quinta-feira, 19 de abril de 2012

A política antissemita do nazismo - Holocausto - Shoah


Sob a doutrina racista do III Reich, cerca de 7,5 milhões de pessoas perderam a dignidade e a vida em campos de concentração, especialmente preparados para matar em escala industrial. Para os nazistas, aqueles que não possuíam sangue ariano não deveriam ser tratados como seres humanos.

A política antissemita do nazismo visou especialmente os Judeus, mas não poupou também ciganos, negros, homossexuais, comunistas e doentes mentais. Estima-se que entre 5,1 milhões e 6 milhões de Judeus tenham sido mortos durante a Segunda Guerra, o que representava na época cerca de 60% da população judaica da Europa. Foram assassinados ainda entre 220 mil e 500 mil ciganos.

O Tribunal de Nuremberg estimou em aproximadamente 275 mil os alemães considerados doentes incuráveis que foram executados, mas há estudos que indicam um número menor, cerca de 170 mil. Não há dados confiáveis a respeito do número de homossexuais, negros e comunistas mortos pelo regime nazista.

A perseguição do III Reich começou logo após a ascensão de Hitler ao poder, no dia 30 de janeiro de 1933. Ele extinguiu partidos políticos, instalou o monopartidarismo e passou a agir duramente contra os opositores do regime, que eram levados a campos de concentração - em março de 1933 já havia 25 mil presos no campo de Dachau, no sul da Alemanha. Livros de autores Judeus e comunistas - entre eles Freud, Marx e Einstein - foram queimados em praça pública. 

A intelectualidade, acuada, só assistia - o Führer tinha o hábito de reprimir violentamente qualquer manifestação de protesto. Os condenados sofriam torturas, eram obrigados a fazer trabalhos forçados ou acabavam morrendo por fome ou doença. Eram também considerados inimigos do III Reich os comunistas, pacifistas e testemunhas de Jeová.

Um mês após H* ter assumido o poder foram baixadas leis anti-judaicas iniciando o boicote econômico. Após a expulsão dos Judeus poloneses da Alemanha, um jovem repatriado, Herschel Grynspan, assassinou em Paris o secretário da embaixada alemã, Ernst von Rath. Isso detonou entre os dias 9 e 11 de novembro de 1938 uma série de perseguições que ficaram conhecidas como a Noite dos Cristais.

Centenas de sinagogas foram incendiadas, 20 mil Judeus foram levados a campos de concentração e 91 foram mortos, segundo informações de fontes alemãs. Cerca de 7 mil lojas foram destruídas e os Judeus ainda foram condenados a pagar uma multa de indenização de 1,5 bilhão de marcos. 

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