terça-feira, 3 de abril de 2012

Da Escravidão da Diáspora para a Verdadeira Liberdade




Na tradição judaica e na história, Pessach é uma das festas caracterizadas por sua diversidade e seus vários significados. É uma festa que comemora saída da escravidão e o Êxodo do Egito; é a festa de unidade nacional do nosso povo no caldeirão da angústia e salvação; a festa da grandeza da família Judaica que conhece a maravilha de estar junta como uma família; é a festa da primavera, na qual o florescimento da natureza simboliza a renovação e o despertar de um povo que se encanta com a vida. Acima de tudo é a festa de liberdade, a liberdade de cada Judeu e a liberdade do povo Judeu.

Não obstante, é responsabilidade de cada um de nós, educador e pedagogo, dirigente e ativista em educação em todo lugar, perguntarmos a nós mesmos se cumprimos na prática, em nossas vidas, esta liberdade e o êxodo da escravidão para a salvação; Somos realmente livres? Pode um Judeu ser completamente livre quando ainda vive em um país estrangeiro? Liberdade não significa a habilidade de uma pessoa para viver e trabalhar no seu país no contexto de idioma, cultura, tradição e costumes, entregues a ele por seus antepassados, que também constituem os elementos básicos de verdadeira e completa liberdade?

Quando nos sentamos juntos na noite do Seder, nós e nossos filhos, lembramo-nos que somente na Terra de Israel e no Estado de Israel é possível deixar de ser escravo da Diáspora completamente e alcançar a verdadeira liberação interna e externa, junto com o resto de nosso povo que veio de todos os cantos da terra para a Terra Prometida, da mesma maneira que nossos antepassados fizeram quando saíram de Egito.

Das Fontes Sagradas

'Sete dias você comerá matzot, mas no primeiro dia manterá a levedura fora de sua casa; porque aquele que comer pão fermentado será cortado do povo de Israel.

O primeiro dia será uma festa, e o sétimo dia será uma festa; nenhuma forma de trabalho será feita, exceto o trabalho que gera alimentação.

Observe este dia de uma geração em geração para sempre. No décimo quarto dia do primeiro mês ao por do sol comerás pão sem levedura, até o vigésimo primeiro dia do mês à noite.'
(Shemot, 12: 14-18)

E Moisés disse ao povo: Lembre-se deste dia no qual saiu do Egito, da escravidão; pois por força de sua mão, D'us te tirou daquele lugar, e nenhum pão fermentado será comido. Você está se libertando neste dia do mês de Aviv. Assim, quando D'us o levar para a terra dos Canaanitas, dos Hititas, dos Amoritas, dos Hivitas, e dos Jebuseus, que Ele jurou a seus pais lhes dar, uma terra onde flui o leite e o mel, você manterá este serviço neste mês. Sete dias você comerá pão sem levedura, e no sétimo dia será uma festa de homenagem a D'us.
(Shemot 12, 3-6)

No primeiro mês, no décimo quarto dia ao por do sol será Pessach de D'us. No 15º deste mês você celebrará o banquete de matzot em honra a D'us, durante sete dias você tem que comer pão sem levedura. No primeiro dia você celebrará uma festa; você não executará nenhum trabalho. Você oferecerá a D'us uma oferenda de fogo durante sete dias. O sétimo dia é festa; você não executará nenhum trabalho.
(Vayikra 23: 5-8)

Rabino Eliezer ha-Kappar disse: Em virtude de quatro coisas os Israelitas foram resgatados do Egito: eles não mudaram seu nome, não mudaram seu o idioma, eles não revelaram seus segredos, e não aboliram o Brit Milá.
(Midrash Sohar Tov, 114)

Rabino Ishmael comparou o êxodo do Egito a uma pomba que tinha fugido das presas de uma ave de rapina e, ao achar refúgio numa fenda de rocha, viu que uma cobra havia se aninhado ali. Se a pomba entrasse na fenda, certamente seria mordida pela cobra e se recuasse seria capturada pela ave de rapina. Como resolver este dilema? Começou a fazer um barulho e bater suas asas de forma que o dono do pombal veio salvá-la. Assim é como os Israelitas agiram em seu dilema. Eles não puderam entrar adiante no mar porque o mar não havia se aberto, nem poderiam recuar, porque o Faraó estava se aproximando rapidamente. O que fizeram? (Shemot 14:10) "Eles tinham muito medo... e os Filhos de Israel choraram a D'us". Imediatamente (Shemot 14:30), "D'us os salvou naquele dia."
(Shir Hashirim Rabbah, 2)

Naquele momento os anjos desejaram cantar um hino para D'us. E Ele lhes disse: Minhas criaturas estão se afogando no mar e vocês desejam cantar?!
(Midrash Avkir; Meguilá 10)

Em cada geração, cada homem deve considerar como se ele tivesse saído pessoalmente do Egito. Há pessoas que fazem perguntas difíceis: O que nos trouxe o êxodo, já que somos oprimidos em outras nações? Qual a diferença entre o Egito e outros reinos? E eu digo que, quando o Israel saiu de Egito, eles receberam o bem em essência até que se tornaram merecedores de serem homens livres pelo seu mérito. Este é o mérito mundial de Israel, que eles são merecedores de ser livres pelo seu próprio mérito.
(O Maharal de Praga)



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