domingo, 16 de setembro de 2012

A Simbologia dos Alimentos no Rosh Hashana

 
 

 

Comemos diferentes vegetais cujos nomes são uma alusão ao bem.

 
Comemos cenouras, que em yidish são "mehren", que significa 'aumento'. Pedimos ao Todo Poderoso que nossos méritos sejam aumentados.

Comemos alho-poró, que em aramaico são "karasai", que também significa 'cortar'. Pedimos que HaShem "corte" (remova/afaste de nós) nossos inimigos.

Comemos beterrabas, em aramaico "silka", também significando 'remova e reze para que nossos adversários sejam removidos"

Comemos tâmaras, em aramaico "tamrai" e pedimos a D-us que nosso inimigos sejam "consumidos" (yetamu).

Comemos cabaças (abóbora, abobrinha), em aramaico "kara", e pedimos que o Todo-Poderoso rasgue (kara) nossas sentenças e proclame (kara) nossos méritos.

Comemos romãs e pedimos que nossos méritos sejam numerosos como as sementes da romã.

Comemos cabeça de peixe, com um pedido de que sejamos frutíferos e que nos multipliquemos como peixes.

Comemos (ou ao menos mencionamos) cabeça de cordeiro, com o desejo de que o Povo Judeu possa ser o cabeça entre as nações.   Fonte: Aish HaTora

Por que comemos maçã com mel?




Mergulhamos maçãs em mel ou açucar para significar nosso desejo por um ano novo doce.
 
Todos estamos familiarizados com o costume de comer maçã mergulhada em mel em Rosh Hashaná, mas poucos conhecem sua origem e motivo. A origem remonta ao sábio Abaie da Guemará, no tratado Horaiot, página 12.

Abaie ressalta que determinada simbologia que preconizamos em Rosh Hashaná, especialmente na primeira noite, pode influenciar todo o ano em sua essência da maneira como destacamos esta simbologia.

A Torá nos dá um exemplo disto: quando ungimos um Rei de Israel, despejamos azeite sobre sua cabeça, e este ato faz dele um rei de acordo com as instruções da Torá

Quando os reis David e Salomão foram ungidos com azeite, este fora retirado de caixinhas feitas de chifre, assim como o Shofar que tocamos em Rosh Hashaná. Entretanto, quando foram ungidos os Reis Saul e Iehu, o azeite estava numa lata de azeite comum.

O chifre é algo que nasce e se desenvolve na cabeça do animal. Graças a esta simbologia, os reinados de David e Salomão perduraram, e, até os nossos dias, estamos esperando um ungido (Mashiach) da casa de David e Salomão. Contrariamente, os reinados de Saul e Iehu não perduraram pois foram sinalizados com algo que não nasce e se desenvolve (metal comum).

Assim como um sinal que fazemos quando ungimos um rei (azeite dentro de um recipiente feito de chifre) traz alguma influência sobre a continuação do seu reinado, o mesmo acontece quando sinalizamos o ano com algo simbólico.

Isto tomou forma de halachá no Shulchan Aruch e todos os alimentos que ingerimos em Rosh Hashaná tornaram-se símbolos comuns, tanto para Ashkenazim como para Sefaradim. (artigo 583).

Autor: Rav Moshe Bergman
Fonte: Bnei Akiva SP
   

Leia mais nos links

http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/603056/jewish/Rosh-Hashan.htm

http://www.webjudaica.com.br/chaguim/textosFesta.jsp?festaID=11
 

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