sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Terceira Geração Shoah



Essa semana escolhi uma hora para rever o filme "A Lista de Schindler " e sinceramente, algumas partes do relato ainda me comoveram com a mesma intensidade quando o vi pela primeira vez. Não como se antes fosse leiga no assunto, pois desde meus 12 anos leio livros sobre o Holocausto. E como o primeiro foi o Diário de Anne Frank, vi minhas filhas se interessando pelos dilemas da pequena Anne, cerca de 30 anos depois.


Mas, rever o filme foi como reviver toda a dor dos meus irmãos judeus e reacender a velha chama da indignação.











Foi por isso que logo me interessei pela matéria publicada no Jewish Daily Forward sobre  as gerações pós Shoah.



"Um novo estudo realizado por Perella Perlstein, (ela própria uma neta de sobreviventes do Holocausto), foi publicados em julho na peer-reviewed revista científica Traumatologia.










Em seu trabalho ela analisou as respostas de judeus ultra-ortodoxos - netos dos sobreviventes - aos testes psicológicos projetados para medir sintomas de trauma do Holocausto, e  concluiu que esses netos de sobreviventes responderam de forma diferente de outros membros da comunidade ultra-ortodoxa.

Pesquisadores também observaram as reações dos intrevistados e tiveram diferentes opiniões, quando usaram os questionários para medir como o trauma do Holocausto tem afetado as experiências da família de descendentes de segunda geração e terceira geração. Outros já concluiram que o Holocausto não tem impacto indireto traumático sobre a terceira geração.

O estudo da Terceira Geração é um campo relativamente novo, que tem crescido de pesquisas anteriores sobre os efeitos do Holocausto em filhos de sobreviventes. Esse trabalho começou no final dos anos 1960 e início dos 70, concomitante com a diminuição da intensidade dos tabus que cercam a discussão sobre o Holocausto e seu impacto psicológico."


Em relação ao impacto que o Shoah tem sobre mim, embora não seja uma descendentes de sobrevivente, sinto-me com tal, no que diz respeito a indignação, ao descaso com um ser humano.

Mas também há aquela estranha alegria por ter "sobrevivido" e contrariando a tantos, seguido em frente, respirando, vivendo e me impondo como pessoa, como um povo (Am Echad), uma nação!

 
Marion Vaz


Fonte: http://forward.com/articles/162030/can-holocaust-trauma-affect-third-generation/



 



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