terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Da Travessia do Mar Vermelho ao caminho da Esperança

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A história do Êxodos de Israel do Egito é sem dúvida uma história de fatos, fé e significados tanto para a vida quanto para o espiritual. O Senhor libertou o seu povo da escravidão nas terras egípcias e os direcionou pelo caminhos do deserto, caminho de aprendizado, caminho de esperança. Estamos tão acostumados a pensar no deserto como um lugar de morte, de castigo, de fome, que não nos damos conta, do quanto o povo de Israel precisava daquele tempo de intimidade com o Eterno.

A travessia pelo Mar Vermelho é algo que nos deixa impactados. O vento leste soprando a noite inteira e aquela visão das águas emparedadas a direita e a esquerda, deve ter deixado o povo atônico. A ordem agora era para marchar, sem medo, por um caminho entre as águas até chegar do outro lado. Um milagre sobrenatural que seguiria à frente do povo de Israel em qualquer território que chegassem. A liberdade conquistada não era algo superficial, mas tinha um significado mais profundo.

A presença do Eterno numa coluna de nuvem acima de suas cabeças protegia o povo durante o dia, a coluna de fogo a noite os aquecia. O barulho ensurdecedor das águas não assustou os egípcios que logo seguiram após eles. Mas o milagre era só para o povo de Israel e assim que alcançaram a outra margem, Moisés estende sua mão sobre o mar e as águas voltam ao estado original. Então os egípcios experimentaram a violência das águas que cobriram seus cavalos e carros de guerra e todo o exército de Faraó pereceu no mar.

Mas se de um lado do mar tinha choro e angústia, do outro lado da margem tinha festa, cânticos e danças. E mais uma vez o povo de Israel viu o agir de D-us. Mas o caminho para a Terra Prometida estava apenas começando. Caminho longo. Os anos no deserto seriam fartos de ensinamentos, eles seriam alimentados física e espiritualmente. O Tabernáculo erguido centralizava a comunhão com o Eterno, mitzvot e ordenanças que fariam a diferença entre o povo do Deus Altíssimo e das demais nações. 

Os anciões não chegaram na terra prometida, mas os meninos que nasceram e cresceram no deserto se fortaleciam dia a dia na esperança do cumprimento da promessa feita aos patriarcas. Ao chegar em Eretz seriam homens valentes e destemidos que lutariam com bravura até que a promessa de D-us se tornasse realidade.



Marion Vaz

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