quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Tendências suicidas em Israel


Dois ambientes sociais podem ser definidos em Israel, o religioso e o secular. Um artigo publicado esta semana no jornal O Globo, mostra que cresce o número de jovens que suicidam ao renegar a religião. 

Em comunidades ultraortodoxas como Mea Shearim em Jerusalém, por exemplo, em que o ambiente religioso prevalece, a vida segue o seu curso com suas tradições, deveres e obrigações do dia a dia, costumes, vestimentas, adoração e temor a D-us. Uma sociedade inserida em outra, mas vivendo separadamente da vida secular dos bairros modernos. 



Há outras cidades e comunidades em Israel onde prevalece o estilo de vida ortodoxo e outras que mantém os dois ambientes.

Esse rompimento com a religiosidade pode causar certos conflitos pessoais, adicionado à perda de familiares e amigos, o preconceito, a inadequação e o sentimento de estar completamente perdido. Em qualquer situação, uma decisão de mudança radical pode causar certos constrangimentos, seja em família, em sociedade, ambiente educacional ou até mesmo em relação à própria pessoa. Isso não é decorrente da decisão que foi tomada, mas de um conjunto no qual se estava inserido. No caso dos haredis, a situação se agrava, pois não se pode apagar de uma só vez, tudo o que se aprendeu e viveu até aquele dia. É notório que ao entrar em contato com um ambiente diferente haja um choque cultural e religioso.

Em comentários na rede social Facebook, pessoas que deixaram de guardar o Shabat afirmaram que no início tiveram dificuldade em romper com as tradições. Outras mostraram que não se sentem completamente em paz com suas decisões. É como se os laços do passado interferissem no presente. Outro artigo informou que algumas decisões são tomadas quando entram para o alistamento militar.

Em seu artigo, Daniela Kresch, que vive em Israel há mais de 10 anos, mostra que essa ruptura  ocasiona o afastamento familiar e com a sociedade religiosa. Ao encarar a realidade da vida moderna, o secularismo de cidades como Tel Aviv, as dificuldades financeiras e a inadequação social, estes ex-ultraortodoxos se tornam solitários e têm problemas psicológicos. Muitos não aguentam a pressão e recorrem ao suicídio. Foram 7 mortos nos últimos 18 meses. Kresch afirma que em média, 500 pessoas se suicidam em Israel anualmente e cerca de 20% tem menos de 25 anos. Um percentual que já preocupa o Governo Israelense.

Os textos bíblicos nos mostram que o sentimento religioso passava de uma geração para outra. Uma obrigação dos pais ensinar os filhos o temor ao D-us Único (Devarim 6.4-9). Essa preocupação e devoção fortalecia os laços familiares, a sociedade e o povo,  principalmente nos momentos de crise e guerra. Hoje, todas as tradições judaicas (ou parte delas) estão presentes na maioria dos lares em Israel ou em comunidades espalhadas no mundo inteiro. Podemos afirmar que é devido a essa obrigatoriedade de repassar aos filhos e netos o que se aprendeu dos pais.



Assim, é de fato explicável, que quando um filho se rebela e resolve largar os costumes e tradições, os pais se veem obrigados a renega-lo. Daí essa separação dolorosa e esse sentimento de abandono. Por outro lado, a decisão de sair do convívio da família e da comunidade acarreta sérias complicações para quem não está devidamente preparado, intelectual e financeiramente, para encarar a vida secular.

Num país em pleno desenvolvimento como o Estado de Israel, jornalistas, economistas e entendidos no assunto, tentam explicar como a visão religiosa se confronta com a visão secular, as diretrizes governamentais, os diferentes ponto de vista, as opiniões populares. E é notório que esse deslumbramento dos jovens para o novo, o diferente, os direcione aos questionamentos e as mudanças. Assim, não me atrevo a rotular quem quer que seja por sua decisão, nem culpar esse ou aquele por atitude alguma.  

No entanto, o suicídio não é a resposta e nem mesmo o fim para tanto descontentamento. Uma ajuda financeira e ações sociais, amparo psicológico e preparo para o mercado de trabalho, pode ser a solução para a inclusão desses jovens na sociedade secular. Mas isso também pode gerar polêmica e a ideia que o Governo está incentivando o desejo de renegar a vida religiosa. Complicado.

Aceitando o fato de que Israel tem os mesmos problemas (em termos) de nações do mundo ocidental, e está em pleno desenvolvimento em áreas distintas, não podemos perder o foco de que a Nação escolhida pelo Eterno tem uma missão espiritual também. Sem desmerecer as demais crenças, a  vida religiosa judaica, seja ortodoxa, reformada ou conservadora influenciou a vida de milhares de pessoas no mundo inteiro. Israel é um diferencial, que atravessou a linha do tempo e chegou até nós como um povo que guardou a fé e a crença no D-us Vivo.  Preservar em família as Leis e os Mandamentos é como guardar um tesouro incalculável.

Aos jovens desgarrados de suas religiões afirmo que não devem se culpar por tais atitudes. O suicídio não é a solução. Quanto às famílias que se opõem acredito que deveriam reavaliar atitudes. 

Eu penso que o mesmo D-us que cuidou de Yaakov cuidará de vocês também. Ao sair para habitar em Harã, por causa da fúria de seu irmão, Yaakov orou: “Se o Senhor for comigo e me guardar, e der pão para comer e vestidos para vestir e eu em paz retornar a casa de meu pai, o Senhor será o meu D-us” (Bereshit 28.20).  No contexto bíblico, nosso patriarca seguiu seu caminho sem abandonar a fé.

Esse sentimento não pode se perder.


Marion Vaz


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Síndrome de Jerusalém



                         
    


Israel recebe milhares de turistas todos os anos. Sem dúvida, muitos destes chegam às cidades com seus corações repletos de ansiedade e se sente reconfortados ao relembrar em cada momento e a cada ponto turístico, parte da história bíblica. Os guias locais fazem referência de fatos e personagens que ao longo dos anos ganharam destaque por seus feitos e devoção. Quem não gostaria de andar por caminhos por onde Abraão, Jacó, Josué e outros andaram? Sem falar que ver de perto por onde Jesus andou faz qualquer cristão criar em sua imaginação, uma ligação profunda com o ambiente.






Apesar de todo desenvolvimento e progresso, presente em todo país, Israel guarda uma memória histórica e espiritual, preservando os lugares sagrados para judeus, cristãos e mulçumanos. Uma verdadeira viagem no tempo para todos os fieis, visitantes, arqueólogos e estudiosos dos textos bíblicos.

Uma reportagem recente adverte quanto a Síndrome de Jerusalém, e diz que o fenômeno ocorre quanto alguém chega à cidade. Muitos destes turistas já desembarcam com seus corações alegres e cheios de expectativa. Ao deparar com lugares que remontam a história bíblica sentem aflorar com mais vigor a religiosidade e outros despertam para uma nova “missão”. Eles literalmente “surtam” e dependendo da gravidade, alguns chegam a ser hospitalizados. 

A Síndrome de Jerusalém não acontece com todos os turistas e podemos avaliar que não é só em Jerusalém. Dependendo do estado psicológico da pessoa pode acontecer em outros lugares com contexto bíblico e outros países também. Mas geralmente, é na capital do país que alguns visitantes surtam e outros chegam a alegar ser o “messias” ou o “cristo”. Outros sofrem com problemas respiratórios e ausência de memória. O choro descontrolado pode ser o indício de que algo está errado, assim como tremores no corpo e respiração ofegante.  Talvez seja mesmo aquela emoção de ver a cidade mais de perto, as grandes e imponentes  muralhas, suas ruas e lugares sagrados, que desencadeia essa “histeria”.

Clinicamente, existem três tipos distintos da síndrome:
  • Tipo I ou síndrome de Jerusalém infligida por uma desordem psicótica prévia: quando afeta indivíduos que já foram previamente afetados com alguma doença psiquiátrica antes de visitarem Jerusalém.
  • Tipo II ou síndrome de Jerusalém superposta e complicada por ideias idiossincráticas: não apresenta necessariamente a forma de um transtorno mental, podendo ser apenas caracterizada por uma obsessão cultural.
  • Tipo III ou síndrome de Jerusalém como uma forma discreta, não composta por transtorno mental preexistente: esta é a forma mais conhecida da síndrome, na qual o indivíduo sempre se apresentou mentalmente equilibrado, até a sua chegada à cidade de Jerusalém. A psicose é caracteriza-se por intensa religiosidade, desaparecendo por completo após alguns que o indivíduo fica afastado da cidade em questão. Dentre as manifestações clínicas estão ansiedade, nervosismo, tensão, desejo de isolar-se, necessidade de apresentar-se limpo e puro, necessidade de declarar salmos ou versículos da bíblia, especialmente em lugares sagrados, bem como participar de procissões ou marchas para locais sagrados de Jerusalém.



Ano passado a cidade recebeu cerca de 3,4 milhões de turistas e o número de pessoas que apresentam a doença não chega a ser um problema para a Segurança ou o Turismo. Sem dúvida, é difícil conter as lágrimas, a satisfação de ver um sonho realizado. Não existe uma só pessoa que não alimente a ideia de viajar para Israel. Cada pessoa religiosa tem essa “necessidade” de ver de perto os lugares e cidades mencionadas na Bíblia. Comunidades, Igrejas e grupos particulares fazem suas propostas a Agências de Turismo e marcam a viagem. As centenas, aos milhares, eles chegam a Israel, no aeroporto de Tel Aviv ou por terra atravessando o deserto, todos vêm com um desejo, uma missão realista e emocionante de ver de perto uma terra abençoada e abençoadora.

Marion Vaz

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A Era de Fogo




Nossa postagem de hoje tem o objetivo de mostrar um perigo iminente. Desde sempre Israel tem sido alvo de ataques terroristas. Na Era bíblica as desavenças com outros povos provocaram uma série de confrontos. Para herdar a Terra Prometida, os descendentes de Yaakov tiveram que enfrentar verdadeiras batalhas. Os registros bíblicos nos mostram uma guerra sem fim. Mesmo em "tempos de paz" deveriam ficar atentos. Hoje, existem 170 mil mísseis apontados para Israel, o que nos leva a acreditar que o governo Israelense precisa e deve se impor e estar preparado para qualquer eventualidade.

Um artigo no Conexão Israel, discutia se era um direito de Israel contra atacar seus inimigos. O escritor não teve a menor dúvida ao mencionar que não era apenas um direito, mas um dever do Estado defender o seu povo. Na minha opinião este questionamento é inviável, pois é óbvio que um país tem o dever de defender e proteger a população. E isso se aplica a qualquer país. Se houvesse uma guerra no Brasil, por exemplo, e a população estivesse em perigo, ninguém iria questionar se o governo devia ou não tomar qualquer atitude para nos proteger. Mas quando se trata de Israel surgem os diversos "ideologistas" com suas filosofias.

Outro dia estava lendo os comentários de uma página no Facebook e a pessoa em questão defendia sua tese nos seguintes termos: "A minha filosofia de vida em relação a partilha do território é favorável e blá bla bla..." - Pesquisei  e descobri que ele morava na Inglaterra! Respondi: ("Sua filosofia?") Você nem mora em Israel!  E blá blá blá...  - Sinceramente, não tenho paciência para tais discrepâncias!

Dificil mesmo é controlar a Mídia que insiste em suas acusações quando se trata dos israelenses. Acusações sem medidas precionam a população mundial a discutir e ignorar as necessidades do povo judaico. Mas quem reside no país, em sua maioria, concorda com as ações do Ministério de Segurança. As divergências, algumas bem calorosas, apoiam que o caminho para a paz está na divisão do território, o que é inviável devido as circunstâncias. Haja vista, os problemas enfrentados por causa da Faixa de Gaza, parte territorial devolvida em 2005. O lugar se transformou numa base miliar do Hamas e de onde vêm os diversos ataques terroristas as cidades israelenses.

"O chefe da agência de inteligência de Israel, o major-general Aviv Kochavi, afirma que existem cerca de 170 mil foguetes e mísseis apontados contra Israel pelos Estados inimigos. “Nós chamamos este período de ‘Era de fogo’, levando em conta a quantidade de mísseis e foguetes que enfrentamos”, disse ele ao jornal The Jerusalem Post."

Afirmou também que há quatro desafios centrais que exigem a atenção da nação de Israel. O primeiro é o conhecido programa nuclear do Irã, que o governo israelense não tem dúvidas que estará pronto ainda este ano.

Em seguida, os 170.000 foguetes e mísseis, fazendo com que “pela primeira vez em muitas décadas, o inimigo tenha a capacidade de lançar uma quantidade tão grande de munição contra as cidades de Israel”. 

Em terceiro lugar estão as ameaças cibernéticas que “estão crescendo expontânia e potenciamente”  (Isso é matéria especial para um novo post).
Kochavi afirmou que durante o ano passado, o Estado de Israel enfrentou centenas de ataques contra os sistemas de defesa, bem como empresas de água e luz, o que tem obrigado o governo a investir cada vez mais nessa área.

Para ele, o quarto lugar, inclui a presença de elementos jihadistas ao longo das fronteiras de Israel. E credita isto em grande parte ao Hamas e o Hezbollah (Duas organizações terroristas que defendem a emancipação da Palestina). O grupo Hamas divulgou que possui hoje cerca de 13 mil jovens “em preparação”, em comparação com apenas 5.000 no ano passado. O projeto chamado “Os Pioneiros do Amanhã” recruta alunos a partir dos 14 anos, que estejam dispostos a tornarem-se mártires da causa do Islã contra Israel. As atividades desses campos de treinamento incluem manejo de armas, artes marciais, táticas de guerrilha e aulas sobre Islamismo e a causa da Jihad (guerra santa).

Enquanto isto, os adolescentes israelenses nesta faixa de idade estão dentro das escolas e somente com 18 anos entram para o serviço militar. Suas vidas devem ser protegidas e o futuro garantido. O que não acontece no programa "Pioneiros do Amanhã" - Estes jovens suicidas perdem a capacidade de pensar e desejar um futuro melhor em função de uma guerra sem precedentes.

Bem, se estamos na "Era de Fogo" devemos lembrar de todas as vitórias de Israel contra seus inimigos e que o Exército israelense está indiscutivelmente bem preparado para encarar sua realidade. Desde o Haatzmaut, o Estado de Israel vem enfrentando guerras e bombardeios e isso só nos faz ficar, a cada dia,  mais fortes e mais interessados em novas técnicas de combate e de segurança. Mas também temos algo a destacar: Um dos nomes de D-us registrado nos textos sagrados e que também está gravado em um dos braços da Menorah é  אלהים צבאות    Eloheinu Tzabaoth - D-us dos Exércitos. Ele fará triunfar o seu povo.

Marion Vaz


sábado, 1 de fevereiro de 2014

Israel - Lugar de Contrastes numa Terra Abençoada

Israel é sem dúvida, um lugar extraordinariamente desejado. Naquele território se formou a identidade cultural, religiosa e nacional do povo judaico que nele se manteve ininterrupta, através dos séculos, a sua presença física, mesmo depois do exílio forçado por seus inimigos. Durante os longos anos de dispersão, o povo judeu jamais rompeu ou esqueceu sua ligação com sua terra.

O artigo História de Israel mostra as diversas fases desse desenvolvimento e um conjunto de informações sobre o território, o povo e a fé. Seus 8 milhões (2013) de habitantes formam um mosaico de pessoas, diversas etnias, estilos de vida, religiões, culturas e tradições que vem sendo transmitida de geração a geração.




Dividida em quatro quarteirões, a cidade murada tem oito portões de entrada que dão acesso a todo tipo de emoção, mesclada ao sentimento religioso de todos os fieis que se aventuram nessa viagem pelo tempo. Entrar em Jerusalém é como reviver parte da história bíblica.

A área moderna da cidade expandiu-se muito nos últimos anos. Hoje, os inúmeros bairros mostram ruas movimentadas, edifícios que destacam pela arquitetura, restaurantes, galerias, rodoviárias e todo tipo de entretenimento.






Israel é um pequeno país dentro do grande mundo da ciência e tecnologia. Como muitos outros pequenos países teve que definir com precisão sua política em relação às atividades científicas e tecnológicas, para poder reforçar sua capacidade competitiva.









Em 2009 Israel apresentou a menor Bíblia eletrônica do mundo num chip com 0,5 milímetro que carrega todos os textos da bíblia em hebraico.

  










O país também tem uma riqueza especial no que diz respeito a flora e fauna.

Os Lírios em Israel - A palavra grega para "lírios" significa "flores silvestres". O biólogo Israelense Ori Fragman-Sapir, cientista chefe da Universidade de Jerusalém Botanical Gardens, escreveu um artigo intitulado "Wild Allium Espécie em Israel".

 
Nele relata que existem 250 espécies de lírios  desde Israel, ao Irã e Turquia. Nos campos de Israel, especificamente, foram catalogados 39 tipos de allium florescendo pelos campos.















As diferenças climáticas de uma região para outra não serviu de empecilho para que os “desertos” vissem o crescimento de mudas e todo tipo de vegetação. Isso também já foi matéria nesse blog. Chag Tu B’ Shvat é uma festa nacional em que cada pessoa, adulto ou criança, israelense ou visitante, pode cooperar com o plantio de mudas. 






Em Renascimento Espiritual de Israel podemos observar como o plantio está intimamente ligado a vida espiritual do povo.

Como os israelenses desenvolvem explorações de Floricultura, produzindo belas Flores em plenas zonas desérticas, graças aos seus modernos sistemas de irrigação e controle da temperatura ambiente nas Estufas.










 
Embora pequeno em território, a paisagem e o clima de Israel são muito variados e não interfere na riqueza das plantas e da vida selvagem, nem nas atrações naturais.













A Geografia de Israel permite que em suas diferentes cidades e regiões mostrar as características marcantes de um povo abençoado por D-us.

Para agendar uma viagem para Israel entre em contato com Joelson Mota através do link http://www.viajeparaisrael.com.br/  e faça a sua reserva. E não esqueça de mencionar que foi indicado pelo blog Eretz Israel.


Marion Vaz