quarta-feira, 31 de março de 2021

Pessach - A Festa da Liberdade - A Esperança para aqueles que foram vacinados


O título do nosso post de hoje é muito divulgado, não somente entre os judeus mas também para aqueles que aceitam que existe um motivo para se comemorar a liberdade. Um vídeo na internet acabou viralizando esses dias ao atribuir ao 30 de março um capítulo de intensas mortes. Talvez, por conta da pandemia que assolou o mundo, ou do episódio em que o anjo da morte apareceu no Egito na época bíblica levando a efeito as palavras de Moshe, a morte dos primogênitos ou por estarmos em plena Páscoa Judaica. Vai saber?

Após as dez pragas assolarem o Egito, naquela época, tal acontecimento possibilitou a saída do povo de Israel da escravidão e eles seguiram em direção a tão sonhada Terra Prometida.

A Festa da Liberdade este ano de 2021, além de relembrar o trajeto dos nossos pais, as agruras do deserto, "a esperança de viver em liberdade na terra de Tzion e Jerusalém", tem outro principal fator: Mais de 5 milhões de pessoas em Israel já receberam a segunda dose da vacina contra a Covid-19. 

Mas conforme o texto bíblico nos apresenta muitos caíram pelo caminho e seus corpos ficaram no deserto. Neste Pessach também há famílias tristes, espaços vazios nas mesas porque mais de 6 mil pessoas em Israel perderam suas vidas por conta da Pandemia. 

A tão distante e tão sonhada Terra que mana leite e mel foi conquistada com muitas guerras, com bravura, com suor e sangue. E é por isso que o povo de Israel continua sua trajetória. 

Relembrar as perdas, as angústias, a sede, o medo, o trajeto sinuoso, as dores no corpo, as oscilações espirituais nos traz reflexão, mas também nos torna mais fortes. Mesmo que se tenha que enfrentar as adversidades do tempo presente, o amanhã nos dá esperança. Israel não se acovarda diante das dificuldades. Faz parte da natureza do povo seguir em frente, buscar soluções, valorizar a vida, a família e a terra. 

Chag Sameach



Marion Vaz



terça-feira, 23 de março de 2021

Eleições em Israel - "Dá-nos um rei, para que nos julgue" 1 Samuel 8:6

 


Imagem da Conexão Israel


No episódio bíblico em questão, os anciões de Israel se congregaram em Ramá para conversar com o profeta Samuel sobre o que poderia se suceder após a sua morte. Devido a sua velhice, o profeta elegeu  seus filhos Joel e Abia como juízes sobre Israel.   No entanto, eles deixaram de seguir o exemplo do pai e se inclinaram a avareza e suas atitudes não correspondiam mais ao que era reto e decente.

Por causa dessa má conduta, os anciões de Israel se reuniram para pensar numa solução, porque se não agissem com rapidez e o profeta Samuel viesse a falecer, todo o pecado que aqueles homens praticavam perante D-us poderia implicar em castigo para o povo também, conforme se pode observar em outros episódios.

O profeta Samuel, talvez por questões familiares, recusou-se a assumir que seus filhos estivessem mesmo praticando o que era errado diante de Deus. E ao ouvir o pedido dos anciões:  "Dá-nos um rei, para que nos julgue", ficou muito ofendido e foi consultar ao Eterno sobre o assunto. D-us, por sua vez, aceitou o pedido dos anciãos, mas avisou que na pratica, haveria algumas implicações.

O momento presente em Israel nos faz refletir que, não só existe a necessidade de uma  escolha, mas que haverá também diversas implicações relacionadas ao "rei escolhido". É obvio que no texto bíblico tais mudanças teriam impacto na vida social e familiar de cada membro das Tribos de Israel. Mas entendemos que também trariam o benefício de que haveria uma autoridade competente, para liderar e guerrear pelo povo por causa do perigo externo que poderiam sofre com ataque de seus inimigos. 

No caso, o rei Saul foi o escolhido e durante um tempo pareceu ser um bom rei. Já no reinado de Davi, houve expansão do território e todos os benefícios que o homem "segundo os propósitos do Eterno" consolidou. Já nos últimos anos do reinado de Salomão, suas atitudes levaram o povo adoração de outros deuses infligindo as leis dadas por Moisés. Dai por diante a história nos mostra uma série de reinados desastrosos que levaram o povo ao Cativeiro.

As eleições em Israel para definir o próximo governante precisa observar todos os ângulos, o que vai mais além de uma briga entre partidos políticos. Observamos no texto bíblico que o pedido feito: "para que nos julgue" implica que o líder escolhido saiba discernir entre o certo e o errado. "E fará as nossas guerras" indicava em fazer alianças ou que realmente guerreasse em favor do povo. No contexto atual é preciso entrelaçar as promessas de campanha com os feitos reais de uma candidatura e se são, na realidade, compatíveis com as necessidades da nação. Que o futuro líder tenha responsabilidade e capacidade de governar. O voto é individual, mas tal decisão poderá afetar a Sociedade como um todo. 


Marion Vaz