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"Sion tem sido como um sinal na vida e sobrevida do povo judeu, um sinal de identidade e de identificação.
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Com o tempo, a designação Sion estendeu-se ao monte onde se achava a fortaleza, passando mais tarde a indicar também o Templo, a cidade de Jerusalém e toda a terra de Israel.
O termo, contudo, prosseguiu-se se ampliando e passou a ter, além de um sentido objetivo e denotativo, um significado subjetivo e conotativo, e é possível afirmar que Sion, como conceito afetivo e abrangente, corresponde à totalidade judaica, o que significa todas as formas de expressão reunidas:
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espiritualidade e materialidade, fé e nação, oração e agricultura, o sagrado e o profano e tudo o que representa a vida e a alma judaica. Resumindo, se fosse possível reunir as idéias de Deus, lei, povo e terra em um só termo, este termo seria Sion.
A importância da terra de Israel na existência e continuidade do judaísmo é expressa no próprio texto bíblico, a Torá, na passagem que relata a origem do povo judeu sob a influência do patriarca Abraham.
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Ele teria recebido de Deus a ordem de abandonar a sua terra e a casa de seus pais para dirigir-se a Canaã, onde teria uma numerosa descendência, a qual deveria de se tornar uma grande nação.
Tal passagem acha-se em Gênesis 12.1,2 e 7, com a fala de Deus a Abraham, que àquele tempo, era ainda Abram:
Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei: de ti farei uma grande nação e te abençoarei, e engrandecerei o teu nome (...) Darei à tua descendência esta terra.”
Tova Sender
Fonte: Livro Iniciação ao Judaísmo, p. 37,38
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