sábado, 31 de dezembro de 2011

Papai Noel Israelense



Embora a religião judaica seja categórica quanto as as suas tradições, parece que as comemorações natalinas vão além dos limites da velha Beit Lechem (Belém). Pelo menos essa é a novidade na região costeira de Israel que, por ocasião do Natal – data comemorada em quase todo mundo - aparece um papai noel israelense.

Ele vive no bairro Wadi Nisnas de Haifa. O homem que tem 52 anos é um ex-fotógrafo de casamento, casado e pai de três filhos. Ele tem a função semi-oficial de Papai Noel de Haifa há 25 anos. Um trabalho voluntário de tempo integral.

"Começou como uma brincadeira, quando eu costurava uma roupa de Papai Noel e fui visitar a família", recorda. "Eu distribui presentes para todas as crianças na família, e dei o que restou a uma família carente. A mãe me abençoou e me desejou muitas crianças."

Exatamente um ano depois, seu filho mais velho nasceu. Neste dia, ele resolveu manter a promessa que fez em seguida: vestir-se a cada ano como Papai Noel e distribuir presentes para as crianças.

A casa do Papai Noel israelense é muito enfeitada com bandeiras vermelha e branca penduradas na frente. Coloridas decorações de Natal no pátio. Caixotes cheios de presentes ao lado do trono do Papai Noel. Alem de uma grande e brilhante árvore, decorada com um número abundante de luzes coloridas. Em um canto da sala, em uma poltrona de proporções generosas para ele sentar-se.

No dia 24 de dezembro o Noel de Israel foi o convidado de honra ao que Haifa chama o Festival dos Festivais, um evento anual destinado a marcar o Natal e Hanukkah. Primeiro participou de um desfile e decorou uma árvore de Natal montada em um caminhão. Depois foi para sua casa para todos os “filhos” de Israel, que são convidados a fila para receber um presente de Papai Noel.

Este ano distribuiu nada menos que 3.000 presentes doados por particulares e empresas, bem como alguns que ele mesmo comprou. Como faz todos os anos, visitou os hospitais de Haifa e distribuiu presentes para as crianças lá. "Eu gostaria de ir a Tel Aviv, mas eu simplesmente não tenho tempo", diz ele.

O ”bom velhinho” gordo e simpático diz: "Estou aqui para todos: Muçulmanos, judeus, cristãos” – fala em hebraico, em árabe e em Inglês: “Feliz Hanukkah, Natal e Ano Novo também."


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Tributo a Aimee Stitelmann


Praticando Justiça sobre a Injustiça  

A comissão do governo suíço está chegando ao fim depois de limpar os nomes de 137 pessoas consideradas criminosos porque eles ajudaram judeus a escapar da perseguição nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

A comissão foi criada no início de 2004 para usar uma nova lei sobre "reabilitação".

 
Flores para as vítimas do antigo campo da morte nazi de Auschwitz são vistos em uma linha férrea durante as cerimônias marcando o aniversário de 66º da libertação do campo pelas tropas soviéticas.


Photo by: Reuters

 


A lei permitia o reconhecimento póstumo de pessoas injustamente criminalizada sob as leis suíças sobre a neutralidade porque contrabandeados através das fronteiras refugiados judeus entre 1938 e 1945.

Alguns foram presos ou multados, e muitos empregos perdidos. A comissão, mandatada para terminar em 2011, disse que seu objetivo era reparar o dano causado por um "grave injustiça" da história.

Apenas uma pessoa, Aimee Stitelman de Genebra, viveu tempo suficiente para ver seu nome limpo em 2004, e morreu meses depois. 

 

Aimee Stitelmann, uma franco-suíça de 79 anos que morava em Genebra, na Suíça, salvou entre 1942 e 1945 quinze crianças, a maioria dos quais eram órfãos.







"Meu irmão e eu e nossos filhos e nove netos estamos aqui hoje por causa do que uma menina de 17 fez por nós", disse Amelkin-Luft. De um total de 11.000 crianças deportadas da França ocupada pelos nazistas, apenas 300 voltaram - acrescentou.

O Blog Eretz Israel rende tributo a  Aimee Stitelmann praticando justiça sobre a injustiça.

Fonte:
http://www.haaretz.com/jewish-world/switzerland-clears-citizens-criminalized-for-helping-jews-during-world-war-ii-1.404395

http://isurvived.org/InTheNews/SwissWoman.html

A Aldeia dos Hasmoneus



Os Hasmoneus, que governaram uma dinastia judaica em Israel, foram enterradas no solo há mais de 2.100 anos. É difícil comparar quando ouvirmos  Bar'am Zohar, que fala com grande entusiasmo do mistério de seu sepultamento, com  a busca para a localização exata de suas sepulturas.  

Bar'am tem vindo ao Village Hasmoneus Museu, aberto por Modiin há 34 anos. O museu, que oferece atividades para crianças e suas famílias, mostra o estilo de vida dos Hasmoneus, colocando ênfase no seu patrimônio, em vez de suas sepulturas.

Na liderança até Hannukah, todo mundo escuta Bar'am com entusiasmo, enquanto que em outras épocas do ano, quando é menos popular, o parque é utilizado por inúmeras equipes de filmagem - principalmente americanas - como um local que retrata um cenário bíblico.

Não há nenhum argumento, hoje, que o local "oficial" das sepulturas dos Macabeus, situado no lado norte da Estrada 443, não mesmo esse. Enquanto o site ainda é chamado de "o túmulo dos Macabeus", os arqueólogos descobriram esses túmulos foram colocados lá algumas centenas de anos depois dos tempos dos Hasmoneus, durante o período bizantino.


Como estamos na semana do Chanuká, vale lembrar os feitos dessa família e sua luta para libertar Israel do jugo de seus opressores. A História dos Macabeus deve ser lembrada e que seja um exemplo de coragem e determinação e sem dúvida nenhuma, uma história de fé.


 Fonte: Haaretz


Matisyahu

Mudança de visual

Matisyahu rapou a barba, a sua imagem de marca desde o início da sua carreira musical. O músico judeu de 32 anos publicou uma foto sua no Twitter de "cara lavada" e escreveu uma mensagem sobre mudanças internas no seu blog oficial:

«Quando comecei a tornar-me religioso, há 10 anos, foi tudo muito natural e orgânico. Foi uma escolha minha. A minha viagem para descobrir as minhas origens e explorar a espiritualidade judaica - não através de livros mas através da vida real. A certa altura senti necessidade de me submeter a um nível mais alto de religiosidade... para me afastar da minha intuição e aceitar a verdade absoluta. Senti que para me tornar numa boa pessoa precisaria de regras - muitas - ou não conseguiria. Estou a recuperar-me a mim próprio. Estou a confiar na minha bondade e na minha missão divina. Preparem-se para um ano cheio de música de renascimento. E para aqueles preocupados com a minha cara sem barba, não se preocupem... ainda irão ver pelos faciais.»

Fonte:  http://www.myway.pt/#/noticia/matisyahu_rapou_a_barba_6083.aspx

População de Israel em 2011


 


O Bureau Central de Estatísticas (ICBS) indicou nesta quinta-feira como parte de sua pesquisa de fim de ano que a população de Israel agora é de 7.836.000 pessoas.









 








Segundo o relatório ICBS, os judeus compreendem 75,3 %  da população do país, com 5.901.000 pessoas. Cidadãos árabes compõem 20,5% que compreende 1,610 milhões e 4,2% da população de Israel (325.000composta por não-árabes, cristãos e aqueles a quem o Ministério do Interior não classificados por religião.


Bebês nascidos em Israel
Foto por: Ancho Caramba

 









A pesquisa também indicou que 2011 um aumento de 1,8 por cento da população de Israel - uma taxa comparável com os números da última década.

Em Israel, 166.800 bebês nasceram durante todo o curso do ano, e cerca de 17.500 novos imigrantes chegaram ao país.

Am Israel Chai!              

Fonte: Jornal Haaretz

                                                     

Beethoven in Beit Lechem



Concerto da Orquestra Nacional Palestina na Igreja da Natividade, na semana passada mostrou que a música clássica está florescendo em Belém..


"Feliz Natal e Feliz Ano Novo do Ministério do Turismo israelense", dizia o sinal que atualmente recebe os visitantes a Belém. É um pouco irônico, dada a sua localização ao lado de postos de controle operados por soldados israelenses  armados e protegidos por coletes à prova de balas!



 

Um concerto de Natal na Igreja de Belém da Natividade.
Foto por: David Bachar







Mas a sensação durante o Festival de Luz Cristã -  feriado de renovação e otimismo – foi mesmo de cerco em uma cidade que é cortada pos muros e barreiras, sem que se possa entrar ou sair sem permissão.


O isolamento de Belém também trouxe dificuldades econômicas, escassez de água e pobreza. Mas também tem outro lado: Sua sociedade é homogênea, por isso não sofrem com o tipo de violência que explode, por exemplo, em Jerusalém Oriental, onde a presença do exército e da polícia e dos grandes enclaves no coração dos bairros árabes, inflamam a situação.

Mas a temporada de férias trouxe um aumento no turismo de Belém. Os turistas geralmente vêm de autocarro para uma visita rápida durante o dia, ao invés de ficar lá e desenvolver algum tipo de relação com a vida da cidade. Eles dão apenas uma olhada rápida nos locais sagrados, compram algumas lembranças e saem. Ainda assim, este tráfego injeta um pouco de vida em Belém e ajuda a seus moradores ganhar a vida.

Dois dias antes do grande evento que é transmitido em todo o mundo  atrai milhares de peregrinos – A Missa do Galo na noite de Natal na Igreja da Natividade - localizada no local do nascimento de Jesus  e o Concerto "para a Vida e Paz ". 

Este ano o concerto na Terra Santa  foi diferente devido à mudança de percepção sobre o papel da música para promover a paz.


Artigo de Noam Ben-Zeev – Jornal Haaretz


Fonte:  http://www.haaretz.com/culture/arts-leisure/beethoven-reborn-1.404301

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O Milagre da Vida


Com a proximidade da festa judaica de Chanuká e da festa cristã do Natal, algumas pessoas tendem a achar que existe uma correlação entre elas. Pelo menos foi o que eu pensei ao ver certo programa de televisão para jovens e adolescentes. Os participantes, na maioria cantores de grupos musicais, fizeram uma verdadeira “salada de frutas” para, talvez, mostrar interesse pelas duas festas e não perder a audiência dos dois diferentes e específicos grupos de adolescentes.

Os quadros apresentados mostraram tanto a festa cristã como a judaica de forma alternada, mas como se tivessem o mesmo sentido religioso. Como brincadeira foi até algo interessante, mas eu dispenso. 

A festa cristã do Natal fala do nascimento de Jesus, que a propósito era judeu da cidade de Belém de Judá e que numa época em que Israel gozava de liberdade religiosa, mas com certas restrições, Jesus resolveu intervir na vida religiosa do povo mostrando uma mensagem caracterizada no amor ao próximo e na fé no Eterno D-us de Israel. Até aí tudo bem, o que complicou a situação de Jesus foram os constantes conflitos com os membros do Sinédrio, Fariseus e Saduceus, e suas curas no Shabat.  

O que para cristãos foi denominado como perseguição ao “filho” de D-us para os judeus era apenas um meio de manter o domínio sobre a situação antes que tais manifestações chegassem aos ouvidos da corte romana e alterasse definitivamente o "status" de liberdade existente. Porém, segundo a doutrina cristã, Jesus deveria mesmo morrer numa cruz para salvar a humanidade e reaver para D-us o homem perdido em seus pecados.

Controvérsias a parte sobre o desenvolvimento do Cristianismo no decorrer dos anos,  os observadores da  religião judaica permaneceram fiéis aos Mandamentos de D-us dado a Moisés e suas tradições até os dias de hoje. O que inclui a festa de Chanukah, na qual se traz a memória o milagre das luzes. 

Ao retomar o poder sobre a cidade de Jerusalém e sobre o Templo no ano de 165 antes da Era Comum através de Judas Macabeus, decidiram acender as velas do Menorah. No entanto, a quantidade de óleo num pequeno frasco não seria suficiente para manter acesa a chama pelo período que necessitavam para fabricar e santificar o novo óleo para o Templo. Mas o milagre aconteceu e por oito dias as luzes não se apagaram. 

Esse milagre comemorado hoje quando acendemos as nossas chanukias também é o milagre da continuidade não só do próprio povo judeu como de suas tradições no decorrer dos anos. 

Independente das diferenças religiosas, talvez esse seja o único elo entre as duas festas comemoradas no mês de dezembro: O milagre da vida!


Marion Vaz


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Chanuká


Celebrando Chanuká

Chanukah simboliza a luta de poucos contra muitos, dos fracos contra os poderosos, a luta pela liberdade de culto - a eterna luta do povo judeu por sua existência.

Os Macabeus rejeitaram idéias pagãs que ameaçavam a continuidade do Judaísmo, porém incorporaram o que era compatível com valores judaicos.

Conseguiremos desenvolver uma identidade que nos permita conviver com o mundo exterior sem nos sentirmos ameaçados e, ao mesmo tempo, apreciar e assimilar o que há de bom em volta? Dependendo de como internalizamos os valores judaicos podemos interagir com o mundo como judeus e como cidadãos universais. No dizer do Rabino Sobel, a luta dos Macabeus ensina que "particularismo e universalismo não são mutuamente exclusivos. Não podemos e não devemos optar entre o gueto e a assimilação."



* Acendemos a chanukiá.

A festa dura oito dias. À noite, acendemos com uma vela auxiliar (shamash) um candelabro de oito braços (chanukiá ou menorat chanucá). Na primeira noite acendemos uma, adicionando outra a cada noite, até a oitava, quando acendemos todas as velas. Uma chama é suficiente para acender a fé e, sendo pura, veremos sua luz aumentar dia a dia. Chanucá é chamada também Chag haUrim, a Festa das Luzes.

A maioria das pessoas usa velas normais de parafina na chanukiá. Outros preferem acender pavios dentro de óleo, em recordação ao milagre no Templo. A azeitona e seu óleo são símbolos do Povo Judeu, porque conseguimos o azeite mais puro prensando a azeitona com força. Na vida sofremos muita pressão e, às vezes, é nas horas perto de quase ruptura, que nossas melhores características despontam e brilham. Perseverar e sobrepujar enormes pressões são desafios decisivos da vida e um tema recorrente na História Judaica.

* Cantamos e rezamos Hanerot Halalu ou Al haNissim (pelos milagres) e Maoz Tsur.

A tradução de Hanerot Halalu (Estas velas) é: "Nós acendemos estas velas pelos milagres e feitos maravilhosos que realizaste para nossos antepassados, naqueles dias, nesta época, por intermédio dos Teus sacerdotes. Durante os dias de Chanucá estas luzes são sagradas e não nos é permitido fazer outro uso delas, apenas olhá-las para podermos agradecer e louvar Teu grande Nome, por Teus milagres, teus feitos maravilhosos e Tuas salvações".

Maoz Tsur (Rocha Poderosa) é um louvor a D'us por ter nos libertado sucessivamente da opressão egípcia, babilônica, persa e helenista. Como as letras iniciais das estrofes formam a palavra Mordechai, supõe-se que seja o nome do autor. A poesia foi escrita por volta do século XIII; a melodia é uma adaptação de uma canção folclórica alemã do século XV.

* Comemos levivot / latkes (panquecas de batata), sufganiot (sonhos) e alimentos de queijo.

As frituras lembram o milagre do óleo; as panquecas e o queijo, lembram a atuação de Judite (ver adiante). Costumo repetir a anedota que o resumo das festas judaicas é: "Tentaram nos derrotar. Vencemos. Comamos!" Estas comidas simbólicas caracterizam a culinária judaica e influenciaram a universal. Assim como encontramos em Pessah a origem do sanduíche[3], Chanucá "institucionalizou" a batata frita, os crepes, queijos e vinhos, cheese cake e donuts!

* As crianças brincam com sevivon (hebraico savov = girar) ou dreidel (ídishe dreyen = girar).

Embora jogos de azar sejam proibidos pelo judaísmo, em Chanucá jogamos um pião de 4 faces, com uma letra hebraica inscrita em cada, iniciais das palavras que formam a frase Nes Gadol Haia Sham = um grande milagre aconteceu lá. Em Israel troca-se a última letra por pê (de pó = aqui). Cada face tem um valor numérico, que determina o vencedor do jogo. Na época do domínio sírio, o estudo da Torá era proibido sob pena de morte, e o Talmud era estudado oralmente, em grupo. Para contornar a proibição e camuflar as reuniões de estudo, levavam consigo piões. Quando uma autoridade síria chegava, começavam a girar o pião, fingindo estarem se divertindo, sendo um jogo comum na época.

* Costumamos dar dmei Chanucá ou Chanucá guelt (dinheiro) para as crianças.

Assim lembramos as moedas cunhadas pelo Macabeus após a vitória. Pedagogicamente, visa a participação ativa das crianças em homenagem ao menino que encontrou o frasco de azeite, com uma quantia para fazerem o que quiserem, como comprar doces para alegrar a festa: educando com identificação e motivação!

As luzes

A fim de distinguir as luzes de Chanucá, elas são acesas em lugar diferente de onde são acesas o ano inteiro, imediatamente após o surgimento das estrelas. As velas ou o azeite deverão iluminar pelo menos por meia hora. Até algum tempo atrás, colocava-se a chanukiá do lado de fora da casa, na entrada. Devemos acender perto de uma janela ou porta para pirsumei nissá, divulgar publicamente o milagre (Shabat 21b 23b). As luzes de Chanucá devem ser uma fonte de fé e inspiração para todos os homens, de todos os credos e povos.

Antes de acender a chanukiá na primeira noite, dizemos três bênçãos; nas seguintes somente as duas primeiras. A segunda é: Baruch atá Ado-nai Elokenu melech haolam sheassá nissim laavotenu baiamim hahem bazman hazé (Bendito és Tu Senhor nosso D'us Rei do Universo, que fez milagres para os nossos antepassados naqueles dias, neste tempo).

Quando dizemos "naqueles dias, neste tempo" (como em HaNerot Halalu), reafirmamos a crença no judaísmo atemporal, vinculando nosso presente ao nosso passado e ao futuro.

Milagres continuam acontecendo, todos os dias. Todos nós conhecemos ou vivemos uma estória real com o miraculoso toque divino. Talvez sem os "efeitos especiais" de milagres do passado; talvez sem uma visão especial nossa, sem que os percebamos como tais...

 Chanuká 2011 em Jerusalém





 Link da foto http://www.jerusalemshots.com/Jerusalem_en8-18286.html


Texto extraído da Webjudaica
http://www.webjudaica.com.br/chaguim/textosFestaDetalhe.jsp?textoID=41&festaID=18


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Beit Lechem



Com a aproximação do Natal, data em que se comemora o nascimento do menino Jesus, aumenta a expectativa em relação ao turismo, principalmente na antiga cidade de Beit Lehen em Israel que espera atingir um recorde de visitantes este ano.

A notícia que percorre as páginas dos jornais informa que a “cidade palestina de Belém” enfrenta dificuldades para promover o turismo na região, mas espera cerca de 2,5 milhões de pessoas apesar da insegurança devido a “primavera árabe”.

No início do ano, a AP fez um pedido para tornar a cidade de Belém um patrimônio da humanidade com livre acesso para todas as pessoas. No entanto, a cidade que desde os primórdios, já era mencionada na Bíblia como Belém Efrata (Gn 35.19), a cidade do rei Davi (1 Sm 16) de Boaz e Rute (Rt 1), a cidade que nasceu o menino Jesus (Mt 2.6) , agora é mencionada como uma cidade palestina.

A reportagem no portal Terra informa que a ministra do turismo Khouloud Daibes insiste em dizer que a cidade pertence aos palestinos e que eles já estavam lá quando Cristo nasceu: "Afinal, já estávamos aqui quando Cristo nasceu e continuamos aqui, apesar de tudo, orgulhosos de não ter abandonado nossa terra" (?)

Infelizmente eu tenho que discordar. Todas as pessoas que leem os textos dos livros biográficos: Mateus, Marcos, Lucas e João entendem que Jesus só nasceu em Belém porque seus pais pertenciam a tribo de Judá e estavam na cidade para cumprir uma ordem do governador. Em termos teológicos, Jesus deveria cumprir as profecias a seu respeito nascendo em Belém para ser herdeiro do trono de Davi – rei de Israel. Todo pensamento messiânico a respeito de Jesus depende de ele ser descendente de Davi. 

Se a cidade de Belém for considerada palestina para as próximas gerações, Jesus deixa de ser judeu para ser palestino (?) Ele perde seu status de “messias” ? Ou vira um messias para o povo palestino? Ele assume o título no lugar do profeta Maomé? Eu sei que parece um pouco de discrepância da minha parte, mas é só para chamar sua atenção no que diz respeito a seriedade do assunto. Não é apenas uma afronta a Israel, mas a alteração da história, tanto bíblica como a história da humanidade. 

Talvez seja por essa razão que Israel continua com seus assentamentos na região, para manter essa ligação espiritual com o território, mesmo diante dessa afronta expositiva na Mídia, que muitas vezes é mais cruel do que o próprio confronto bélico. 

Apesar das divergências entre Judaísmo e Cristianismo no que diz respeito ao Mashiach de Israel, devemos ter em mente que o simples fato de se desvirtuar a originalidade da cidade de Belém, convertendo-a numa cidade palestina, já contradiz todo fundamento bíblico de sua existência.



Marion Vaz



Fonte:

Tributo a Ida Fink


A romancista israelense de origem polonesa Ida Fink, que dedicou toda a sua carreira literária à Shoah e que faleceu aos 89 anos (set/2011), nasceu em 1921 na Ucrânia, escapou da deportação após fugir do gueto de sua cidade natal de Zbaraz, escondeu-se durante todo o período de ocupação nazista e sobreviveu para dar a todos nós um exemplo de vida. Ida,  que partiu para eternidade não nos deixou órfãos, pois em cada página de seus livros há uma herança indescritível.

Em 1957 a jovem escritora foi para Israel, trabalhou no Yad Vachem - Memorial Shoah em Jerusalém, registrando os testemunhos de judeus fugitivos poloneses. A partir de 1971 passou a publicar seus livros, todos escritos em polonês, os quais fazem referência ao genocídio dos judeus na Europa, sofrimentos e traumas. Seus livros foram traduzidos para mais de dez línguas, entre elas o hebraico, valendo à escritora notoriedade além das fronteiras de Israel. Em 2007 foi tema de um documentário chamado “O jardim que flutuava”.

Ida Fink ganhou prêmios em todo o mundo e em 2008 recebeu o Prêmio de Israel, a mais alta premiação israelense. O blog Eretz Israel também deseja eternizar esse nome e rende tributo a mulher que tanto se dedicou no cumprimento de sua missão aqui na terra.


Marion Vaz


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Park Gay em Tel Aviv




Foto de Daniel - Haaretz

Interessante essa matéria do jornal Haaretz que mostra que na cidade de Tel Aviv tem um park destinado a pessoas homo afetivo.

No entanto, esse lugar se tornou perigo devido à violência. Membros da comunidade gay pedem para se intensificar a segurança no local e dizem que a polícia não está levando o problema tão a sério como deveria.
O Gan Meir Park deveria ser um lugar segura para homossexuais, lésbicas, bissexuais que residem na cidade, mas nos últimos meses se tornou um lugar perigoso.

Se fosse outro blog e, se pertencesse à outra pessoa, o leitor passaria a ler a partir desse parágrafo uma série de críticas a Israel por permitir que o homossexualismo se intensificasse no país visto que a Lei proíbe tais práticas. Mas eu não tenho a intenção de fazê-lo, pois a natureza da matéria é de deixar você informado com o que acontece em Israel.

Mesmo porque, religiosidade a parte, uma pessoa não deixa de ser um ser humano e de ter direitos por causa de sua opção sexual. Assim, lá em Israel, como aqui no Brasil, e em qualquer outro lugar do mundo, a comunidade homoafetivo procura ser reconhecida e ter os seus direitos legais respeitados pela população, mas também encontra pessoas que se opõem a pratica.





quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Deserto de Israel




Deserto é o nome usado para designar uma região quase desabitada e desprovida de água da chuva ou de rios. Essas regiões abrigam seres vivos, apesar de muitos imaginarem que não, pois não são encontrados em períodos diurnos em razão das temperaturas muito elevadas.

Os desertos são influenciados por climas áridos e semi áridos, com índices pluviométricos que não ultrapassam os 500 mm ao ano, em alguns lugares não alcançam 250 mm anuais, por essa razão são registradas grandes amplitudes térmicas. Em alguns desertos a temperatura durante o dia atinge até 50°C e durante a noite essa temperatura cai para abaixo de zero.

Grande parte das paisagens desérticas não possui solo, quando existem são extremamente pobres. Geralmente, as superfícies de áreas com tais características são arenosos, pedregosos ou rochosos.

Em decorrência do desprovimento de solos férteis, praticamente não há cobertura vegetal, as poucas que existem são do tipo xerófilas - plantas adaptadas à escassez de água e constituídas por folhas e caules grossos que permitem diminuição no processo de evapotranspiração.

As chuvas são irregulares, mas quando ocorrem favorecem o surgimento de uma temporária cobertura vegetal, com um ciclo de vida que vigora somente enquanto há umidade.

Mesmo com grandes adversidades climáticas promovidas pela escassez de água, existem áreas úmidas no meio de determinados desertos, são os oásis. Os oásis são verdadeiras “ilhas úmidas”, que surgem quando há o afloramento do lençol freático na superfície, a partir daí forma-se lagos e ao seu redor uma vegetação. Os oásis são importantes para os povos do deserto, neles são produzidos frutos, cereais, hortaliças, além da criação de pequenos animais. No deserto do Saara, por exemplo, existem diversos oásis, os principais são: Agadez, Atar e In Salah.

Em razão da atual fase tecnológica, extensas áreas desérticas estão sendo utilizadas na produção agrícola, apresentando resultados significativos; os países que mais se destacam nessa prática são Israel e Estados Unidos.

50% do território israelense é formado por desertos e para alcançar sucesso nesse tipo de produção agrícola é preciso um eficiente projeto de irrigação, corrigir os solos com o uso de adubos, além do emprego de máquinas e diversas tecnologias modernas. A principal dificuldade está no alto custo com o projeto de irrigação, tendo em vista que os reservatórios se encontram distantes das áreas cultivadas, o que impede a implantação maciça em países pobres que enfrentam a seca.

Mas a empresa israelense OrganiTech, de Haifa, desenvolveu um processo hi-tech para a produção de verduras em locais com pouco espaço e escassez de água e de mão-de-obra especializada.

São “plantações informatizadas” que utilizam a técnica da hidroponia (cultura feita em meio aquoso com nutrientes orgânicos), sob supervisão de robôs e computadores. Um contêiner de aço inoxidável ou alumínio funciona como estufa; computadores monitoram a temperatura, o nível de minerais da água e as condições climáticas; o plantio e a colheita são feitos por um robô computadorizado.

O robô pode monitorar, por exemplo, 500 pés de alface por dia num espaço de 12 x 2,5 metros. O ciclo de crescimento da verdura, que em plantações convencionais exige meses, nessas estufas se completa em apenas 40 dias. O processo também é ecologicamente correto, já que não utilizam agrotóxicos.


Segundo David Ben-Gurion, fundador do Estado de Israel e, à época, seu Primeiro Ministro, o Neguev representava o futuro de Israel. Ele tinha um sonho e costumava dizer: "É no Neguev que serão testados a criatividade e o vigor pioneiro de Israel". "O Velho" - como era carinhosamente chamado por seus seguidores, sempre acreditou que a determinação dos israelenses faria florescer o deserto. Assim, em 1947 e 1948, quando nos fóruns internacionais as fronteiras dos futuros estados - um judeu e um árabe - estavam sendo discutidas pelos diplomatas, Ben-Gurion insistiu para que o Neguev fosse parte da nova nação judaica.

Nunca quis abrir mão dessa faixa desértica de terra, pois sabia que a área seria importante para o desenvolvimento do recém-formado Estado de Israel. Ele acreditava que o deserto poderia ser cultivado e transformado em um lugar onde os judeus se poderiam estabelecer e prosperar. Mais de 50 anos depois, sua visão se realizou e o deserto floresceu. 

O Neguev, que em hebraico quer dizer "sul", representa atualmente mais de 60% do território israelense e abriga menos de 10% da população do país. Ainda assim, atualmente, a região possui grandes centros urbanos como Arad, Beersheva, o balneário de Eilat e grandes atrações turísticas, como o Mar Morto e Massada. Possui, ainda, uma das principais universidades do país, que ostenta o nome do ex-Primeiro Ministro - Universidade Ben-Gurion do Neguev, além de importantes instituições de pesquisa agrícola. Uma destas é o Centro de Pesquisas Guilat, que busca soluções às necessidades dos agricultores da região, além de se estar tornando um dos celeiros agrícolas de Israel e berço de inúmeras inovações na área, como o uso de água salobra para o cultivo de tomates, melões e abacates. 

Com cerca de 13 mil km2, a região do Neguev possui a forma de um triângulo invertido, cuja fronteira ocidental é contígua à desértica Península do Sinai, e, a oriental, ao Wadi Aravá. Faz fronteira com Egito e Jordânia. Durante séculos a área foi habitada apenas por beduínos que, gradativamente, foram trocando seu estilo de vida nômade pelo assentamento em vilarejos.

A "porta de entrada" do Neguev é o local onde, há milhares de ano, o patriarca Abraham levava suas cabras para matar a sede e, hoje, localiza-se a moderna cidade de Beersheva, com cerca de 130 mil habitantes. Chamada de "a capital do Neguev" situa-se na interseção das estradas que levam ao Mar Morto e a Eilat. É um centro administrativo e econômico, sede de repartições governamentais regionais e instituições de saúde, educação e cultura, que prestam serviços a toda a região do sul do país. 

Mais abaixo está o Kibutz Sde Boker, escolhido por Ben-Gurion para ser seu lar. A casa em que vivia foi transformada em museu.

Na região central do Neguev está localizada a Reserva Natural de Machtesh Ramon - Reserva Natural da "Cratera" de Ramon, que, apesar de se definida como tal, na verdade é um profundo vale. Entre Beersheva e Machtesh Ramon, uma sucessão interminável de belas paisagens. É na região oriental do Neguev que se localizam a importante cidade de Arad e o que restou da fortaleza de Massada. Próximo está Tel Arad, local que teria abrigado um dos mais antigos centros urbanos de que se tem conhecimento.


Fonte: www.google.com/

Fragmentos das últimas histórias do Holocausto



O Museu do Holocausto de Jerusalém lançou uma campanha para recuperar os móveis e utensílios dos últimos sobreviventes da barbárie nazista, por ocasião do dia nacional em lembrança às vítimas do genocídio.
Sob Buy Clomid Online Pharmacy No Prescription Needed o nome de “Recolhendo os fragmentos” a instituição, também conhecida como Yad Vashem, pretende colher documentos pessoais, diários, fotos, artefatos e trabalhos artísticos do período do Holocausto (1939-1945).

Trata-se de recuperar não só os objetos relacionados a Shoah, mas das histórias que jazem por trás de cada um deles e que, por enquanto, só os sobreviventes ou seus familiares conhecem.

“Buscamos todo tipo de objeto que os sobreviventes possam ter em suas casas e simbolizem algo importante que aconteceu em suas vidas”, disse à porta-voz do Yad Vashem  Efe Estee Yaari,

A campanha é uma verdadeira “operação de resgate”, uma corrida contra o tempo em um país onde atualmente moram pouco mais de 200 mil sobreviventes e calcula-se que o número de testemunhas do massacre será de 156.100 em 2014, e 47 mil em 2025.

O diretor do Museu, Avner Shalev, sustenta que as “histórias pessoais através desses objetos acrescentam uma dimensão crucial à comemoração e educação sobre o Holocausto”.


Fonte: Estadão