quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Rosh Hashaná


Rosh Hashaná (literalmente, "cabeça do ano"), um dos dias solenes no calendário judaico, também é chamado de:
  • Iom Teruá - o Dia do Soprar (das trompetes);
  • Iom Hazikaron - O Dia de Recordação;
  • Zichron Teruá - Tributo para o Soprar (das trompetes);
  • Iom Hadin - O Dia de Julgamento.

Rosh Hashaná é observado no princípio do sétimo mês hebraico, Tishrei, durante dois dias.

Enquanto Nissan é declarado na Bíblia como o primeiro mês do ano, Tishrei veio a ser considerado como o começo do ano civil, pois este foi o mês da Criação e nele que o ano do jubileu começou, quando foram libertados os escravos e toda a propriedade foi restabelecida aos donos originais.

Origem
Rosh Hashaná é definida no seguinte verso bíblico:
"No sétimo mês, no primeiro dia do mês, será um descanso solene para vocês, uma comemoração proclamada com o toque do shofar (trompete feita de chifres), uma convocação santa...."

Em contraste com os outros festivais, Rosh Hashaná não tem uma base na história nem na agricultura.

O conceito do ano novo como "Iom Hadin", Dia de Julgamento, quando toda a espécie humana é julgada pelo Criador e o destino de cada indivíduo encontra seu lugar no Livro da Vida, é de origem de rabínica, baseada nos versos seguintes:

"Toque o chifre à lua nova, À lua cheia de nosso dia de festa. Pois isto é um estatuto de Israel, Um (dia de) julgamento pelo D'us de Jacob."
(Salmos 81:4,5)

Observância

Ao longo do mês de Elul, que precede Rosh Hashaná, muitos Judeus se ocupam de várias preparações espirituais durante as Grandes Dias Santos.
  • O Shofar é soprado todos os dias da semana no serviço matutino para despertar os fiéis para a seriedade do serviço.
  • Do domingo antes de Rosh Hashaná, orações penitenciais (Selichot) são recitadas diariamente dia entre meia-noite e amanhecer. Quando o ano novo ocorre numa segunda ou terça-feira, as Selichot são iniciadas no domingo da semana anterior.

Os cartões de ano novo, expressando desejos de um ano bom e doce, são enviado aos parentes e amigos. Também é habitual aos fiéis cumprimentarem uns aos outros após o serviço da véspera de Rosh Hashaná com a expressão hebraica "Leshaná Tová Tikatevu Vetichatemu" (literalmente, que seja escrito e selado para um ano bom), respondida com "Gam Atá" (O mesmo para você).

Em Casa

Os costumes e cerimônias em casa também refletem preocupação com o sucesso do ano próximo:
  • Além da recitação do Kidush (a oração de santificação sobre o vinho) e o acendimento das velas festivas na véspera de Rosh Hashaná, um pedaço de maçã é molhado em mel. A pessoa que executa este ato simbólico implora: "Possa D'us nos conceder um ano bom e doce.
  • A pessoa molha pão no mel com a esperança de que da mesma maneira que o pão é doce, que as experiências do próximo ano possam ser apenas as mais agradáveis.
  • Na segunda noite, uma fruta que não ainda não tenha sido comida durante o ano é experimentada e uma bênção apropriada é recitada.
  • Judeus sefaradim têm um Seder completo de Rosh Hashaná, semelhante ao de Pessach e ao de Tu Bishvat.

    Oração

    Em Rosh Hashaná, os Judeus se contêm geralmente de suas ocupações diárias e atividades e participam o serviço religioso comunitário nas sinagogas.

    O serviço de oração preocupa-se principalmente com as vidas e bens dos indivíduos e com a paz de toda a espécie humana. Unetane Tokef ("Nós celebraremos a santidade deste dia temeroso") é uma das orações mais importantes do dia. Discute os assuntos deste Dia de Julgamento, e conclui com a famosa frase: "Mas penitência, oração e caridade evitam o decreto do mau".

    Malchiot, Zichronot e Shofrot são orações que implicam na aceitação do Reinado de D'us (Malchiot), lembrando (Zichronot) os méritos de nossos antepassados, e a esperança de que vida e paz desçam ao mundo inteiro proclamadas pelo Shofar - o chifre de carneiro (Shofrot).

    Os toques do Shofar chamam os congregantes para o arrependimento, durante e após o Serviço Adicional (Mussaf), exceto quando Rosh Hashaná cai no Shabat. O Shofar é tocado cem vezes, em intervalos específicos durante o serviço, em silêncio completo e com a congregação atenta.

    Os sons do Shofar são de três tipos:
  • Tekiá - Uma nota longa, profunda que termina abruptamente;
  • Shevarim - Três toques curtos;
  • Teruah - nove toques curtos
    O último som, um Tekiá prolongado, é chamado "Tekiá Gdolá".

Meditação privada

Na tarde do primeiro dia de Rosh Hashaná, muitos Judeus vão para as margens de um rio e recitam versos dos profetas e outras fontes apropriadas.

Esta cerimônia simboliza uma pessoa lançando (TASHLICH) seus pecados nas profundidades da água.

Os Dez Dias de Penitência

Rosh Hashaná inicia os Dez Dias de Penitência (Asseret Iemei Tshuvá), o período mais solene do calendário judaico, um tempo fixo a parte para contemplação sincera e arrependimento. O Shabat que ocorre durante estes dez dias é chamado "Shabat de Arrependimento" (Shabat Shuvá), pois a porção profética (Haftará) lida no serviço matutino inicia-se com a palavra Shuvá (literalmente, "Retorno") - uma exortação para o Povo de Israel para voltar a D'us.







Salmo 17 - Oração de Davi

"Ouve, Senhor, a justa causa; atende ao meu clamor; dá ouvidos à minha oração, que não é proferida por lábios enganosos. Da tua Presença saia a minha setença; vejam os teus olhos a retidão. Sondaste o meu coração visitaste-me de noite; examinaste e nada achaste; determinado estou a não transgredir por minha boca. Quanto às ações dos homens, pela palavra dos teus lábios, eu me tenho guardado dos caminhos do destruidor. Mantém os meus passos apegados às tuas veredas, para que não resvalem os meus pés. Eu te invoco, porque me responderás, ó Deus; inclina a mim os teus ouvidos e ouve as minhas palavras. Demonstra a tua benegnidade maravilhosa, ó Tu que por tua destra salvas os que em Ti se refugiam contra adversários. Preserva-me como  a menina do olho, esconde-me à sombra das tuas asas por causa dos ímpios que desejam aniquilar-me, meus mortais inimigos que  me cercam... "


Fonte: 

Ritual de Orações de ROX-HA-XANÁ 
Página 4   Salmos Penitenciais
Tradução de Davi José Perez
União Israeleita Shel Guemilut Hassadim
Ed. Monte Scopus - Rio de Janeiro


Heróis e Vilões de Rosh HaShaná

O ano novo judaico é um período de reflexão, em que D'us inicia o julgamento de cada ser humano. A data celebra o aniversário da criação do Homem, no 6o dia da Criação do Mundo.
 
Heróis e Vilões de Rosh HaShaná

As histórias associadas aos feriados judaicos são bem conhecidas. São temas de livros e filmes. Entretanto, elas não são apenas contos de ninar para crianças. Elas têm lições para todos que as leêm e as discutem. O propósito desta seção é mencionar as mais famosas e algumas não tão famosas, na esperança de que você encontre um novo significado nas histórias que todos tomamos por conhecidas

O Sacrifício de Itzchak

Em Rosh Hashaná, nós lemos a porção da Torá que conta a história do nascimento de Itzchak, e a história da Akedá, o sacrifício de Itzchak, o único filho de Avraham. Como você se lembra, Avraham e Sara não tiveram filhos na maior parte do tempo em que foram casados. Finalmente, em sua velhice, Sara concebeu e Itzchak nasceu. O nome, Itzchak, vem da palavra hebraica litzchok, rir. Sara ficou tão chocada de saber que estava grávida, que chegou a gargalhar ao pensar que aos 90 anos poderia ainda dar a luz.

Itzchak cresceu como um filho querido de seus pais, e foi um grande choque para Avraham quando um dia, D'us instruiu-lhe que levasse seu único filho, seu amado Itzchak, para o topo de uma montanha, para ser sacrificado num altar.

Agora, não fica claro com uma leitura superficial, definir quem é o herói e quem é o vilão deste relato. Explicar esta história a seus filhos pode ser desafiador e possivelmente trará à tona perguntas muito interessantes que podem levar ao debate e à conversa. Tente pedir-lhes que pensem sobre quem seria o herói ou o vilão.

Claramente, D'us pode ser o vilão neste trecho, por mandar Abraão matar seu único filho. Ou, talvez é Avraham, por parecer disposto a tomar seu filho e a sacrificá-lo para D'us.

Yitzchak parece óbvio em seu papel de herói, pois, sabendo ou não, vai com Avraham e está disposto ceder sua vida. Ou talvez Avraham seja o herói por mostrar sua fé e obediência em D'us de uma maneira tão incontestável. E, finalmente, pergunte a suas crianças se eles pensam que o maior herói pode ser D'us, pois Ele é o que impede Avraham, que está prestes a matar Yitzchak, e lhe conta que era apenas um teste, e pede que, em vez do próprio filho, sacrifique um bode que vagava nas moitas.

A história não pode ser lida superficialmente. Há vários níveis mais profundos para explorar. Há um famoso midrash que diz que, no tempo da Criação, D'us separou três coisas para usar posteriormente: o chifre do carneiro, a moita ardente e pomba que sinalizou o fim do mabul, o dilúvio que destruiu a geração de Noé. Chazal, nossos sábios, dizem que D'us sempre prepara a refuá (a cura), antes da macá (o sofrimento).

Também pode ser discutido que D'us jamais teve a intenção de permitir que Yitzchak fosse sacrificado. Certamente, em nenhum lugar da tradição judaica o sacrifício humano é citado ou praticado. Também pode ser questionada a justiça de tal teste colocado perante um pai, mas Avraham não era uma pessoa qualquer.

Avraham era o primeiro judeu. Por si só havia percebido que os ídolos que seu pai, Terach, sua família e amigos veneravam eram estátuas de barro. Ele acreditava em um D'us, e este D'us era real para Avraham como sua mulher e seus filhos. Quando D'us pede a Avraham que pegue sua mulher, seus serventes e seu rebalho para ir a um novo país chamado Canaan, Avraham obedece sem questionar. Durante a vida de Avraham, D'us falava com ele, e ele respondia.

Hoje, confiamos na fé e na oração para falar com D'us. Temos esperança de que, através de nossa observância das mitzvot, e através de nossas orações diárias, D'us nos escutará e responderá.

Talvez seja por isso que o chifre do carneiro tenha permanecido um símbolo através das gerações. Em Rosh HaShaná, quando ouvimos o toque do Shofar, lembramos como D'us foi misericordioso com Avraham ao poupar Yitzchak. Em Rosh HaShaná, rezamos para que, assim como fez por Avraham, D'us poupe nossas vidas e as daqueles que nós amamos. 


Fonte: www.webjudaica.com/

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Centro Cultural Beit Avi Chai




Beit Avi Chai, um centro cultural único em Jerusalém que oferece uma rica variedade de programas, concertos, peças de teatro, sessões de estudo, eventos especiais, palestras e workshops sobre uma variedade de assuntos, todos relacionados com cultura judaico-israelense. 
 

Jerusalemites e visitantes  são convidados a descobrir os tesouros do conhecimento israelenses e da cultura judaica, para refletir sobre o passado eo presente, e para descobrir a vasta gama de opiniões, vozes, tradições e formas de criatividade que existem em Israel e entre os judeus da diáspora.
 

Participantes de qualquer um dos eventos de Beit Avi Chai podem esperar discussão genuínas e abertas sobre a identidade, o passado eo futuro do povo judeu. Sobre a essência do Estado de Israel, baseada no respeito, mas sem evitar questões sensíveis e controversas.


Os eventos da Beit Avi Chai exploram vários aspectos da relação entre "Israel" e "judeu" - desde a preservação e revitalização da tradição judaica e do património da atual vida israelenses e de várias perspectivas: política, social, cultural, artístico e muito mais.


Beit Avi Chai tem uma sala de leitura que contém uma coleção rara de livros e uma exposição de fotografias e documentação da terra de Israel desde o nascimento da fotografia até hoje.  
 

Oferece folhetos informativos sobre os programas de Beit Avi Chai, incluindo agendas mensais, na guia Fliers, e uma linha completa de eventos na guia Events.


http://www.gojerusalem.com/





Clássico recurso turístico em Jerusalém



A Tradução do inglês para portuguêLinha Egged 99: é um clássico recurso  turístico em  Jerusalém. A maneira de ver todos os pontos turísticos de uma só vez. Esqueça a visão ao nível do chão, pois você verá Jerusalém do deck superior de um ônibus de turismo de dois andares vermelho. E não se preocupe com a linguagem, você pode  escolher no fone de ouvido a narração de áudio em oito idiomas: Inglês, russo, alemão, hebraico, árabe, francês, espanhol e italiano.
 
O seu bilhete 99 Egged não limita só para o ônibus, ou melhor, cada bilhete permite que você re-board do ônibus quantas vezes quiser em um dia! Você pode sair fora do ônibus para dar um passeio e olhar particularmente o que for mais interessante, depois  pode pegar o ônibus na próxima estação e continuar sua turnê.



O passeio turístico começa e termina na Estação Central de ônibus.

Caso deseje fazer uma turnê para Tel Aviv em um estilo similar, confira os nossos bilhetes para a Tel Aviv city tour e boa viagem!




Rosh Hashaná


A festa judaica Rosh Hashana (ano novo judaico) iniciou-se a poucos minutos visto que há uma diferença de 5 horas (+) em relação ao fuso horário do Brasil.

Estima-se que 1.160.000 passageiros deverão passar pelo aeroporto Ben-Gurion durante o feriado judeu.

Quase 86 mil pessoas são esperadas no Ben-Gurion Aeroporto Internacional na quarta-feira e ao longo dos dois dias de Rosh Hashaná. Os destinos mais populares para os viajantes que saem do país incluem a Grécia, os Estados Unidos, Alemanha, Itália, Rússia e Ucrânia.

A peregrinação de 22.000 Hasidim tornando o Rosh Hashanah um viagem para Uman, na Ucrânia, onde figura espiritual de seu movimento, o rabino Nachman de Bratslav, que morreu em 1810, foi enterrado. O grande número de viajantes para Uman esta semana levou as autoridades do aeroporto configurar novas instalações de check-in para voos para a cidade ucraniana.

Digite um texto ou endereço de um site ou traduza um documento.
Tradução do inglês para português
O clima durante o feriado deverá ser relativamente confortável, com temperaturas ainda mais espetacular para o fim de semana, mas existe a chance de chuva leve no fim de semana no norte do país e ao longo da costa.

Temperaturas à noite na serra durante o feriado vai descer para 15 graus Celsius. A chuva não é esperado para abordagem montantes que caiu na semana passada, que foi a maior quantidade de chuva registrada para o mês de setembro, além de, durante os anos de 1959 e 1975.

O tráfego em uma rodovia de Israel:




Um tráfego intenso é esperado em vários locais quarta-feira das 11:00 de 07:00 da manhã quando os israelenses vão viajar pelo país para celebrar Rosh Hashaná. O resto da semana também é esperado períodos de grande volume de tráfego. A polícia diz que eles vão fazer cumprir rigorosamente as leis de trânsito, apesar dos congestionamentos, mas paradas de descanso serão criadas em locais em todo o país. A polícia também estará de plantão no centro da cidade e em outros locais estratégicos num esforço para evitar quaisquer ameaças de segurança.




Fonte: http://www.haaretz.com 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Acesso aos Manuscritos do Mar Morto



O Museu de Israel, em Jerusalém, começou a postar na internet nesta segunda-feira os Manuscritos do Mar Morto, que contêm alguns dos textos bíblicos mais antigos da atualidade.

"Os usuários poderão descobrir com precisão e detalhes até o momento difíceis de conseguir, manuscritos que remontam à época do segundo templo", destacou em um comunicado a direção do museu onde estes escritos estão guardados há milênios.
 
Os documentos, disponíveis em http://dss.collections.imj.org.il/, "são de uma importância extrema, pois constituem a base da herança monoteísta mundial", acrescentou o comunicado.
 
"Detalhes invisíveis a olho nu podem ser ampliados para até 1.200 megapixels, ou seja, com uma resolução 200 vezes superior à de uma máquina fotográfica comum", explicou.
 
 
O projeto foi realizado em colaboração com o site de buscas na internet Google, com o objetivo de disponibilizar gratuitamente os documentos para o público e seu custo é estimado em 3,5 milhões de dólares (2,5 milhões de euros).
 
Atualmente já se pode ter acesso a cinco manuscritos, inclusive ao de Isaías.
 
Os 900 manuscritos em pergaminho e papiro, encontrados entre 1947 e 1956 nas grutas de Qumran, às margens do Mar Morto, são considerados uma das principais descobertas arqueológicas de todos os tempos. Compreendem textos religiosos em hebraico, aramaico e grego, assim como o Velho Testamento mais antigo conhecido.
 
Os documentos mais remotos remontam ao século III antes de Cristo e o mais recente foi redigido no ano 70, quando as legiões romanas destruíram o segundo templo judaico.
 
 
Quando não estão expostos, estes manuscritos permanecem na penumbra, em local reservado com índice de umidade e temperatura idênticos aos das grutas de Qumran.









segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Complexo arqueológico Ophel



O complexo arqueológico Ophel City situado junto das muralhas que ladeiam o Jerusalém National Park abriu as portas ao público, dando a possibilidade aos visitantes de ver as ruínas originárias da época do Primeiro Templo (século XVI AC)  do reinado do Rei Salomão.
 
As ruínas descobertas pela Doutora Eilat Mazar, da Universidade Hebraica escondem vários edifícios, alguns deles com paredes interiores com uma altura até cinco metros, uma torre de vigia e vários mikvaot (banhos), utilizados pelos peregrinos para se purificarem antes de entrarem no Monte do Templo. 


Durante as escavações os arqueólogos encontraram também dezenas de panelas de barro e uma pequena tábua com um texto em escrita cuneiforme, que se acredita ser o escrito mais antigo descoberto em Jerusalém até hoje, segundo informação do Turismo de Israel.










Tudo leva a crer que se trata da cópia de uma carta escrita pelo então rei de Jerusalém, ao rei do Egito. Naquela época era habitual fazer reproduções da correspondência real que ficavam guardadas nos arquivos da cidade.




sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A Lei Mosaica



Em que consiste a Lei de Moisés?
Quando se faz referência à Lei de Moisés na maioria das igrejas, geralmente está se falando dos Dez Mandamentos. Mas esse é um engano, pois cumprir a Lei Mosaica é muito mais: ela é composta de todo o código de leis formado por 613 disposições, ordens e proibições. Em hebraico a Lei é chamada de Torá, que pode significar lei como também instrução ou doutrina.
O conteúdo da Torá são os cinco livros de Moisés, mas o termo Torá é aplicado igualmente ao Antigo Testamento como um todo.
Neste artigo usaremos o termo Torá para designar os cinco livros de Moisés, especialmente a compilação das leis mosaicas, as 613 disposições, ordens e proibições que mencionamos.
• A Lei pode ser dividida em Dez Mandamentos que no hebraico são chamadas simplesmente de As Dez Palavras. Eles regulamentam a relação do ser humano com Deus e com seu próximo.

 
• No código mosaico encontramos também o Livro da Aliança das Ordenanças Civis e Religiosas, que explica e expõe detalhadamente o significado dos Dez Mandamentos para Israel.
• O código mosaico ainda contém as leis cerimoniais, que regulavam o ministério no santuário do Tabernáculo e, posteriormente, no Templo. Elas tratavam também da vida e do serviço dos sacerdotes.
Em conjunto, todas essas disposições, ordens e proibições formam a Lei Mosaica. No judaísmo ortodoxo, além dessas 613 ordenanças, há ainda as leis do Talmude, a transmissão oral dos preceitos religiosos e jurídicos compilados por escrito entre os séculos III-VI d.C. A Torá e o Talmude são o centro da devoção judaica.

A quem foi dada a Lei de Moisés?
As passagens bíblicas seguintes documentam que a Lei de Moisés foi dada ao povo judeu, ou seja, a Israel:
“E que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje vos proponho?” (Dt 4.8).
“Mostra a sua palavra a Jacó, as suas leis e os seus preceitos, a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; todas ignoram os seus preceitos. Aleluia!” (Sl 147.19-20).
“São estes os estatutos, juízos e leis que deu o Senhor entre si e os filhos de Israel, no monte Sinai, pela mão de Moisés” (Lv 26.46).

A Lei de Moisés foi entregue a Israel
A Lei fez de Israel algo especial, transformando-o em parâmetro para todos os outros povos. A Bíblia exprime essa verdade da seguinte maneira: “Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosse o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra” (Dt 7.6). Por conseqüência, o Israel do Antigo Testamento era a única nação cuja legislação, jurisdição e jurisprudência tinham sua origem na pessoa do Deus vivo.
(...)
A situação futura das nações será como descreve Isaías 2.3: “Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém”. Deus está preparando o cumprimento dessa profecia.
Por isso, não devemos nos admirar quando todo o poder das trevas se levanta para atrapalhar, pois o que está em jogo é o domínio divino sobre o mundo, domínio que virá acompanhado de todas as suas abençoadas conseqüências! Quando o Senhor reinar, pecado será pecado, injustiça e mentira serão chamadas pelos seus nomes e acontecerá o que está escrito em Jeremias 25.30-31: “O Senhor lá do alto rugirá e da sua santa morada fará ouvir a sua voz; rugirá fortemente contra a sua malhada, com brados contra todos os moradores da terra, como o eia! dos que pisam as uvas. Chegará o estrondo até à extremidade da terra, porque o Senhor tem contenda com as nações, entrará em juízo contra toda a carne; os perversos entregará à espada, diz o Senhor”.

Até que ponto as nações têm o dever de seguir a Lei Mosaica?




Provérbios 29.18 diz a respeito: “Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é feliz”. Toda nação que seguir esse conselho se dará bem!
A Lei de Moisés foi entregue ao povo de Israel com a seguinte finalidade:  
“Porque o mandamento é lâmpada, e a instrução, luz; e as repreensões da disciplina são o caminho da vida” (Pv 6.23).
Deus queria que Israel fosse uma clara luz no meio da escuridão espiritual em que viviam os povos e um contraponto às trevas do pecado.

Por essa razão Balaão, o profeta gentio, foi compelido a proclamar: “...eis que é povo que habita só e não será reputado entre as nações. Que boas são as tuas tendas, ó Jacó! Que boas são as tuas moradas, ó Israel!” (Nm 23.9; 24.5). Balaão reconheceu que Deus era com Israel, que Ele velava sobre esse povo, morava no meio dos israelitas e lhes dava segurança e estabelecia a ordem através da Lei.
Mesmo a meretriz Raabe, que vivia na cidade ímpia de Jericó, sentiu-se obrigada a declarar aos dois espias judeus: “Bem sei que o Senhor vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados. Porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do mar Vermelho diante de vós, quando saíeis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, Seom e Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes” (Js 2.9-11).
Quando a rainha de Sabá (atual Iêmen) visitou o rei Salomão, exclamou admirada: “Foi verdade a palavra que a teu respeito ouvi na minha terra e a respeito da tua sabedoria. Eu, contudo, não cria no que se falava, até que vim e vi com meus próprios olhos. Eis que não me contaram a metade da tua sabedoria; sobrepujas a fama que ouvi. Felizes os teus homens, felizes estes teus servos que estão sempre diante de ti e ouvem a tua sabedoria! Bendito seja o Senhor, teu Deus, que se agradou de ti para te colocar no seu trono como rei para o Senhor, teu Deus; porque o teu Deus ama a Israel para o estabelecer para sempre; por isso, te constituiu rei sobre ele, para executares juízo e justiça” (2 Cr 9.5-8).
O nome de Deus era conhecido muito além das fronteiras de Israel. As nações reconheciam que Israel era singular, admiravam seu maravilhoso Templo e vinham para louvar seu Deus.
Assim era respondida a oração que Salomão fizera por ocasião da inauguração do Templo: “Também ao estrangeiro, que não for do teu povo de Israel, porém vier de terras remotas, por amor do teu nome (porque ouvirão do teu grande nome, e da tua mão poderosa, e do teu braço estendido), e orar, voltado para esta casa, ouve tu nos céus, e faze tudo o que o estrangeiro te pedir, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem como o teu povo de Israel e para saberem que esta casa, que eu edifiquei, é chamada pelo teu nome” (1 Rs 8.41-43).

 
A cidade filipina de Baguio, no norte da capital Manila, conquistou o recorde de maior "Tábua dos Dez Mandamentos", concedida pelo Livro Guinness de Recordes.
 
 
Até que ponto, então, as nações do mundo têm o compromisso de obedecer à Lei de Moisés? Bem, na verdade ninguém tem a obrigação de cumprir lei alguma. Nenhuma nação é obrigada a se orientar pelo código de leis divinas. Mas quando, de livre e espontânea vontade, ela se sujeita às ordens de Deus, essa é a melhor escolha, com os melhores resultados práticos.

Cada povo que segue as orientações do Senhor experimenta o que diz o Salmo 19.8-11: “Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos. O temor do Senhor é límpido e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis que o ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa”.
A História nos ensina que os povos que desprezaram as leis divinas de maneira consciente, que as pisotearam, cedo ou tarde desapareceram de cena. Mas os povos que estabelecem sua legislação e fundamentam sua constituição sobre as leis divinas, mesmo que seja de maneira imperfeita, são povos abençoados. A Bíblia diz: “Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Sim, bem-aventurado é o povo cujo Deus é o Senhor!” (Sl 144.15).
Será que hoje vivemos estressados, emocionalmente doentes e desorientados porque deixamos de obedecer à Palavra de Deus? Será que os líderes da economia mundial e os políticos tomam tantas decisões equivocadas por negligenciarem a Palavra do Senhor? Será que hoje as pessoas andam insatisfeitas e infelizes porque desprezam as ordens divinas? Com toda a certeza, pois o desprezo pelos decretos divinos sempre acaba conduzindo à ruína – espiritual, emocional e financeira.


Ver artigo completo em http://www.beth-shalom.com.br  Site Messiânico