quarta-feira, 30 de março de 2011

Projeto Remember Me

O Museu do Holocausto lança projeto para identificar as crianças deslocadas na Segunda Guerra Mundial. Como parte da campanha “Remember Me? " mais de 1.100 fotos de crianças fotografadas imediatamente após o Holocausto foram enviados para o site do museu para tentar reunir o que aconteceu com elas e descobrir juntos as suas histórias.

O United States Holocaust Memorial Museum tem como objetivo reunir todas as informações sobre suas experiências de guerra e do pós-guerra, e talvez até mesmo localizar seus parentes.

Ann Frank e seus amigos
AP holocausto (Ilustrativa)






Entre 1933 e 1945 milhões de crianças na Europa foram deslocadas em virtude da perseguição nazista, e após o fim da guerra, as agências humanitárias tentaram identificar e reconectar milhares de crianças com suas famílias através da distribuição de suas fotografias da melhor forma possível no momento.

O museu está instando os parentes e sobreviventes que possam identificar as crianças em fotos de contatá-los com os detalhes de seu paradeiro e biografias.

Após de 48 horas do lançamento do projeto na semana passada, três pessoas foram identificadas nas fotos do site: Dois irmãos se reconheceram, e um terceiro sobrevivente, falecido recentemente, foi identificado por seu primo.

As imagens vêm de coleções do Museu, o American Jewish Arquivo e Museu da Herança Judaica.




Fonte: http://www.haaretz.com/jewish-world/u-s-holocaust-museum-launches-project-to-identify-displaced-wwii-children-1.352723

terça-feira, 29 de março de 2011

Tefilah junto ao Kotel



Existe uma necessidade espiritual do homem espiritual no homem de viver em comunhão com o seu Criador. A oração é o melhor meio de entrar na presença de Deus.

No primeiro livro da Bíblia (Gênesis 4.26) encontramos a afirmação de que após o nascimento de Enos, filho de Sete, neto de Adão, as pessoas voltaram a invocar o nome do Senhor.




Assim, no decorrer dos anos/séculos a história bíblicas revela homens que viveram, manter essa comunhão com Deus e nos deixaram esse legado de buscar a face do Senhor. Em diversos textos essa advertência: “invocai o Senhor...” é a forma de incentivar o homem a viver uma vida de oração.

É no Muro Ocidental, em Jerusalém, que durante anos foi denominado Muro das lamentações, que encontramos um símbolo religioso no qual as pessoas encontram respostas as suas petições.

Seja qualquer hora do dia ou da noite, seja inverno ou verão, debaixo de sol ou chuva, centenas de fiéis se colocam junto aos enormes blocos de pedra para invocar as bênçãos do Eterno Deus de Israel. Em suas brechas são colocados pedaços de papéis contendo pedidos e agradecimentos.




Para minha surpresa descobri o Twitter The kotel. O site tem a finalidade de levar a oração do internauta até o Muro Ocidental. O serviço gratuito é feito por voluntários que imprimem os pedidos e cautelosamente levam até Jerusalém para e colocam nas brechas do Muro.

Assim, se você ainda não teve a oportunidade de estar na Cidade Santa, pode ter seu pedido de oração no Muro Ocidental e ter a certeza que Deus vai responder seus pedidos.



Interessante notar que qualquer pessoa que visite Jerusalém, seja de qualquer religião, seja por curiosidade ou por fé, procura sempre colocar o Muro Ocidental no roteiro turístico e a pessoa, mesmo que professe fé diferente da judaica, se propõe a orar e colocar seu pedido nas brechas como símbolo de fé e confiança no Deus de Israel.


Antes da sua reabilitação por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, o local servia de depósito para incineração de lixo. Para os judeus desde a Unificação de Jerusalém, o Muro Ocidental tem sido lugar de adoração e oração.





Quando as legiões do imperador Tito destruíram o templo, só uma parte do muro exterior ficou em pé. Tito deixou este muro para que os judeus tivessem a amarga lembrança de que Roma vencera a Judéia (daí o nome de Muro das Lamentações).


Os judeus, porém, atribuíram-no a uma promessa feita por Deus, segundo a qual sempre ficaria de pé ao menos uma parte do sagrado Templo como símbolo da Sua aliança perpétua com o povo judeu.



Os judeus têm orado frente a este muro durante os derradeiros dois milênios, crendo que este é o lugar acessível mais sagrado da Terra, já que não podem ir ao interior da Esplanada das Mesquitas, que é o Monte do Templo.

Entre as petições dos judeus estão ferventes súplicas a Deus para que regresse à terra de Israel, o retorno de todos os exilados judeus, a reconstrução do Terceiro Templo e a chegada da era messiânica com a chegada do Mashiach.




Marion Vaz


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_das_Lamenta%C3%A7%C3%B5es

sábado, 26 de março de 2011

Profecias contra os povos circunvizinhos de Israel

A Paz no Oriente Médio parece algo bem distante. A realidade nos mostra dia a dia o empenho de nações adversárias que desejam ardentemente a destruição do Estado de Israel.



Aconteceu essa semana em Jerusalém numa parada de ônibus uma explosão que matou uma mulher e feriu dezenas de pessoas. As fotos no Jornal Jerusalém Post nos dão a nítida impressão que o autor do atentado estava bem equipado e queria mesmo ferir os israelenses.




Vários misséis foram lançados pelo Hamas e alcançaram as cidades de Beersheva, Asdod, Ashkelon, e na área de Rishon Lezion obrigando Israel investir num contra ataque. Enquanto autoridades mundiais se esforçam para alcançar a paz para o Oriente Médio, parece que um número considerado na Faixa de Gaza prefere mesmo a guerra.

No Jornal The Washington Post a notícia mostra como a Inteligência israelense, discretamente, mapeou o que as autoridades militares descrevem como cerca de 1.000 bunkers subterrâneos e instalações de armazenamento de armas escondidas e pontos de controlo interno por parte do Hezbollah no sul do Líbano.

As notícias são ainda mais desagradáveis, lembra que eu mencionei um "Cavalo de Tróia" navegando no Mediterrâneo? Pois bem esse mês Israel intercepta um navio repleto de armas iranianas que provavelmente seriam entregues a milícia do Hamas na Faixa de Gaza. O navio “Victoria”, que navegava sob bandeira liberiana, estava a 200 milhas a oeste da costa de Israel.



O IDF - Israeli Defense Force na terça-feira apreendeu um navio cargueiro com dezenas de toneladas de armas iranianas que seriam entregues para o Hamas na Faixa de Gaza.




O Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu explicou que "Nós tínhamos motivos para supor que o navio carregava armas e a intenção era a de ferir cidadãos israelenses. A origem das armas é o Irã. Agimos de acordo com as leis do direito internacional e o navio está sendo escoltado até o porto de Ashdod”. A declaração de Netanyahu tentou amenizar o crescente processo da Mídia em criticar qualquer atitude que Israel tenha para proteção para o seu próprio povo.

Nesse emaranhado de ataques ora por vias terrestres ou aéreas ou pelos meios de comunicação, encontramos o Estado de Israel impondo seus direitos de sobrevivência.


Refletindo no texto bíblico de Ezequiel 25,26 e 29 encontramos as profecias direcionadas aos povos circunvizinhos de Israel: Amon (25.1), Moabe (25.8), Edom (25.12); Filisteus (25.15), Tiro (26.1) e Egito (29.1)






Se colocarmos o mapa atual sobre o antigo veremos que as cinco fronteiras de Israel hoje são os mesmos povos que desde 1948 se opuseram a criação do Estado de Israel e embora alguns já tenham feito um Tratado de Paz, outros continuam planejando ataques e destruição em massa.

Com certeza o pior deles é a velha Babilônia que não se conforma com o fim do Cativeiro e o retorno dos judeus a Jerusalém. Constante e publicamente o presidente do Irã faz declarações anti-semitas e tenta convencer o seu povo a manter o velho ódio de Hamã. Espero que dessa vez Nínive não seja poupada! Talvez você imagine que esteja equivocada por mencionar personagens e fatos bíblicos de épocas diferentes. Mas eu fiz de propósito para alertar o leitor que de tempos em tempos aparece um "líder" político ou religioso inflamando a sociedade contra a nação de Israel.




Contrariando a todas essas investidas observamos Israel triunfar sobre seus inimigos com a força do Eterno D-us que nunca desamparou o seu povo.


Fonte: http://www.haaretz.com/news
http://www.jpost.com/


Marion Vaz

quinta-feira, 24 de março de 2011

Kovi Levi - Criatividade e Designer Israelense


O designer israelense Kovi Levi desenvolveu um escarpin que reproduz o icônico sutiã pontudo Jean Paul Gaultier usado pela cantora durante a turnê, no início da década de 90.




O calçado inspirado em Madonna foi chamado de Blond Ambition (Ambição Loira em tradução do inglês), uma homenagem à famosa turnê da cantora.

Formado em Jerusalém pela Bezalel Academy of Art & Design, ele se especializou em design de sapatos e colabora com indústrias israelenses e internacionais, inclusive brasileiras.

Sua obra já foi apresentada em várias exposições, como em Tel-Aviv, Jerusalém, Tóquio, Verona, St. Etienne e Berlim. Kovi Levi afirmou que: "Quando eu crio um sapato eu penso nisso como uma escultura, uma obra de arte! O calçado deve ter a sua vida estando ou não nos pés, ao contrário de panos que existem apenas para serem gastos".


O artista ficou conhecido por suas criações exóticas. Entre elas estão sapatos em formatos de cisne, casca de banana e até cachorro.




Fonte: http://entretenimento.r7.com/

domingo, 20 de março de 2011

Purim


A origem da palavra 'Pur' aparenta ser persa. Como escrita na Meguilat Ester, significa 'sorteio'. A festa se chama Purim devido aos sorteios promovidos por Haman.





A palavra Pur também está relacionada com a palavra hebraica 'porer', que significa desmantelar, quebrar, destruir, quebrar em pedaços. A palavra 'hefir', derivada do verbo 'pur' tem o sentido de cancelamento, quebra de algo permanente, como a violação de uma aliança, o fim de um casamento ou uma greve.

Haman escolheu fazer sorteios para determinar o dia e mês mais propícios para atacar os Judeus. Os antigos persas acreditavam que os signos do zodíaco afetavam o destino do homem, e creditavam muita honra aos astrólogos e magos. Pesquisadores alertam que o sorteio não resultou no mês de Adar por acaso, mas intencionalmente, já que uma importante festa persa da deusa Anahita era celebrada no meio deste mês, e o interesse de Haman era deixar o povo contra os Judeus justamente durante estes dias de alegria e entusiasmo.

Purim aconteceu há aproximadamente 2.368 anos atrás em um lugar chamado Shushan (Susa), localizado no Irã nos dias de hoje. O rei da Pérsia, naquela época, ofereceu um grande banquete. Durante o banquete, ele ordenou que sua rainha Vasti se apresentasse antes dele para mostrar a todos a sua beleza. Ela se recusou a ir e foi morta por ele.

O rei entrou numa depressão profunda, até que ouviu a sugestão dos seus conselheiros e ordenou que todas as mulheres solteiras fossem levadas para a capital de Shushan. De todas elas, o rei escolheu uma que se chamava Esther, que era judia. Esther também era prima de um homem chamado Mordechai, que a aconselhou a não contar para o rei sobre suas origens.

Enquanto isso, Mordechai circulava pelo palácio cuidando de Esther. Um dia ele escutou, por um acaso, um plano para matar o rei. Ele contou para Esther, e ela por sua vez, contou ao rei. O rei investigou e matou os dois conspiradores. Desta forma, Mordechai tornou-se protegido pelo rei.

Porém, havia um homem muito ruim chamado Haman. Apresentava-se como um fiel escudeiro do rei. Assuero o promoveu ao posto mais alto do reinado. De acordo com a lei, todos deveriam curvar-se diante de Haman quando o mesmo passasse. Mordechai, um judeu orgulhoso, recusou-se a curvar-se diante de qualquer ser humano. Haman ficou transtornado. Queria livrar-se de Mordechai e todo o seu povo. Bêbado, ofereceu ao rei 10.000 talents de prata pelo direito de matar os judeus. Sem explicação, o rei concordou.

O rei assinou um decreto convocando a todos para destruir, matar e aniquilar todos os Judeus, homens, mulheres e crianças, em apenas um dia - o 13º dia do mês de Adar. Haman escolheu esse dia por meio de uma loteria, um sorteio na Pérsia, daí "Purim".

Mordechai rasgou seus trajes em sinal de luto. Todos os judeus da terra ficaram de luto. Eles se voltaram a D'us e rezaram. Eles mostravam uma força extraordinária para encarar esse desafio: ninguém optou por abandonar sua fé para salvar a própria pele. Eles permaneceriam Judeus e enfrentariam as conseqüências.

Após dedicar-se ao lado espiritual do problema : Jejuando e rezando, Mordechai voltou-se ao físico, e preparou uma embarcação natural para a salvação de D'us. Ele enviou uma mensagem para a rainha fazer algo rapidamente. Esther tinha medo de ir até o rei sem ser chamada, porque se o rei estivesse de mau humor poderia matá-la por ter aparecido sem ser convidada. Mordechai disse-lhe para seguir em frente. Ela foi, e pediu ao rei para acompanhá-la junto de Haman na festa. Chegando lá Esther os convidou para outra festa.

Na noite antes desta segunda festa, o rei não conseguia dormir. Ele estava paranóico com o crescente poder de Haman e a proximidade dele com a rainha. Seus servos liam uma história do seu livro de crônicas sobre o incidente em que Mordechai salvou a vida do rei. O rei desejava recompensá-lo, e perguntou para Haman (que estava justamente no pátio do palácio só esperando uma oportunidade para falar com o rei sobre seu plano de enforcar Mordechai), o que deveria ser feito para um homem que o rei desejasse honrar? Haman supôs que o rei estava se referindo a sua pessoa, e sugeriu que esta pessoa usasse as vestimentas reais, e fosse conduzida pela cidade montada num cavalo real. O rei disse para Haman fazer exatamente isso com Mordechai. Haman levou Mordechai por toda a cidade e voltou humilhado e acabado para casa.

Na segunda festa Esther contou ao rei que Haman desejava destruir ela e seu povo. Foi a primeira vez que ela revelou a sua origem. O rei ficou enfurecido e pendurou Haman no mesmo galho que ele tinha preparado para Mordechai.

Esther então pediu ao rei enviar um comunicado dizendo que os Judeus poderiam se defender até o 13º dia de Adar. (Ele não poderia revogar um decreto real, pois uma vez publicado não se podia rompê-lo ou voltar atrás.)

Os judeus lutaram contra seus inimigos e venceram. Eles estabeleceram a data de 14 de Adar, como o dia em que descansaram da batalha e saborearam o gosto da vitória, sendo assim, um dia de comemoração para as futuras gerações.

Purim é muito mais do que uma dramática história verídica. Enquanto tratamos externamente de uma celebração étnica, Purim traz consigo um significado espiritual muito mais elevado: A restauração da identidade espiritual do povo Judeu.

Na época da história de Purim, todos os Judeus do mundo usufruíam do super poder contemporâneo, o Império Persa, que se estendeu da Índia à Etiópia. Eles eram os médicos e juízes naqueles dias. Eles eram bem sucedidos e muito orgulhosos do seu êxito. Identificavam-se com o povo que os recebeu, enquadraram- se nessa sociedade, ascenderam socialmente no pico da pirâmide social, eram Persas. Mas de alguma forma se esqueceram de D'us. Quando o prestígio, posição e poder falharam diante do ódio de Haman, mesmo quando sua própria irmã almoçou no palácio com seu maior malfeitor, eles dirigiram todas suas esperanças para o Céu e apressaram-se em voltar para os braços abertos do seu Pai.

O renascimento espiritual resultante não só revigorou e revolucionou a sociedade judaica, que poucos anos depois, o Segundo Templo foi construído e os 70 anos de Exílio Persa chegaram ao fim.

(Traduzido e Adaptado por Simone R. Kertsman)

A festa de Purim é caracterizada pela recitação pública do Livro de Ester por duas vezes, distribuição de comida e dinheiro aos pobres, presentes e consumo de vinho durante a refeição de celebração (Ester 9:22); outros costumes incluem o uso de máscaras e fantasias e comemoração pública.

Uma das tradições de Purim: Comer as Orelhas do inimigo, Haman. Mas, nada de canibalismo, trata-se de pequenos doces triangulares que lembram uma orelha. Em alemão são chamados de Hamantaschen, ou Bolso de Hamnan; e em hebraico Oznei Haman cuja tradução é Orelhas de Haman.

As quatro principais mitzvot (preceitos) do dia são:

A Leitura do Livro de Ester, uma na noite de Purim e a outra pela manhã. As duas leituras são obrigatórias para cumprir a mitzvah (preceito). Toda vez que o nome de Haman for mencionado (com algum adjetivo) é costume fazer barulho com o reco-reco (Raashanim) e bate-se o pé no chão para abafar o amaldiçoado nome.

O envio de alimentos para amigos, o Mishloah Manot:
Envio de alimentos a pelo menos um amigo no decorrer do dia de Purim que devem ser de duas espécies (fruta, massa e/ou bebida), prontos para consumo e entregues através de um mensageiro.Mulheres para mulheres e homens para homens durante o dia de Purim. As crianças podem e devem ser mensageiros muito animados para fazer a entrega dos Mishloach Manot.

Presentear necessitados, que é o Matanot Le’evionim: Doa-se uma quantia em dinheiro para pelo menos duas pessoas carentes no decorrer do dia de Purim. Na impossibilidade, pôr o dinheiro numa caixinha de tzedakah.

Participar de uma refeição festiva, o Seudat Purim:
Uma refeição festiva é realizada ainda durante o dia de Purim e deve conter pão, vinho e carne. Nesta refeição deve-se beber uma quantidade de vinho maior do que de costume. A razão do costume é celebrar o milagre que começou no banquete com vinho preparado por Ester para o Rei Achashverosh e Haman.


Fonte: http://www.webjudaica.com.br/chaguim
Fonte: Grupo Judaico Messiânico na Internet.

sábado, 19 de março de 2011

Leah Goldberg - Um marco na literatura hebraica

A partir do próximo ano as imagens de quatro dos grandes poetas da literatura hebraica aparecerá em nosso notas: duas mulheres, Leah Goldberg e Rachel Bluwstein, e dois homens, Shaul Tchernichovsky e Nathan Alterman.

Essa foi a decisão recente do Banco de Israel para a Comissão de Planejamento de notas, moedas e moedas comemorativas, liderada pelo ex-juiz da Suprema Corte Jacob Turkel. Na quinta-feira, o Bank of Israel, Stanley Fischer governador aprovou as recomendações da comissão e, em breve submetê-los à aprovação do governo.




Leah Goldberg (1911-1970) Poetiza , autora, dramaturgo, tradutora literária, e pesquisadora da literatura hebraica. Nascida em uma família judia da Lituânia, seus escritos são clássicos da literatura israelense.






Lea Goldberg nasceu em Koenigsberg (hoje Kaliningrado, na Rússia), passou a sua infância na Rússia e voltou com sua família após a Revolução de 1917 para sua casa em Kovno (agora Kaunas), na Lituânia. Começou a publicar em hebraico verso quando ainda era uma estudante. Goldberg freqüentou a Universidade de Kovno e então Universidade de Berlim (onde obteve um doutorado em estudos semitas em 1933) e da Universidade de Bonn.

Em 1935 Goldberg se estabeleceu em Tel Aviv, onde trabalhou como assessora literária para Habimah, o teatro nacional e para a editora Sifriyat Hapoalim ("Trabalhadores" Library"). Em 1954, tornou-se professora de literatura na Universidade Hebraica de Jerusalém. A partir de 1963, ela dirigiu o departamento de Literatura da Universidade.

Com conhecimento exemplar de sete idiomas, Goldberg fez numerosos trabalhos traduzindo obras literárias para o hebraico. Suas traduções do russo e italiano são de particular importância, incluindo romance de Tolstoi épico Guerra e Paz - seu opus magnum. Sua amplitude também incluiu completar as traduções das histórias de Chekhov (1945), poemas selecionados por Petrarca(1953), Peer Gynt, de Ibsen (1958), assim como muitas outras obras, incluindo livros de referência e obras para crianças. Duas gerações inteiras de jovens israelenses têm crescido sob suas histórias e poemas.

Estilo e influências literárias

Goldberg tinha um estilo literário modernista, que superficialmente pode parecer simples. Ela escreve em um poema sobre o seu próprio estilo que "lúcido e transparente / são as minhas imagens". Embora às vezes ela escolhesse para escrever poemas que não tinham rimam (especialmente em seu período mais tarde), ela sempre respeitou as questões de ritmo, além disso, em seu "antigo" de obras (por exemplo, o conjunto de poemas de amor Os Sonetos de Therese du Meun, um documento falso sobre o amor, desejos de um nobre francês casado por um jovem tutor), Goldberg aprovou complexos esquemas de rimas. Um estilo muito elaborado que ela às vezes utilizava era o soneto treze-line.



O seu trabalho está profundamente enraizado na cultura ocidental (por exemplo, o Odyssey) e da cultura judaica. Alguns de seus poemas mais conhecidos são a respeito da natureza e saudade para a paisagem de sua terra natal, embora não necessariamente Israel como muitos supõem.





A solidão é um tema comum em sua poesia, com uma entonação dramática que alguns dizem que tem origem em sua própria solidão. Um exemplo destes elementos são vistos em seu poema ", Tel Aviv 1935" (תל אביב 1935):

"Como o ar de cidade pequena
suporte as memórias da infância de tantos,
amores que foram derramadas,
que foram retirados em algum lugar?

Como transformar fotos em preto no interior de uma câmara
todos eles virado do avesso:
puras noites de inverno, as noites de verão chuvoso no exterior,
e manhãs sombrias das grandes cidades".



Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Leah_Goldb

Os 39 trabalhos proibidos no Shabat

Á luz de Velas
O Shabat começa em casa, com o acender de pelo menos duas velas, que simbolizam a alegria e o sagrado, e uma bênção. Algumas famílias adicionam uma outra vela para cada criança. Quem acende as velas, em geral as mulheres, dá as boas vindas ao Shabat com um gesto sobre as velas, depois cobre os olhos.



Lendo a Torá

Cada Shabat recebe o nome do trecho da leitura semanal da Torá, a parte central do serviço matinal. O rolo da Torá, o objeto mais sagrado do judaísmo, é levado para a bima, a mesa de leitura no palco, em uma procissão. É uma grande honra ler a Torá, como rabino á direita, ou ser chamado para ficar de pé na bima durante a leitura.

Havdalá

Assim como sua chegada, a partida do Shabat é celebrada com orações e cerimônias. Quando podem ser vistas três estrelas, o Shabat é suspenso até a próxima semana e celebra-se Havdalá com uma bênção sobre o vinho, especiarias e uma vela trançada. Isso é separação entre o sagrado do Shabat e os dias comuns da semana. As crianças se revezam pars segurar a vela e sentir o cheiro doce das especiarias.

Os 39 trabalhos proibidos no Shabat estão enumerados a seguir, acompanhados de exemplos práticos para ilustrar como e onde se aplicam hoje em dia:

1. "Arar" - cavar a terra, tornando-a mais propícia ao plantio.
Exemplos práticos: revolver a terra com ajuda de animal, arado ou trator; arrastar um banco pesado ou brincar com bolas de gude sobre o solo.



2. "Semear" - ato para estimular o crescimento da planta.

Exemplos práticos: jogar sementes frutíferas na terra; dispor flores num vaso com água; colocar adubo ou inseticida numa planta.

3. "Colher" - desenraizar uma planta do local onde cresceu.

Exemplos práticos: cortar grama; colher frutas. Nossos sábios proibiram subir em árvores ou embalar-se numa balança pendurada num galho.

4. "Agrupar a colheita" - agrupar cereais, frutos ou vegetais no local onde cresceram.


Exemplos práticos: agrupar laranjas que caíram da árvore; fazer um buquê de flores. Esse trabalho só se aplica aos derivados da terra e no local onde nasceram. Portanto, é permitido juntar livros no jardim ou maçãs espalhadas na cozinha.

5. "Debulhar" - separar a parte utilizável dos produtos da terra da inutilizável, usando força ou pressão. Antigamente, para separar a semente da casca do cereal, usava-se uma tábua especial amarrada a um animal, que a arrastava sobre os grãos, separando-os.

Exemplos práticos: fazer suco de uva; ordenhar vaca; espremer suco de fruta cítrica; tirar ervilha da casca).É permitido espremer suco de limão diretamente sobre salada ou peixe para temperá-los, se estes não contêm nenhum líquido.

6. "Dispersar o grão ao vento" - jogar sementes ao vento para separar a parte utilizável da não utilizável. Mais uma forma que se usava antigamente para separar as cascas dos grãos era jogar o cereal ao vento; assim a palha que é mais leve voava enquanto os grãos caíam no solo.

Exemplos práticos: cuspir em direção ao vento; assoprar em amendoins para que as cascas voem e se separem.

7. "Selecionar e separar alimento não utilizável do utilizável ou separar de acordo com diferentes tipos.

Exemplos práticos desta proibição: separar a cebola da salada; separar uma fruta estragada das demais; usar um descascador; descascar frutas ou legumes (mesmo com faca ou a mão) com antecedência; selecionar alimento sólido de uma sopa por meio de escumadeira; classificar utensílios, brinquedos ou livros de acordo com tamanhos e tipos. É permitido descascar frutas ou legumes com faca ou a mão (não com descascador), desde que seja pouco tempo antes ou durante a refeição.

8. "Moer" - desfazer algo sólido em pedaços muito pequenos.

Exemplos práticos desta proibição: ralar legumes, picar verduras em pedaços pequenos, amassar batata cozida com amassador; amassar banana ou abacate com garfo; serrar madeira com interesse na serragem. Nossos sábios proibiram tomar remédios ou vitaminas em Shabat, exceto em caso de doença. É permitido amassar com garfo alimento que não cresce na terra (como ovo cozido) ou esfarelar pão ou bolo.

9. "Peneirar" - separar alimento utilizável do não utilizável por meio de peneira, coador ou similar. Exemplos práticos desta proibição: peneirar farinha; coar vinho num coador especial; peneirar areia.

10. "Fazer massa" - formar massa consistente, misturando ingredientes.

Exemplos práticos: fazer mingau (cereal em pó + leite), gelatina (pó + água), creme de chocolate (cacau ou chocolate em pó + margarina) ou cimento (cal + água); misturar purê de batata com manteiga ou margarina; misturar maionese com ketchup, formando consistência pastosa (se for líquida, é permitido). É permitido misturar cereal em flocos com leite. Ao fazer mingau de cereal em pó para beber, deve-se colocar primeiro o leite no prato e depois acrescentar o cereal, formando uma massa líquida (não sólida).

11. "Assar/cozinhar/fritar"
- colocar alimento sobre fogo ou qualquer fonte de calor, como chama aberta, chapa elétrica, brasa, chapa de metal pré-aquecida ou até em banho-maria na panela que já esteve por cima do fogo ou da chapa. Exige-se muita prudência ao aquecer alimentos no Shabat para não chegar a transgredir esta proibição, que inclui inúmeros detalhes.

12. "Tosquiar" - aparar pelos que cresceram no corpo do animal ou do homem.

Exemplos práticos desta proibição: depenar ave; cortar cabelo; cortar ou roer unhas; passar pente ou escova nos cabelos, tirar sobrancelhas.

13. "Lavar" - tornar tecido ou roupa mais limpo.

Exemplos práticos desta proibição: tirar qualquer mancha; deixar tecido de molho; colocar roupa na máquina; torcer pano molhado; pendurar roupa molhada para secar. É permitido jogar água sobre objeto de couro sem esfregá-lo.

14. "Desembaraçar a lã não trabalhada". A lã extraída do carneiro quando tosado encontra-se embaraçada e repleta de elementos estranhos como terra e areia. Antigamente passava-se uma espécie de pente para retirar impurezas e desembaraçá-la.
Exemplos práticos desta proibição: pentear fios de lã, linho ou algodão.

15. "Tingir" - alterar ou fortificar a coloração.

Exemplos práticos desta proibição: tingir tecidos; alterar cores através de recursos químicos; pintar qualquer objeto com rolo, pincel ou spray; passar batom nos lábios ou maquiagem nos olhos ou no rosto; enxugar as mãos num tecido com sujeira que pode acabar colorido o tecido como alimentos entre os quais morango, vinho, etc. É permitido alterar a coloração de alimentos para melhorar seu sabor. Podem-se usar guardanapos de papel para enxugar as mãos.

16. "Fiar" - esticar e enrolar manual ou mecanicamente lã ou outra matéria prima já penteada e tingida
. Exemplo prático desta proibição: enrolar fios do tsitsit.

17. "Esticar o fio para prepará-lo para tecer" - esticar os fios entre os dois extremos da roca (máquina de fiar).

Exemplo prático desta proibição: esticar fios (numa direção) em moldura de tear manual, como para iniciar a tecer um tapete.

18. "Passar o fio entre dois anéis". No tear, os fios são passados por vários anéis que se alternam entre si, subindo e descendo, para compor o tecido. Exemplos práticos desta proibição: fazer uma peneira; entrelaçar cesta de vime ou cadeira de palha.

19. "Tecer" - entrelaçar fios no sentido horizontal por entre fios esticados verticalmente. Com este trabalho confecciona-se o tecido propriamente dito. Exemplos práticos desta proibição: fazer tricô ou tapeçaria; trançar corda ou fios.

20. "Desfazer os fios a fim de retocá-los".

Exemplos práticos desta proibição: puxar fio solto na roupa; retirar tapete da moldura onde foi confeccionado.

21. "Atar" - dar nó que não se desfaz facilmente.

Exemplos práticos desta proibição: fazer nó de marinheiro; apertar nó de tsitsit; fazer nó duplo; trançar dois fios para formar corda; juntar dois cordões com um nó, formando um só cordão. É permitido fazer nó de gravata ou amarrar o sapato (mesmo se não for desfeito dentro de 24 horas), pois na verdade trata-se de laço, que não é considerado nó.

22. "Desatar" - desfazer um nó (o qual não teria sido permitido fazer no Shabat).

Exemplos práticos desta proibição: desatar fio que junta par de meias novas; desfazer nó duplo; desatar corda, separando os fios individualmente.
Se um laço no sapato complicou-se e acabou formando um nó, é permitido desfazê-lo de forma não usual (com shinui) se tiver que tirá-lo.

23. "Costurar" - unir dois tecidos ou materiais em geral.

Exemplos práticos: fazer bainha de roupa; colar papéis com fita adesiva ou cola; puxar e/ou enrolar fio de botão que está caindo para torná-lo mais firme.
Zíper ou velcro não são considerados costura e, portanto, é permitido abrir ou fechá-los no Shabat.

24. "Rasgar intencionando suturar" - rasgar qualquer material para uni-lo depois.

Exemplos práticos desta proibição: descoser a fim de costurar novamente; abrir envelope colado ou lacrado. É permitido rasgar saquinho de papel ou plástico para retirar o alimento de maneira que o saquinho não será reaproveitado (com cuidado para não rompê-lo no meio de letras impressas nem descolá-lo).

25. "Caçar" - aprisionar um animal vivo e impedir que se livre.

Exemplos práticos desta proibição: perseguir animais com cachorro de caça; tampar uma garrafa onde um mosquito entrou; espalhar ratoeira. É permitido prender e/ou matar animais (como cobra ou serpente) quando são ameaça iminente à vida da pessoa.

26. "Abater" - Tirar a vida de um animal.

Exemplos práticos desta proibição: fazer o ritual da shchitá; borrifar inseticida; pescar; espalhar veneno contra animais ou insetos; causar hematoma; tirar sangue de pessoa ou animal. É permitido aplicar repelente sobre o corpo, pois não se está matando os insetos, e sim impedindo que se aproximem.

27. "Pelar o couro" - retirar pele de animal morto.

Exemplo prático desta proibição: separar couro em camadas.
É permitido retirar a pele do frango cozido (próximo ou durante a refeição), pois é considerado parte do alimento.

28. "Curtir o couro" - preparar couro, usando sal, cal, ou outros meios.

Exemplos práticos desta proibição: engraxar sapato de couro mesmo com graxa incolor; salgar a carne crua após o abate; colocar legumes para curtir; devolver um pepino azedo meio curtido para salmoura. É permitido temperar uma salada, próximo à refeição, colocando outros temperos antes ou junto com o sal.

29. "Alisar o couro" - retirar pêlos e imperfeições do couro.

Exemplos práticos desta proibição: lixar algo; alisar argila; colar vela com chama de fogo (mesmo nos dias festivos); passar creme na pele. Em caso de doença é permitido aplicar pomada (de forma não habitual – com shinui) numa ferida, sem alisá-la (mesmo que se alise por si só).

30. "Demarcar o couro" para cortá-lo.

Exemplos práticos desta proibição: traçar linhas para escrever sobre elas; fazer pontilhado para saber onde dobrar ou cortar o objeto.

31. "Cortar" seguindo certa medida.

Exemplos práticos desta proibição: cortar um desenho seguindo o pontilhado; arrancar folhas de caderno; apontar lápis; cortar papel higiênico ou saquinho plástico de um rolo; separar lenço de papel quando um está preso ao outro; serrar madeira ou metal; cortar pano; separar páginas de um livro quando estas não foram cortadas na gráfica.

32. "Escrever" ou esculpir letras, figuras ou sinais que sirvam como códigos de comunicação.

Exemplos práticos desta proibição: escrever com dedo sobre líquido que derramou na mesa, num vidro embaçado ou na areia, carimbar, unir peças de quebra cabeças; bordar letras ou figuras. É permitido medir febre com termômetro.

33. "Apagar" - anular qualquer escrita ou código comunicável com a intenção de reescrever no mesmo local.

Exemplos práticos: apagar lousa escrita com giz; apagar com borracha; cortar embrulho onde há letras escritas; cortar letras carimbadas ou coladas em frutas.

34. "Construir" - ação ligada à montagem ou construção.

Exemplos práticos desta proibição: todas as tarefas relativas à construção, como cavar, encaixar portas e janelas, furar ou bater prego na parede, etc.; montar tenda; abrir guarda-chuva; montar qualquer utensílio; fazer queijo; fazer trança de cabelos; usar spray para fixar penteado.

35. "Destruir ou demolir" com a intenção de reconstruir no local.

Exemplos práticos desta proibição: retirar telhas do telhado; arrancar prego da parede; arrombar porta; desfazer tenda; desfazer caixa de madeira; desmanchar trança de cabelos.

36. "Acender fogo" - aumentar, prolongar ou propagá-lo.

Exemplos práticos desta proibição: riscar fósforo; acender chama de gás; ligar luz elétrica (por isso é proibido abrir porta de geladeira que automaticamente acende a luz interna; a lâmpada da geladeira deve ser desativada ou afrouxada antes do Shabat); acrescentar azeite numa lamparina; ligar motor do carro; acelerá-lo; obter faíscas através do atrito entre duas pedras; refletir a luz do Sol em lente de aumento para queimar papel.

37. "Apagar fogo" ou diminuí-lo.

Exemplos práticos desta proibição: apagar fogo através de vento (abrindo janela), areia ou sopro; abaixar fogo ou chama de gás; desligar luz elétrica; retirar azeite de uma lamparina; desligar motor do carro.

38. "Terminar a manufatura de qualquer objeto" dar o "toque final" para que um objeto possa ser utilizado.


Exemplos práticos desta proibição: afiar faca; desentortar garfo; colocar cordão num sapato novo; retirar fios deixados por costura; cortar uma lasca de madeira para usar como palito de dentes; encaixar pé que se soltou da cadeira; apertar parafuso para recolocar lente de óculos.

39. "Transportar de propriedade particular para pública e vice-versa" - transportar, jogar, entregar, empurrar ou fazer qualquer tipo de transferência de uma área de propriedade pública para uma de propriedade privada ou vice-versa, a não ser vestir roupas e outros adornos como kipá, óculos de grau, jóias, etc. Também é proibido carregar qualquer objeto num perímetro equivalente à distância de 1,92 m, em área de propriedade pública.

Exemplos práticos desta proibição: sair para a rua com lenço ou chave no bolso; mastigando bala ou chiclete; com botão solto na roupa; com óculos de leitura ou de sol; entregar ou jogar um objeto pela janela ou porta de residência particular para alguém que se encontra na rua ou vice-versa..É permitido levantar um grampo de cabelo que caiu na rua e recolocá-lo no cabelo se não ultrapassar 1,92 m ao fazê-lo.

Sentir e cumprir o Shabat é algo ímpar e incomparável, sobre o qual está escrito que o Shabat é chamado "um gostinho do Olám, Abá, Mundo Vindouro".



Fonte: http://jerusalemdeouro.tripod.com/id13.html
http://www.chabad.org.br/shabat_novo/shabat_sub02.html

domingo, 13 de março de 2011

Fariseu é mesmo sinônimo de Hipocrisia???

O termo fariseu é definido da seguinte forma: Indivíduo hipócrita (Fem: fariséia) no Mini Aurélio – Dicionário da Língua Portuguesa, Ed. Nova Fronteira. O referido dicionário foi distribuído em todas as escolas municipais do Rio de Janeiro para alunos do Ensino Fundamental.

A mesma definição foi usada ontem num programa evangélico transmitido pela televisão em rede nacional, o que me causou certo desconforto. Não recrimino o pastor em questão, mesmo porque além de uma celebridade é também um homem de visão e que tem dedicado sua vida a propagar o Evangelho de Jesus conforme sua fé.

No entanto, causa-me espanto ver o termo fariseu ser generalizado e receber essa caricatura com freqüência tanto quanto a ignorância nos permite. Desde o discurso de Jesus (Mateus 23), fariseu deixou de ser um homem separado, piedoso, religioso, entendido da Lei para serresumir num homem hipócrita, desprovido de amor e completamente avesso qualquer tipo de espiritualidade.

Não é difícil alguém citar o texto de Marcos 8.15 “Guardai-vos do fermento do fariseu” e fazer admoestações que maculam a imagem e reputação dos fariseus. Assim, passou a ser fato consumado que fariseu era um homem pecador. Outro dia ouvi alguém dizer que eles eram idólatras! Pasmem a que ponto chegou a ignorância sobre religiosidade na época de Jesus!

Farisaísmo deixou de ser uma crença do Judaísmo e passou a ser mau visto por um número considerado de cristãos e hoje principalmente no Brasil é largamente difundido por todos como sinônimo de hipocrisia, deslealdade, falsidade, fingimento! O próprio dicionário online de português que acabei de consultar define fariseu como: “Membro de um grupo de judeus que obedecia a leis religiosas rígidas”, mas ao dar sinônimos para a palavra descreve: charlatão, fingido e hipócrita. Além de ser uma contradição, me desculpem, mas é uma estupidez!

Tal mentira alcançou a todos de forma global que a qualquer momento pode se ler em jornais, revistas, livros, mensagens no Twitter, Facebook ou qualquer outro site, a famosa expressão e sua definição grotesca.

Pergunto: Fariseu é mesmo sinônimo de Hipocrisia? Então vejamos o que eu encontrei sobre o termo:

“... Os sucessores dos Hasidim (Piedosos) eram conhecidos como P´rushim – Fariseus – que significa separados, porque eles se separaram do mundo mundano para não fazer o mesmo que as pessoas faziam... Assumiram que a Tanach (Antigo Testamento) era a Palavra de Deus para os homens e também consideravam que a Tradição (Judaica) acumulada ao longo dos séculos pelos sábios e mestres era também a Palavra de Deus – a Torá oral – de modo que se desenvolveu uma sistema de viver que tocava em cada aspecto da vida.”

“... Yeshua (Jesus) não condena seus companheiros judeus pelo fato de serem fariseus... a crítica de Jesus não era dirigida a todos os fariseus, mas apenas aqueles que eram hipócritas...” (Mt 23)

STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento, Minas Gerais Ed. Atos 2008 p.43,44



“Os fariseus consideravam-se de fato os interpretes da Lei... Reconheciam a importância da Lei escrita - a Torá.”

“Os ensinos de Jesus coincidem com muitas das crenças dos fariseus, por exemplo, o Reino dos céus, a conversão, a ênfase dada a vinda do Messias... Paulo era fariseu (Atos 23.6), o rabino Gamaliel (Atos 5.34). Eram também fariseus José de Arimatéia e Nicodemos (João 3) e alguns dos primeiros membros da Igreja (Atos 15.5)”

“... A predominância dos ensinos dos fariseus nas sinagogas faz deles o grupo mais influente do Judaísmo após a destruição do Templo e o mais numeroso de todos os grupos judaicos...”

VAMOSH, Miriam Feinberg. A Vida Diária no tempo de Jesus, Israel, Ed.Palphot 2003 p. 29



“Fariseu – Separado. Nome de uma das três principais seitas judaicas juntamente com os Saduceus e Essênios. Era a seita mais segura da religião judaica.“

DAVID, John D. Dicionário da Bíblia, SP, Juerp. p. 222




“O Judaísmo nesse período estava longe de ser homogêneo. Ele se desdobrava em pelo menos três grandes correntes conhecidas – os Saduceus, os essênios e os fariseus...

A corrente dos fariseus era a mais ampla entre aquelas que deputavam o poder... Foi o judaísmo farisaico aquele capaz de enfrentar a grande crise que já se descortinava no horizonte, quando o reino dos Macabeus chegou ao fim, e a terra de Israel foi incorporada ao poderoso Império Romano...”

Revista História Viva Grandes Religiões 2 Judaísmo, 2008 p.35



“...a seita maior e de maior influência nos dias do Novo Testamento era a dos Fariseus. O seu nome deriva do verbo Parash separar ...”

“...posto que muitos dos fariseus fossem introspectivamente objetivos na obediência à Lei que muitas vezes se tornavam ruidosamente homens de justiça própria. Havia muitos outros entre eles que eram verdadeiramente homens virtuosos e bons. Nem todos eles eram hipócritas...”

“...de todas as seitas dos Judaísmo só o Farisaísmo sobreviveu. Tornou-se o fundamento do Judaísmo Ortodoxo Moderno, que segue o modelo da moralidade, do cerimonialismo e do legalismo farisaico.”

TENNEY, Merrill C. O Novo Testamento Sua Origem e Análise, São Paulo, Vida Nova 1989 p. 138, 139



“... a maneira de viver dos fariseus não é fácil nem cheia de delícias: é simples. Eles se apegam obstinadamente ao que se convencem que devem abraçar. Honram de tal modo que não ousam nem mesmo contradizê-los... eles granjearam, por essa crença, tão grande autoridade entre o povo, que este segue seus sentimentos em tudo o que se refere ao culto a Deus e as orações solenes que lhe são feitas. Assim, cidades inteiras dão testemunhos valiosos de sua virtude, de sua maneira de viver e seus discursos.”

JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus, Rio de Janeiro, CPAD 2004 p. 826



“...E Paulo sabendo que uma parte era de saduceus e outra e fariseus clamou no Conselho: Varões irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu...” 

Bíblia Sagrada Livros de Atos dos Apóstolos cap. 23.6



“Eu sou parush (fariseu) do grego ego Pharisaios eimi. “Ego” (eu) dá ênfase... e o verbo “eimi” está no tempo presente (sou). Mesmo sendo um judeu messiânico durante quase vinte anos, Sha`ul (Saulo-Paulo) ainda se considerava um fariseu. Este fato por si só invalida igualar Fariseu a hipocrisia.

STERN, David H. Comentário Judaico do Novo Testamento, Minas Gerais Ed. Atos 2008 p. 340



Poderia citar mais alguns exemplos, mais acho que é suficiente. Permita-me a indagação: Qual a definição correta para o termo fariseu? Ou devo concluir que o apóstolo Paulo que praticamente estruturou o Cristianismo com suas cartas doutrinárias, seja mesmo um “Indivíduo Hipócrita”?

Seria justo afirmar que a Religião Judaica moderna tem sua base na hipocrisia de seus mestres? O termo hipócrita é tudo o que podemos ensinar a respeitos desses homens que sobreviveram as diversas ofensivas dos Impérios da época, a fim de conservar a essência da sua própria religião: a crença em um único Deus?

A única resposta plausível que me ocorre é uma correção na definição do termo Fariseu para Separado e uma justificativa conforme nos mostra a História. O meu desejo é mudar a mentalidade das pessoas trazendo um pouco de Luz as trevas da ignorância e aumentando a capacidade de entender a própria Palavra de Deus.




Marion Vaz

sexta-feira, 11 de março de 2011

Terceiro Templo de Jerusalém


Em solo brasileiro uma obra que pela magnitude tende a atrair não só fieis, como turistas de todo mundo estaria definindo um novo marco na história ou apenas substituindo um dos legados mais importantes da religião judaica?



“Anuncios de seus planos de construir uma réplica gigante do Templo de Salomão foi notícia em jornais e na Internet. Estímasse que o custo é de R$ 360 milhões para uma obra de 55 metros de altura (18 andares) com lugar para 10.000 pessoas e um estacionamento para 1.000 carros, estúdios de TV e rádio, e salas com espaço para 1.300 alunos”.


O gasto para importar pedras de Israel, ultrapassa 14,4 milhões de reais e no auge de seu delírio além da fachada da igreja ser inspirado no Templo do Rei Salomão, a obra contará com uma replica da Arca da Aliança no centro do santuário.





Para o rabino Chaim Richman do Instituto do Templo em Jerusalém a obra tenta tirar a legitimidade da relação de Israel com a cidade de Jerusalém.













Ao citar Isaias 2:2: ”Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido nos cimos dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém”, o rabino insiste que tal “réplica” ofende e muito o sentimento religioso daqueles que almejam ver o Templo do Senhor ser reconstruído no Monte Moriá.





Tal indignação tem sua justificativa na própria História de Israel que desde os primórdios vem conservando suas tradições e culto religioso. As diversas e adversas intervenções na área política e religiosa no decorrer dos anos não desmotivaram os judeus na Adoração ao Eterno D-us.






O Templo (tanto de Salomão como o de Jerusalém, destruídos em Tisha BeAv) é a fonte de inspiração, fé e esperança, que hoje tem seu simbolismo no Kotel - Muro Ocidental – último vestígio do Segundo Templo - um lugar que se tornou ambiente de oração e devoção religiosa do povo judeu. Interessante notar que, independente de origem, raça e credo religioso um número infinito de visitantes incluem-no em seu roteiro turístico todos os anos e não hesitam em colocar orações em pedaços de papeis nas brechas do muro.




Tanta devoção religiosa recebe essa afronta do bispo que, talvez por questões pessoais, resolveu fazer uma Igreja com a fachada do Templo de Salomão. Para os religiosos em Israel se constituiu grave ofensa desvincular o Templo da cidade de Jerusalém.



Ao olharmos o Monte do Templo ocupado pelo Domo da Rocha consideramos que ainda existe um longo período de espera para que se realize o sonho da reconstrução do Terceiro Templo. Talvez seja essa falta de respeito ao sofrimento do povo de Israel que me incomode.



Como também era de se esperar, muitos cristãos apóiam essa iniciativa e já estão ansiosos por ver a Igreja pronta. Percebemos que após a sua conversão ao Cristianismo, de um modo geral o homem tende a ignorar os Mandamentos de Deus dados a Israel. Muitos já se dispõe a julgar o Antigo Testamento obsoleto em virtude da Nova Aliança anunciada no Novo Testamento.

Assim, Judaísmo X Cristianismo e vice versa se constituem uma auto defesa de religiosos. Atitude que vem corroendo e mutilando as verdades bíblicas em função de dar mais autenticidade a cada fé. O que mais me incomoda é ter que ouvir e ver frases cuja idéia central é denegrir a imagem de Israel, o que de tantas e variadas formas assustadoramente tem se repetido ao longo da história.

Agora em solo brasileiro a obra que pela magnitude também tende a atrair não só fieis, como turistas de todo mundo estaria definindo um novo marco na história ou apenas substituindo um dos legados mais importantes da religião judaica?

Para entender melhor esse choque cultural entre Ocidente e Oriente e a devoção religiosa desse povo milenar faz-se necessário e permita-me usar a frase: “Nascer de novo”! Não só no sentido espiritual a que se referiu o próprio Jesus, mas num sentido mais amplo que inclua o respeito às diferenças.

O propósito desse artigo não é criticar a Igreja Universal ou desmerecer a fé cristã, mas sim permitir ao leitor uma visão mais ampla no que diz respeito a essência da fé judaica que vê na própria Jerusalém, o lugar em que D-us escolheu para nela colocar o seu nome para sempre e que a reconstrução do Templo faz parte das profecias bíblicas.

Assim, vamos dar um passeio pela história do Instituto do Templo e entender que tal reconstrução além de um propósito tem também um processo ritual baseado nos textos sagrados da Tanach. A forma meticulosa dos preparativos acrescido do temor a D-us, exige fé e apego ao sagrado diferente de um projeto arquitetônico faraônico que se possa chamar de: “ lindo, lindo, lindo. A coisa mais bonita de todas!” - Expressão usada pelo bispo em uma reportagem.

Em junho de 1967 na Guerra dos Seis Dias, o rabino Yisrael Ariel era um jovem soldado da brigada pára-quedista, chefiada pelo general Motta Gur, que libertou a Cidade Velha de Jerusalém. Ele foi um dos primeiros soldados a chegar ao Monte do Templo e descreve como um momento marcante universalmente para todos os judeus, mas que, pessoalmente para ele, era o retorno do povo judeu ao único lugar na terra que Deus escolheu para Si mesmo, para começar a retomada do serviço Divino.

Aquele momento foi um prenúncio para o nascimento do Instituto do Templo cujo objetivo principal é a reconstrução do Terceiro Templo de Jerusalém. Para isso o Instituto informa passo a passo todos os avanços nas áreas de conscientização da população judaica sobre a necessidade do Templo e também a reconstrução de todos os objetos sagrados (dos quais 102 já estão prontos), bem como vestes sacerdotais e adereços. Outra iniciativa importante foi renovar uma tradição de no mês de Adar a contribuição de meio-shekel para a reconstrução do Templo sagrado, como foi no passado.

Originais podem ser vistos na exposição do Instituto “Tesouros do Templo” localizada no bairro judeu na cidade de Jerusalém, mas para nosso deleite vamos ver alguns deles:


MENORAH, o Candelabro para o Templo, feito de ouro, em tamanho real, tal qual se apresentava nos dois Templos anteriores, no momento final da preparação com a presença de três rabis membros do Instituto do Templo.








No Yom Kippur, o Sumo Sacerdote chega na caixa de loteria e escolhe lotes. Assim, é determinado que bode vai ser usado como uma oferenda a Deus, e que será enviado para Azazel, como expiação pelos pecados do povo.






O sacerdote recolhe o sangue do sacrifício para a Mizrak, e depois derrama o sangue para o canto do altar.







O serviço diário do templo inclui a limpeza das sete xícaras de óleo a Menorá,(em hebraico, Hatavah). A embarcação inclui uma pinça e um pincel.






No lado norte do Santuário está a mesa do pão feita de madeira, recoberta de ouro. Sobre ela são colocados doze pães de pão. Cada sábado, os pães são simultaneamente removido e substituído por pães frescos, de modo a assegurar que os pães ficam "eternamente" em cima da mesa.










O altar do incenso, feito de madeira coberta de ouro, é empregada em que se considera ser o aspecto mais amado do serviço do Templo nos olhos de D'us: a oferta de incenso.





Esta pá é usada para remover brasas do altar exterior. O sacerdote então carrega os carvões sobre esta pá para o santuário, onde o carvão é usado no altar do incenso de ouro.







A arca da aliança é o único objeto que é colocado dentro do Santo dos Santos. Uma vez por ano, no Yom Kipur, o Dia da Expiação, o Sumo Sacerdote entra no Santo dos Santos, pedindo a Deus para perdoar os pecados de toda a casa de Israel.




Feita de madeira coberta de ouro, que continha em seu interior, durante o período do Primeiro Templo as duas Tábuas da Lei, bem como um recipiente contendo Mannah, e a vara do Aharon






O Instituto do Templo também completou a complicada tarefa de unir o éfode às pedras lembrança, e fixação do peitoral.







Marion Vaz


Fontes:

http://noticias.gospelmais.com.br
http://www.templeinstitute.org/main.htm
http://www.jerusalemshots.com/



domingo, 6 de março de 2011

Moacyr Scliar - O Exército de um homem só

Este romance escrito por Moacyr Scliar, publicado em 1973 foi traduzido para mais de 10 idiomas.

O livro relata a saga de Mayer Guiznburg, um judeu que chegou a Porto Alegre ainda menino, vindo da Rússia. Ele se transforma em Capitão Birobidjan, uma espécie de Don Quixote do bairro do Bom Fim, em Porto Alegre, e tenta construir Nova Birobidjan, uma utopia socialista, apesar de tudo e de todos que se opõe a ele, incluindo seu pai que o queria rabino.



Moacyr Scliar fez também um belíssimo comentário de introdução no livro O Estado Judeu de Theodor Herzl(edição 1998), contando parte da história dos judeus. Ao resgatar a essência do sentimento nacionalista de Herzl e sua luta por um espaço físico para a realização do seu sonho de Eretz Israel, nos dá a nítida impressão de que Theodor era realmente "um Exército de um homem só"

Scliar que morreu por volta da 1h do dia 27 de fevereiro de 2011, aos 73 anos, de falência múltipla dos órgãos, deixa saudades e uma cadeira vazia na ABL - Academia Brasileira de Letras. No entanto, com a publicação de mais de setenta livros, entre crônicas, contos, ensaios, romances e literatura infanto-juvenil deixa uma herança imprescindível para a Literatura brasileira.

Marion Vaz

Deicídio - Um ERRO alimentado pela interpretação errônea de textos bíblicos

“Papa Bento XVI fez uma desoneração ampla do povo judeu pela morte de Jesus Cristo em um novo livro, abordando um dos temas mais controversos do cristianismo.”

A notícia que repercutiu no Jornal Haaretz e em todos os noticiários do mundo isenta o povo judeu (como um todo) pela morte de Jesus.

Em seu livro Jesus de Nazaré o Papa Bento XVI ofereceu uma meditação muito pessoal sobre os primeiros anos da vida de Cristo e seus ensinamentos. Esta segunda parcela, que será lançado 10 de março, diz respeito à segunda metade da vida de Cristo, sua morte e ressurreição.

Benjamin Netanyahu, Primeiro Ministro de Israel, enviou uma mensagem ao papa na quinta-feira dizendo: "Eu o elogio por rejeitar vigorosamente em seu último livro uma acusação falsa que deu origem ao ódio contra o povo judeu por muitos séculos"

Em 1965, o Concílio Vaticano já havia publicado um documento conhecido como Nostra Aetate, que rejeitava completamente a idéia da culpa judaica pela morte de Jesus e condenava qualquer afirmação de que os judeus era um povo rejeitado por Deus.

Analisando os quatro Evangelhos que retratam a vida de Jesus em suas diversas fases, reparamos que todas as passagens sobre a crucificação apontam como agressores físicos de Jesus os soldados do Império romano. (ver Mt 27.26-37; Mc 15.15-24; LC 23.33-38; Jo 19.23-24). O fato de lavar as mãos também não isenta Pilatos de sua parcela de culpa!

Observe que em todas as traduções do NT feitas ao longo dos anos para qualquer idioma, sejam em versões corrigidas ou atualizadas, todas as atrocidades cometidas contra Jesus foram feitas por soldados romanos. Foram eles que, por ordem de Pilatos açoitaram, cuspiram, lincharam, humilharam, crucificaram, usaram pregos em suas mãos e pés, colocaram coroa de espinho, ofereceram vinagre, repartiram suas vestes e tripudiaram sobre o condenado e para se certificarem, que estava realmente morto, furaram seu lado com uma lança! E fizeram isso sem qualquer constrangimento!

Assim, mesmo que toda responsabilidade tenha sido repassada para a "aristocracia do Templo em Jerusalém e as massas que preferiram soltar Barrabás” conforme declaração papal, não se constitui culpa alguma ao Sinédrio, pois o Conselho composto de 71 pessoas que representavam a autoridade suprema no campo religioso, político e judiciário do povo judeu, estava convicto de seus direitos e deveres.

Embora membros da Corte Judaica tenham tido a iniciativa de levar Jesus a Pilatos para ser julgado e condenado por blasfêmia, pois na época os judeus embora gozassem de liberdade religiosa não tinham permissão para matar alguém e na hora da crucificação estivessem presentes, não há relato de que qualquer um tenha estado perto o bastante para tocar em Jesus.

É importante ressaltar que segundo as leis judaicas nenhum judeu praticante, ancião, doutor da Lei, sacerdote, levita, fariseu ou saduceu (termos utilizados no NT) tocaria num homem ensangüentado ou semimorto, as vésperas do Pessach! Segundo a Torah era estritamente proibido chegar perto de um morto como se lê em Levítico 21.4 e Números 19.11-15 com a penalidade de ter que ausentar das atividades do Templo até o prazo estipulado para purificação. Era véspera do Shabat! Véspera do Pessach!

Assim, minha conclusão é que toda perseguição ao povo judeu com base na morte de Jesus (Deicídio) foi um ERRO alimentado pela interpretação errônea de textos bíblicos, pelo fanatismo de líderes religiosos e pelo anti-semitismo.

Marion Vaz

sábado, 5 de março de 2011

Primeira Maratona Internacional de Jerusalém

No dia 25 de março acontecerá a primeira edição da Maratona Internacional de Jerusalém, evento que terá ainda uma meia maratona e uma rústica de dez quilômetros. Segundo os organizadores, a prova oferecerá a atletas amadores e profissionais a oportunidade de correr numa paisagem rica em história e patrimônio.

Todas as distâncias largarão no Knesset, o parlamento de Israel, e passarão pelo centro de Jerusalém, Cidade Velha e pelas muralhas. Também fazem parte do trajeto a Piscina do Sultão (Sultan’s Pool), Portão de Jaffa e de Sião, o Teatro de Jerusalém, a residência do Presidente, o bairro da Colônia Alemã no distrito de Emek Refayim, a vista da Velha e Nova Cidade a partir da Alameda Sherover (para aqueles que correrem a maratona completa) Ammunitiion Hill, Monte Scopus e Augustus Victoria.

A premiação para os cinco melhores da maratona e da meia será de 49 mil dólares, além de um bônus extra de cinco mil para o corredor mais rápido da prova principal. Nos dias anteriores à competição, acontecerá no Centro Internacional de Convenções (ICC) uma exposição de saúde e esportes, além de um jantar de massas no dia 24.

Para garantir uma vaga, basta acessar o site oficial da prova, o www.jerusalem-marathon.com.


Fonte: http://www.webrun.com.br/maratona/n/primeira-maratona-internacional-de-jerusalem-acontece-em-marco/11741