Ao conquistar sua soberania Israel também conquistou um território que hoje aparece nos mapas.
O termo Palestina apareceu com ingleses e não tem
apoio em textos anteriores a essa data. Em textos bíblicos temos a Filístia –
região costeira ao Mediterrâneo e cujos habitantes eram os filisteus.
No entanto, o termo Palestina é hoje, constantemente mencionado para indicar
o território de Israel e aparece em muitos mapas e artigos em diversos jornais,
revistas, blogs na Internet.
O interessante é como o uso de uma determinada palavra
(qualquer palavra) passa a denominar lugares, pessoas, fé, atitudes. É só olhar
em volta e podemos presenciar isso, principalmente quando há envolvimento do
próprio homem.
A palavra Palestina que somente no último século
passou a denominar um território pode ser encontrada em vários textos escritos
principalmente naqueles relacionados à religião. A História dos Hebreus, por
exemplo, publicada num encarte de jornal, traz o termo palestina para designar
o território de Israel numa época em que os cananeus habitavam ali.
Outro exemplo prático é o próprio termo Canaã, a terra
dos cananeus, o lugar indicado para qual o patriarca Abraão deveria seguir, mas
que também é o termo usado pelos cristãos para definir o lugar aonde desejam
chegar: A Eterna Canaã. E assim, um lugar aonde a idolatria imperava, assumiu o
lugar da Terra Prometida (que hoje é Israel) no conceito religioso dos povos.
Da mesma forma existe um consenso comum na religião
cristã quanto a personagens do Antigo Testamento, estes cujo conceito religioso
monoteísta era vinculado à religião de Israel, hoje são proclamados como
membros dessa crença. Assim, passagens do AT são lidas e explicadas (ou
distorcidas) em função da fé cristã.
Alguns desdobramentos, que infelizmente são apoiados
até mesmo pela falta de conhecimento do próprio contexto social e político da
época, implicam numa inverdade. Tais argumentos relativos à fé e ao
comportamento de personagens bíblicos deram origem as falácias e mitos, ao ceticismo
e ao comprometimento do texto sagrado, mas que na presente década agrada a uns
e outros.
Assim também, no contexto político da nossa época,
Cisjordânia é um território bastante defendido como ideal de pátria para o povo
palestino. No entanto, esse lugar hoje nada mais é do que parte do território
israelense que vem sendo controlado pelo Governo de Israel. Mas segundo muitos
estudiosos e leigos a paz no Oriente Médio depende da partilha e a eleição de
um Estado palestino.
Esse desejo de partilha é fortalecido pela indecisão das
Organizações Unidas em proclamar publicamente, o que já é de consenso, a cidade de Jerusalém como capital de Israel.
Jerusalém
O absurdo maior é que encontramos o termo Palestina
em mapas bíblicos definindo todo o território israelense em épocas anteriores
ao primeiro século da era cristã, quando biblicamente aquela extensão de terra era
conhecida como terra de Israel, terra de Judá, Tzion (palavras usadas no texto
sagrado).
Essa nomenclatura acaba fortalecendo a opinião dos
palestinos de serem os donos da terra e implica em sérias divergências,
principalmente em relação às profecias bíblicas que desde os primórdios são as
detentoras da veracidade da herança e do pacto de D-us com os patriarcas e sua
descendência.
Estamos diante de um verdadeiro “apocalipse” dos
textos bíblicos, pois a divulgação desses termos e sua crescente adaptação ao
nosso cotidiano sem dúvida desviam e
descaracterizam a própria Palavra do Eterno D-us e seus propósitos para
com o povo de Israel.
Marion Vaz
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