quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Heróis e Mártires do Holocausto

                                              

Um artigo sobre Holocausto, Shoah (Hb) pode até não parecer muito agradável nos dias de hoje, mesmo porque ainda existe uma minoria que insiste que ele nunca existiu. Há alguns anos até era fácil manipular a mente das pessoas, mas hoje basta apenas um toque na tecla do computador e teremos uma infinidade de artigos  otos que comprovam as barbáries desse Genocídio.

Foi numa dessas minhas investigações que descobri alguns artigos bem interessantes. Confesso que as fotos me deixam petrificada diante da crueldade feita ao um ser humano.

O artigo que me chamou atenção informava que o jornal Aufbau, de publicação alemã, passou a publicar em setembro de 1944 uma lista de sobreviventes judeus do Holocausto e algumas de vítimas. Estas listas que incluíam 33557 nomes foram revistas por funcionários e voluntários do Memorial do Holocausto dos EUA em Washington, que detectaram que os sobreviventes eram da Europa Ocidental e Oriental e em sua maioria da Alemanha, Áustria e Polônia.

Cópias micro filmadas de Aufbau estão disponíveis em muitas bibliotecas do Memorial do Holocausto.

Em seu artigo Toda vida Européia morreu em Auschwttz. Sebastian Vilar Rodrigues escreve com certa indignação: “Em Auschwttz queimamos uma cultura, pensamento, criatividade e talento. Destruímos o povo escolhido, porque era um povo grande e maravilhoso que mudaria o mundo. A contribuição desse povo sente-se em todas as áreas da vida: ciência, arte, comércio internacional e acima de tudo, como a consciência do mundo. Esse é o povo que queimamos...”

Rodrigues continua escrevendo que numa população de um bilhão e duzentos milhões de pessoas islâmicas, que constitui 20% da população mundial, apenas 7 deles receberam o Prêmio Nobel em literatura, paz e medicina e isso de 1988 a 1999. No entanto, a população de judeus de quase quinze milhões, ou seja, 0.02% da população mundial receberam um total de 128. Assim temos um número expressivo da contribuição dos judeus para o mundo.

Mas o nosso artigo de hoje também deseja eternizar um nome muito importante: Irena Sendler.


Nascida em 1910 a assistente social, Irena Sendler. trabalhava antes da guerra com famílias judias pobres de Varsóvia, a primeira metrópole judia da Europa, onde viviam 400 mil dos 3,5 milhões de judeus de toda a Polônia. 

A partir do outono de 1940, passou a correr muitos riscos ao fornecer alimentos, roupas e medicamentos aos moradores do gueto. Ela tentava persuadir os pais ou avos a permitirem que ela retirasse as crianças pequenas em ambulâncias. Fingia que eles tinham contraído tifo, e retirava-os até mesmo em sacos, cestos de lixo, caixas de ferramentas, carregamentos de mercadorias, sacas de batatas e caixões.

No fim do verão de 1942, Irena Sendler se uniu ao movimento de resistência Zegota, (Conselho de Ajuda aos Judeus).

A polonesa conseguiu retirar de maneira clandestina 2500 crianças do gueto e as alojou entre famílias católicas e conventos.

Sendler foi presa em sua casa em 20 de outubro de 1943.

Durante o período em que ficou detida no quartel-general de Gestapo, foi torturada pelos nazistas que quebraram seus pés e pernas. Ainda assim, ela não deu informações. Logo depois, foi condenada à morte, mas milagrosamente foi salva quando a conduziam à execução por um oficial alemão que a resistência polonesa conseguiu corromper. Irena viveu anos numa cadeira de rodas pelas lesões e torturas feitas pela Gestapo.

Sendler continuou sua luta clandestina sob uma nova identidade até o final da guerra, trabalhando como supervisora de orfanatos e asilos em seu país. Após o término da guerra, ela foi reconhecida por algumas crianças as quais havia salvado. No entanto, foi uma desconhecida durante muitos anos para os poloneses. O mesmo acontecera com Oskar Schindler, que morreu na pobreza na Alemanha, mesmo depois de ter salvo mais de mil judeus.

Apenas em março de 2007 a Polônia lhe prestou uma homenagem solene e seu nome foi proposto ao prêmio Nobel da Paz, mas quem ganhou foi Al Gore.


Irena Sendler faleceu dia 12 de maio de 2008. No entanto, o Yad Vashem, lhe entregou em 1965 o título de Justo entre Nações, destinado aos não-judeus que salvaram judeus durante o Holocausto. Há uma Arvore plantada em sua homenagem na avenida dos justos em Jerusalém.









 Marion Vaz

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Um comentário:

  1. Maravilhosa a trajetória de vida da inesquecível Irena Sendler. Tudo o que for escrito ou falado sobre ela será sempre muito bem lembrado.

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