutos. Como Rashi comenta: ". ... Se eles serão considerados dignos, estas testemunhas virão e recompensá-los; a videira dará o seu fruto e a terra dará a sua produção e os céus darão o seu orvalho"

Rabino Simon A. Dolgin. Biografia: 1915 Nascido em Chicago. 1939 Doutor de letras hebraicas no Hebraico Collage Teológico. 1939 - 1971 rabino da Beth Jacob Congregation in Beverly Hills por 32 anos, morreu em Israel em 19 de abril em 89 anos de idade.
Fonte  http://www.virtualjerusalem.com/judaism.php?Itemid=4908