sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Simchat Torá


A Festa de Simchat Torá

Em algum ponto após o século XII, Shmini Atzeret também passou a ser conhecido como Simchat Torá, "a alegria da Torá". Na Diáspora, este nome foi dado somente ao segundo dia de Shmini Atzeret.



A Base

Apesar de o nome não ser conhecido no período talmúdico, a prática de ler o último capítulo da Torá, Deuteronômio 33-34, neste dia, foi definida pelo Talmud. Desta prática, gradualmente, surgiu uma tradição de uma celebração especial e alegre para marcar o término da leitura da Torá.

A base para tal celebração encontra-se no Midrash que descrevia Salomão como tendo feito um banquete especial depois que foi presenteado com sua sabedoria. Disse Rabi Eleazar:

"Daí podemos deduzir que fazemos uma festa para marcar a conclusão da Torá, pois quando D'us disse a Salomão: 'Eu te dei um coração sábio e compreensivo como não dei a ninguém antes ou depois de você...' e ele imediartamente fez uma festa para todos os seus súditos para celebrar o evento, é apenas adequado fazer um banquete e celebrar o término da Torá."

O Desenvolvimento

Enquanto a tradição de alegria adicional neste última dia do feriado de Sucot em homenagem ao término da leitura da Torá começou durante o nono e décimo séculos da era comum, no tempo dos Geonim, o nome Simchat Torá passou a ser usado ainda mais tarde.

O costume de ler a última porção da Torá foi definido pelo Talmud, mas a leitura do primeiro capítulo do Gênesis não foi introduzida em Simchat Torá até algum tempo depois do século XII.

As razões para esta leitura adicional foram:

1) para indicar que "assim como éramos privilegiados por assistir o término da leitura, deveríamos também ser privilegiados por testemunhar o início";

2) para prevenir o Satã de acusar Israel de que eles estavam felizes por terminar a Torá (no sentido de se livrar dela) e não se preocupavam em continuar a lê-la.

Inicialmente era costume que a mesma pessoa que completava a leitura do Deuteronômio lia a o capítulo do Gênesis de cor, sem ler do Rolo da Torá, considerando que "dois rolos não podem ser levados pelo mesmo leitor."

Eventualmente, a prática se desenvolveu e passou a chamar-se duas pessoas diferentes, uma para a leitura da última porção do Deuteronômio, e outra para a primeira porção do Gênesis, e dois rolos distintos passaram a ser usados.

A Honra

Cada uma desta aliot (chamadas à leitura da Torá) passou a ser vista como uma grande honra.

As pessoas honradas com as leituras são chamadas Chatanim, noivos (da Lei). Aquele que preside o término do Deuteronômio é chamado de Chatan Torá (noivo da Torá), e o que preside o início do Gênesis é chamado de Chatan Bereshit (noivo do Genêsis).

Passou a ser costume que homens tão honrados oferecessem uma refeição festiva neste dia. Hoje em dia, estas pessoas honradas usualmente oferecem um Kidush após o serviço religioso.

Música e Dança no Circuito

Além das passagens prescritas, é comum que a congregação se junte para cantar várias outras músicas, geralmente versos da Torá ou do sidur que foram musicados.

Também é prática nas congregações mais tradicionais que os presentes unam-se à roda e dancem entre cada volta. Os que estão carregando os rolos da Torá também entram na dança.

Nas yeshivot, escolas de estudos judaicos, e nas congregações onde a juventude tradicional predomina, a cantoria e dança que acompanham as hacafot podem durar por muitas horas. Muitas vezes são continuadas para o lado de fora da sinagoga, oferecendo cenas de alegria e extase.


Crianças pequenas geralmente recebem bandeiras decorativas, ou rolos da Torá em miniatura para seguirem os rolos da Torá nas comemorações.


Fonte: http://www.webjudaica.com.br/chaguim/

Nenhum comentário:

Postar um comentário