quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Barril de Pólvora



Oriente Médio - Um barril de pólvora!
Razões que levam a Guerra.

Existem muitas razões que levam as guerras em todo o mundo 1. Vejamos algumas:

- Guerra provocada pelo combate a organizações terroristas.

- Disputa por reservas de petróleo, diamantes e outras riquezas.

- Guerras por grupos que lutam pela independência.

- Conflitos determinados pelas diferenças étnicas e extremismo religioso. 
                       
Os conflitos no Oriente Médio entre Israel e seus quatro vizinhos: Líbano, Síria, Jordânia e Egito eram constantes. A frase mais conhecida: “Vamos varrer Israel do mapa!”  É um desesperado apelo de líderes aos diversos grupos terroristas que insistem nessa missão suicida.
                  
“A tão sonhada paz depende de uma convivência pacífica entre Israel e seus vizinhos e palestinos que ocupam a Faixa de Gaza e a Cisjordânia".2
                  
O certo é que desde que Ben Gurion proclamou a Independência, Israel tem enfrentado verdadeiros bombardeios que ora chegam atravessando os céus, ora através da Mídia. Vejamos agora algumas das guerras enfrentadas por Israel.


Guerra de Independência 1948-1949

                   
Também chamada guerra de libertação. Para os israelenses a disputa pela posse do território era também uma questão de sobrevivência. A força de defesa Haganah se transformou na força armada do novo Estado. As manchetes estampadas nos jornais da época informavam a situação naquela parte do Oriente Médio. 

Ao final de nove meses de combate o território em posse dos israelenses havia aumentado em 23,5% A guerra de independência criou um problema que até hoje preocupa a ONU, mais de 700 mil palestinos refugiaram-se nos países vizinhos. A Vitória de Israel foi um marco na história do povo: “Estamos aqui, esse é nosso lugar e não vamos abrir mão dele!” - Uma frase que pode se ler nas entrelinhas.


Guerra de Suez 1956

                   
Em julho Gamal abdel Nasser nacionalizou canal de Suez e incentivando refugiados palestinos a promoverem ações terroristas contra Israel. A ideia era que Israel atacasse primeiro e que França e Grã-bretanha entrevissem na situação. 

Em outubro começa a guerra de Suez. Contando com aviões mais modernos a Força Aérea de Israel faz um ataque relâmpago às forças egípcias e em aproximadamente 100 horas quase toda Península do Sinai fica sob controle dos israelenses.
                   
Fim do conflito. As Forças de Paz da ONU, incluindo tropas brasileiras, podiam ser deslocadas para outra a região. Seria uma garantia de que os egípcios não voltariam a atacar os israelenses e deixariam de patrocinar o terrorismo? Israel decide abandonar o Sinai. 

Nasser não se sente mais ameaçado e ordena o bloqueio do estreito do Tirã, no Mar Vermelho. Assim fechava uma importante rota comercial israelense, pela qual passava a maior parte das importações de petróleo rumo ao porto de Eilat. Israel não iria ficar de braços cruzados.

Guerra dos Seis Dias - 1967                   
O acúmulo de tensões entre árabes e israelenses leva a uma segunda guerra. Israel defende-se contra atacando o Egito, à Síria e a Jordânia, em junho de 1967. O episódio, conhecido como Guerra dos Seis Dias, termina em 10 de junho com a vitória de Israel e a conquista do Sinai, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, das Colinas de Golan, na Síria, e da zona oriental de Jerusalém, que é imediatamente anexada ao Estado israelense.    

               
Atribui-se ao general Moshe Dayan o título de gênio da estratégia militar por essa vitória esmagadora. Durante o governo de Golda Meir, ele comandou o Ministério de Defesa de Israel. 










Essa guerra foi motivo de estudo em academias militares pelo modo brilhante do ataque israelense onde aviões foram destruídos mesmo antes de saírem do solo. 350 aeronaves árabes só no primeiro dia de combate.                   
Os israelenses assumiram o controle do setor oriental de Jerusalém dezenove anos após a fundação do Estado de Israel, recuperam o Muro das Lamentações 2000 anos após terem sido expulsos dali pelo exército do Império Romano.                   
Religiosos judeus passaram a invocar o Grande Israel dos tempos bíblicos como nos tempos de Davi. O governo israelense cedeu às pressões de construir assentamentos nos territórios recém ocupados.                  
O terrorismo palestino contra Israel intensifica-se a partir da eleição para a presidência da OLP, em 1969, de Yasser Arafat, chefe da organização guerrilheira Al Fatah. Em represália, a aviação israelense faz constantes bombardeios na Síria e no Líbano, onde a OLP mantém bases militares.[3]
 
Guerra de Atrito                 
A guerra de atrito é uma espécie de conflito militar em câmera lenta”[4]. O canal de Suez foi fechado à navegação. O Egito dominava uma de suas margens enquanto a outra ficava sob controle de Israel. 






O duelo entre Egito e Israel se arrastava em ataques com artilharia, aviões e forças especiais. Uma investida do Egito contra o destróier Eilat indicava que a marinha israelense deveria investir mais recursos em desenvolvimento tecnológico. Surge Gabriel – um poderoso míssil.

Guerra do Yom Kippur – 1973
                  
Uma nova guerra eclode em 3 de outubro de 1973, no feriado judaico do Yom Kippur (Dia do Perdão). Num ataque surpresa, tropas do Egito e da Síria avançam no Sinai e em Golan, mas são repelidas dias depois. 

Os EUA e a URSS obrigam Israel a interromper a contra ofensiva e a assinar um cessar fogo. O petróleo passa a ser uma arma de guerra nas mãos dos árabes e usam a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para boicotar o fornecimento aos países que apoiam Israel e provocam pânico mundial com o aumento nos preços.
                    
Os árabes conseguem sucessos iniciais graças a mísseis soviéticos antitanque e antiaéreos. “Um punhado de heróis israelenses a bordo de tanques de fabricação britânica – Centurion – embota o ataque sírio. Uma contra ofensiva a capital Damasco foi o passo seguinte.”[5] Tropas egípcias também sofrem perdas significativas no Sinai.
                   
Em novembro de 1977, o presidente egípcio Anuar Sadat faz uma visita a Jerusalém, o que é visto como um reconhecimento do Estado de Israel. A iniciativa abre caminho para os acordos de Camp David (1978-1979), com o objetivo de estabelecer a paz entre Israel e Egito, firmam-se  compromissos de negociar a autonomia dos territórios palestinos. Israel inicia a retirada do Sinai, que é devolvido ao Egito em 1982. O mundo árabe repudia os acordos de Camp David e expulsa o Egito da Liga Árabe.
                    
Anexando as Colinas de Golan como parte de seu território, Israel aumenta a tensão com a Síria e Líbano.

Guerra do Líbano – 1982
                   
Em junho de 1982, o Exército israelense invade o Líbano e cerca Beirute, onde denuncia estar instalado o quartel general da OLP.  Em 1983, os israelenses retiram-se do sul do Líbano, palco de ataques frequentes dos xiitas libaneses. Mas a retirada só se completa em 1985, mantendo ainda controle de uma estreita faixa de território próxima à fronteira. Surge o grupo islâmico Hezbollah aliados ao Irã. 

Até a retirada total de Israel do Líbano em 2000, foi o Hezbollah a principal fonte de ataques a Israel. Uma nova onda ataques a Israel deu início em 2006 e nos 32 dias de conflito, 4 mil mísseis katyushas foram disparados contra Israel. Em resposta, Israel contra ataca e destrói muita das estruturas reconstruída pelo Líbano na primeira ocupação. Mas o objetivo principal era eliminar guerrilheiros e proteger o Norte de Israel.

Intifada – 1987
                    
Em 9 de dezembro de 1987 eclode a rebelião palestina nos territórios ocupados conhecida como Intifada , do árabe “revolta das pedras”. A insurreição alastra-se até o setor árabe de Jerusalém. Israel reprime com brutalidade, sofrendo severa condenação do Conselho de Segurança da ONU. Israel começa a receber a imigração maciça de judeus da União Soviética em desagregação. 

Os EUA pressionam Israel a suspender a instalação de colônias judaicas na Cisjordânia e negociar com os palestinos. Yitzhak Shamir, Primeiro Ministro de Israel, rejeita o arranjo norte americano. Em janeiro de 1991, durante a Guerra do Golfo (1990/91), Israel é bombardeado com mísseis Scud lançados pelo Iraque. O governo norte-americano pede ao país que não revide.
Acordo de paz – Os EUA pressionam um acordo de paz entre Israel e seus vizinhos árabes após a Guerra do Golfo. Em outubro de 1991, realiza-se uma conferência “simbólica” árabe-israelense em Madri, na Espanha. Representantes palestinos participam como membros da delegação jordaniana, diante da recusa israelense em negociar com a OLP. O processo de paz inaugurado em Madri, no entanto, é levado em banho maria pelo governo Shamir.
                   
No início de 1995, dois militantes suicidas do grupo extremista islâmico Hamas explodem bombas num ponto de ônibus em Netanya. Morrem 21 judeus. Em resposta, o governo israelense fecha a fronteira, impedindo milhares de palestinos de trabalhar no país. Em março, Israel e a OLP retomam as negociações. Em 24 de setembro, Israel e OLP firmam o acordo de autonomia à Palestina inteira, após Israel ter assegurado a sua presença militar em Hebrom, em caráter provisório, para proteger os colonos judeus.
                    
Em 1995 o Primeiro Ministro Yitzhak Rabin eleito após a saída de Shamir em 1992, sofre um atentado e é morto por um militante extremista judeu na cidade de Tel Aviv após um movimento pacifista. De 1994 a 1996 houve cerca de vinte atentados terroristas contra Israel. O país também sofre com problemas internos relacionados aos partidos políticos, corrupção, protestos e greves. Uma rebelião palestina em 1996 tem por motivo a construção de um túnel que une a Via dolorosa ao Muro Ocidental.

A Segunda Intifada
                   
Em 2000, Ariel Sharon faz uma visita ao Monte do Templo, área administrada pelos palestinos. É o estopim para a segunda Intifada. O ciclo de violência e atentados congela as conversações e a paz é novamente adiada. Os ataques em mercados, feiras, boates, restaurantes se intensificaram. Eleito Primeiro-Ministro em 2001, Sharon muda sua postura em relação aos terroristas palestinos. As retaliações israelenses em territórios palestinos vitimaram a população e revoltou os países árabes.

Segunda Intervenção no Líbano
                   
Após um ataque do Hezbollah em 2006 que vitimou nove soldados israelenses, eles continuaram a bombardear cidades do norte de Israel com mísseis katyusha fornecidos pelo Irã.
                   
A solução era invadir o Líbano e contra atacar, destruindo as bases inimigas. As perdas militares, econômicas e humanas não intimidaram os terroristas que intensificaram os ataques contra Israel. Após trinta e dois dias de conflito, um cessar fogo foi negociado com a intervenção dos EUA e da França que prometeram a entrada de tropas internacionais no espaço sul do Líbano.

Faixa de Gaza
                   
Ainda no ano de 2006, Israel encontrou na Faixa de Gaza outro grupo terrorista. Após a retirada de colonos judeus daquela área e a devolução do território houve centenas de atentados as cidades israelenses. E numa investida contra o grupo terrorista Hamas, um soldado israelense é capturado: Gilad Shalit. O rapaz de 23 anos é feito prisioneiro e transformando num refém por cinco anos.
                   

Foram décadas de ataques terroristas que o mundo não tomou conhecimento. A partir de 11 de setembro, com um ataque as torres do Word Trade Center, tragédia que abalou o mundo inteiro, houve mudanças consideráveis no modo de enxergar os terroristas. Afinal, enquanto a área de ataque se restringia apenas ao Oriente Médio, a sociedade não precisava se preocupar. Mas eles chegaram até o EUA.

Existem muitos relatórios considerando o episódio e suas conseqüências como outros fatores. Mas o certo é que a partir desta data o terrorismo passou a ser combatido como uma ameaça global. Assim, o que acontecia nos territórios israelenses deixava de passar despercebido.


Hoje, Israel continua enfrentando conflitos internos e sociais. E parecem que  a "guerra" não tem fim.                
Mas será que ainda estamos longe da paz? Os combates a Israel, não se restringem apenas à força armada. Eles estão por toda parte através de jornais e revistas. Querem a todo custo denegrir a imagem de Israel invertendo os papeis e colocando-o como vilão da história. 



Numa dessas loucas tentativas, presenciei em pleno centro comercial do Rio de Janeiro, uma faixa com informações equivocadas, que podiam ser lidas por qualquer um que  transitasse por ali. No primeiro momento fiquei com raiva. Que absurdo! Pensei. Mas isso me levou a pensar em muitas coisas que agora exponho nessa obra. Israel não é o vilão.  
                
O meu apelo é para que oremos pela paz. Que Shalom seja uma realidade e não apenas um slogan decorativo nos vidros dos carros, nas Conferências governamentais ou nas notícias dos jornais.

Osse shalom bimrovav
Hu iaasé shalom aleinu
Veál kol Israel
Veimrú amén

“Aquele que faz a paz nas alturas, Ele estabelecerá a paz sobre nós
e sobre todo Israel; e digam amém.”

Marion Vaz

Texto extraído do livro Eretz Israel e Marion Vaz


 Fonte de Pesquisa:
[1] Super Interessante. Todas as guerras do mundo. Rio de janeiro. Editora Abril. 2007
[2] TOUEG,  Gabriel. Aventura na História. Israel 60 anos da criação de um estado. Rio de Janeiro. Ed. Abril. 2007. p, 43
[3]  Aventura na História. Israel 60 anos da criação de um estado. Rio de Janeiro. Ed. Abril. 2007. p, 43
[4]  Id. p, 34
[5] NETO, Ricardo B. Barril de Pólvora. Revista Galileu História. Rio de Janeiro. Ed. Globo. 2006. p,24

2 comentários:

  1. Excelente postagem. Muito enriquecedor as informações e comentários para os que se interessam por essa nação guerreira, vitoriosa e sobretudo abençoada por Deus.

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    1. Sem dúvida, temos em Israel um exemplo vivo do poder e do amor do Eterno D-us para com uma nação. Shalom.

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