sábado, 27 de abril de 2013

Água - Crises, Reservas Naturais e Reaproveitamento




“Escovar os dentes com a torneira aberta é considerado quase contra a lei”. Afirma a articulista Daniela Kresch, que mora em Israel há mais de dez anos e é correspondente da Globo. Para ajudar na preservação de água potável  todo israelense tem que fazer a sua parte.

Com um território cuja área desértica altera a paisagem do país, Israel precisou buscar na tecnologia formas de reaproveitamento de águas e preservação das reservas naturais, a fim de suprir os mais de 7 milhões de habitantes que vivem no país.

Banias - O Rio Jordão se abastece desta fonte 
e de mais outras duas que nascem nas bases do Monte Hermon.

São em média 2 bilhões de metros cúbicos de água por ano a serem consumidos, além de suprir a Cisjordânia e a Jordânia conforme acordos. Assim o projeto de dessalinização da água do mar para consumo e a purificação de esgoto para uso agrícola e industrial é uma das soluções que vem abrandando a questão.

Com uma apresentação de slides bem humorada o engenheiro Diego Berger, da Empresa Nacional de abastecimento de Israel, a Mekorot  - mostra os feitos em Israel no gerenciamento de recursos hídricos.

 - “O povo de Israel historicamente apresenta soluções inovadoras para os problemas da água”. Afirma enquanto mostra slide ilustrando a passagem bíblica em que Moisés tira água da pedra com um cajado.

Com certeza a história bíblica está repleta de fatos e os patriarcas aprenderam a localizar e cavar seus poços (Gn 26.15). De lá pra cá podemos observar como a tecnologia avançada mudou o curso da vida naquela terra.

Ao descrever a Terra Prometida, Moises fala como se fosse uma poesia “Terra de ribeiros de águas, de fontes e de abismos que saem dos vales e das montanhas...” Dt 8.7. Mas o território também sofre com períodos de seca.

Foi no início dos anos 60 Israel entrou no mercado internacional de água. A iniciativa de alguns fazendeiros ao desenvolverem um novo sistema de irrigação por gotejamento solucionou o problema Em vez de despejar a água diretamente no solo, tubos de plástico com furos deixavam passar, gota a gota, a quantidade mínima para o crescimento das plantas. Isso reduzia a perda por evaporação e a salinização do solo.

Hoje, mais de 80% da produção agrícola de Israel é exportada e o país passou a vender a tecnologia de gotejamento. Estima-se que empresas israelenses que controlam metade do mercado mundial desse tipo de irrigação, movimente US$ 1,2 bilhão por ano.


A empresa israelense Tal-Ya Water Technologies criou um dispositivo que coleta orvalho para irrigar plantas, possibilitando o cultivo em áreas com escassez de água, além de proporcionar benefícios ambientais. Trata-se de uma bandeja feita de um composto plástico que é colocada em volta das plantas. Esse composto não se degrada sob a ação do sol, pois combina plástico reciclável com filtros ultravioletas e um aditivo de pedra calcárea.


Obter água a partir da umidade do ar não é uma técnica nova. Na verdade, ela era mencionada na Bíblia ­ há milhares de anos, o orvalho da noite já era armazenado para irrigar plantações. Mas uma empresa israelense desenvolveu um método de obter água a partir do ar em grande escala.


Outras inovações foram desenvolvidas quando o governo israelense destinou US$ 2,2 milhões para incubadoras de empresas do setor de tecnologia de águas. Assim, hoje são  31 usinas de dessalinização em todo país que produzem 15% da água que a população consome. A cidade de  Eilat já alcançou 100% da dessalinização da água do mar para consumo doméstico.

Enquanto isso, toda vez que alguém toma banho ou puxa a descarga na maior área metropolitana, Tel Aviv, a água vai para um complexo de tratamento e é recuperada.



Israel é o maior reciclador de águas residuais do mundo: 70% das suas águas residuais (100% em Tel Aviv) são tratadas e reutilizadas como água de irrigação para os campos e obras públicas. A tecnologia israelense de estações de tratamento de esgoto é um dos mais modernos do mundo.

Para ser purificado, o esgoto é bombeado para dentro da terra e novamente retirado, passando por tratamentos físicos, químicos e biológicos na maior estação de tratamento do Oriente Médio, o Shafdan.

Depois, a água percorre cerca de 100 km por dutos até o deserto de Neguev, onde irriga variadas plantações.



Um novo tratamento de água de baixo custo também foi apresentado por dois alunos israelenses, Avishai Katko e Maya Braun, do ensino médio da Sharett High School, em Netanya, cidade costeira ao norte do país. Eles desenvolveram uma estação de tratamento:  O sistema expõe a água poluída à luz ultravioleta dos raios solares para limpar e filtrar o abastecimento de água com auxílio de energias renováveis.

Abrir o Mar Vermelho ou fazer as águas do Jordão ficarem paradas no ar é só para quem leva o país a sério e se propõe a fazer o dever de casa!

 

Fontes de pesquisas:



http://editoraglobocadastro.globo.com/EditoraGlobo/

 http://www.brasilisrael.com.br/




 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Haatzmaut



65 Anos após a proclamação do Estado de Israel o país continua crescendo
e as cidades em pleno desenvolvimento.

 Jerusalém 





Tecnologic Park - Jerusalém

Kotel

Kotel

Moinho de Montefiori

Moriá

Eilat


Netanya

 Ariel


Nahayia


Tiberíades

 Ashodod


 Ashklon

 
 Sederot
 Beersheva


Yaffo - Tel Aviv
Tel Aviv


Efrata



Feliz Haatzmaut para todos!

Mazal Tov 


Link de algumas fotos http://www.jerusalemshots.com/

 

domingo, 14 de abril de 2013

Iom Zikaron




O dia 4 de Iyar, véspera do Dia da Independência, foi definido pelo Governo de Israel, em 5709, como o Dia de Recordação aos caídos nas batalhas para o estabelecimento do Estado de Israel em sua terra em sua pátria, na Guerra da Independência e nas que a seguiram.



De acordo com a Lei, na noite do dia 4 de Iyar todos os locais de entretenimento do país ficam fechados. As bandeiras são abaixadas em todos os lugares públicos a meia haste, velas de recordação são acesas em todos os edifícios públicos e sinagogas, as pessoas se reunem nos cemitérios militares, e são realizados atos de recordação públicos.






Desde 5725, o ato de abertura deste dia se realiza no Muro das Lamentações. Na oração de Shacharit, muitas sinagogas agregam uma oração especial por esta Recordação.















Antes do meio dia, se escuta em todo país um toque de sirene de dois minutos, e todos os habitantes de Israel para suas atividades e permanecem em pé, em silêncio.





Ao término de Iom HaZikaron, iniciam-se as comemorações de Iom HaAtzmaut.

O dia 4 de Iyar recorda a todos os caídos em todas as guerras que Israel teve que suportar com seus vizinhos árabes. Sempre em minoria, enfrentando exércitos grandes e numerosos, Israel lutou a Guerra da Independência (1948), do Sinai (1956), dos Seis Dias (1967), de Iom Kipur (1973), Operação Paz na Galileia (1982), Intifada (1987), Guerra do Golfo (1991) e Intifada de Al Aksa (2000-2002).



Homenagens



Soldados israelenses colocam a bandeira de Israel nos túmulos em Monte Herzl













Fonte: www.webjudaica.com/

sábado, 13 de abril de 2013

Tel Aviv - Mazal Tov


Além que de ser um importante pólo econômico e a cidade mais rica de Israel, abrigando a Bolsa de Valores de Tel Aviv e muitos escritórios de empresas e centros de pesquisa e desenvolvimento fez 104 anos em 11/04. Ela foi fundada em 1909.

Hoje, suas praias, bares, cafés, restaurantes, lojas de luxo, o ótimo clima e o estilo de vida cosmopolita levaram a cidade a se tornar um popular destino turístico para visitantes nacionais e estrangeiros, além de ter feito a cidade ganhar a reputação de "metrópole do Mediterrâneo que nunca dorme".  

Tel Aviv é o centro financeiro do país e um grande centro de artes cênicas e de negócios.

A área urbana é a segunda mais rica do Oriente Médio. Tel Aviv-Yafo  תֵּל־אָבִיב-יָפוֹ  é a segunda maior cidade de Israel com uma população estimada em 2011 em 405.000 habitantes.

A cidade situa-se na costa mediterrânica tem uma área de 51,8 quilômetros quadrados. É a maior e mais populosa cidade da região metropolitana de Gush Dan onde vivem 3,15 milhões de pessoas (2008). A cidade é governada  por Ron Huldai.


Mazal Tov




Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tel_Aviv



quarta-feira, 10 de abril de 2013

Yardenit no limite




A notícia que apareceu no Haaretz, jornal israelense, me chamou a atenção. A poluição das águas dos rios e mares é um problema ambiental que afeta várias partes desse nosso globo terrestre.

Aqui mesmo no  Brasil, a revista Amanhã do jornal O Globo traz a tona em suas reportagens o problema de poluição das baías, lagoas e rios. Apesar de o Brasil ser uma potência hídrica, apenas 6% da nossa água foi classificada de própria para consumo.

O descaso da própria população, a falta de saneamento básico, o despejo indevido de material tóxico tem sido apontado como os culpados pela contaminação de nossas águas nos levando ao caos e contribuindo para um mundo cada dia mais carente do elemento mais importante de nossa existência:  Água potável.

Israel enfrenta o mesmo drama. Os altos índices de contaminação nas águas do Local de Batismo, Yardenit, obrigaram o Ministério de Saúde de Israel a proibir o seu uso. Os batismos feitos ali, como nos tempos de João Batista, terão que parar até que ambientalistas certifiquem que a água não causará danos à população.

O Local, sagrado para a religião cristã, recebia fieis que desciam as águas batismais num ato de fé e fortalecimento espiritual. Esse ritual praticado desde os primórdios também se constitui num interessante atrativo turístico para a região. Certamente o Ministério de Turismo terá interesse que a prática volte a ser realizada.



As águas do Rio Jordão correm do norte ao sul de Israel e deságuam no Mar Morto. As regiões ao redor se beneficiam dele para consumo, irrigação e demais atividades. 



O Jordão é o principal rio de água do país e ele também tem sua importância espiritual. Encontramos nos textos sagrados da Tanach diversos trechos relacionados ao Jordão, personagens bíblicos e a atuação do próprio D-us legitimando-o.

Certamente os fieis que ali tiveram uma experiência sagrada sonham em voltar lá e aqueles que ainda não fizeram esperam ansiosos para a liberação de suas águas.



Marion Vaz



sábado, 6 de abril de 2013

Shoah

Dia de Memória do Holocauto, decretado pelo governo de Israel na data em que aconteceu o Levante do Gueto de Varsóvia, para lembrar e homenagear as 6 milhões de vítimas do Holocausto nazista durante a 2a Guerra Mundial. 

 

O Gueto de Varsóvia originalmente continha quase 450.000 pessoas. Em janeiro de 1943, esse número havia sido reduzido drasticamente para 37.000. O resto havia sido levado para o trabalho escravo ou para campos de extermínio. Rumores diziam que os alemães iriam acabar com o gueto, esvaziá-lo. Os habitantes que ainda viviam ali, famintos e enfraquecidos por doenças, resolveram lutar.

O Que Torna o Holocausto Único na História?   Fonte Webjudaica.com/


"O eminente filósofo judeu, Emil Fackenheim, apresenta uma descrição concisa das características que distinguem o Holocausto de outras bárbaries, em seu livro To Mend the World: Foundations of Post-Holocaust Jewish Thought.

* A "Solução Final" foi arquitetada para exterminar todos os judeus: homens, mulheres e crianças. Os únicos judeus que sobreviriam caso Hitler tivesse se saído vitorioso seriam aqueles que de alguma forma tivessem escapado de serem descobertos pelos nazistas.



* Ter nascido judeu (na verdade, a mera evidência de "sangue judaico") era suficiente para garantir punição e morte. Fackenheim nota que esta peculiaridade distinguia os judeus dos poloneses e russos, que foram mortos porque havia muitos deles, e dos "arianos", que não eram procurados a não ser que resolvessem se delatar. Com a possível exceção dos ciganos, ele conclui, os judeus foram o único povo a ser morto pelo mero "crime" de existir.



* O extermínio dos judeus não tinha explicação política ou econômica. Não era um meio para se chegar a um fim; era um fim por si só. O assassinato de judeus não era considerado parte do esforço de guerra, mas era o próprio esforço em si; assim, recursos que poderiam ter sido usados na guerra foram propositadamente dirigidos para o programa de extermínios..."