sábado, 28 de julho de 2012

Tisha BeAv



Pedras do Kotel junto ao Monte do Templo em Jerusalém, que foram jogadas na rua pelos soldados romanos na época da destruição do Templo em 9 de Av


Tisha BeAv é o jejum e dia de luto que lembramos 2 dos mais trágicos eventos da História Judaica que ocorreram no dia 9 do mês de Av — a destruição pelos babilónicos do Templo construído por Salomão, o Primeiro Templo de Jerusalém, e a destruição do Segundo Templo, no ano 70 da nossa era, pelos Romanos.


Esse texto de Nilton Bonder poetiza esse momento de maneira tão impressionante que desejo compartilhar:

"Tisha B'Av não é uma festa sobre a tristeza , mas uma festa da angústia e do desespero. Para os do hemisfério norte , um enigma em pleno verão , onde fica claro - festa da história e não da natureza. Delicioso desespero que a tradição judaica transformou em ironia , a mesma que nos esclarece que "se não fossem pelas lágrimas não perceberíamos o desagregar-se das cores no arco-íris". Depressão que não é down , que é saudade das sombras que o sol a pique nos sabe roubar. Luz que a vela na privacidade da alma segredos que já nascem saudades. Dia de jejum , de sentir o gosto de si mesmo - saliva repleta de gostos nunca mais sentidos , de uma infância questionável , de um futuro incerto..."



O Kotel é parte do que restou do Templo.






No artigo Jerusalém na Consciência Judaica lemos sobre a importancia da cidade:


 Jerusalém


"... Jerusalém é o tópico principal de poesia hebraica pré-moderna, e o Kinot - a liturgia medieval e a liturgia subseqüênte do luto de Tisha BeAv - focando no período e novamente em Jerusalém, como lamentam os julgamentos do povo Judeu ao longo de sua história de exílio.

Como o inevitável ciclo de vida continua e se repete, inseriu-se tradições relacionadas a Jerusalém, para lembrarnos que aquela alegria plena não está completa sem Jerusalém:

  • um prato é quebrado na assinatura de um contrato de noivado;

  • um noivo quebra um copo debaixo da chupá após a cerimônia de casamento;

  • uma pequena seção de parede em toda casa nova é deixadas sem gesso ou sem pintura


  • Por gerações, era impossível para a maioria dos Judeus sonhar em morar em Jerusalém, mas eles participavam apoiando as comunidades que lá residiam, sendo anfitriões de convidados que voltavam de Jerusalém como mais que uma forma de caridade: traziam Jerusalém para todos e todos para Jerusalém - era um modo de vida.


                                                      Maquete da cidade em Jerusalém


    A vida judaica na Diáspora estaria incompleta sem Jerusalém: a esperança de redenção e do retorno do povo a Eretz Israel sempre centrou-se em Jerusalém. É um desejo e uma esperança que são sentidos exacerbadamente e expressos em Tisha BeAv. "

    Fonte: Central Pedagógica da Agência Judaica para Israel




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