Após a visão do vale dos ossos secos (Ez 37), o profeta Ezequiel faz menção a uma ordem de Deus concernente a Israel. A partir do versículo 15 Ezequiel recebe a autorização de unir duas varas, cujo significado reflete na união dos reinos de Israel e Judá, divididos após a morte de Salomão. Num pedaço de madeira o profeta deveria escrever “por Judá”, no outro “por José”. As duas varas ficariam unidas na mão de Ezequiel. O significado desse ato é revelado no vs 22: “nunca mais serão duas nações, nunca mais para o futuro se dividirão em dois reinos”.
Uma leitura minuciosa do capítulo aponta para o ressurgimento de Israel como nação em seu território, o que aconteceu em 1948. O vs 21 mostra o desejo de Deus no retorno do seu povo espalhado por todos os cantos do mundo para a terra prometida aos patriarcas Abrão, Isaque e Jacó. O episódio é comemorado hoje em Israel como Yom Haatzmaut - Dia da Independência. Mas o texto também menciona o reinado de Davi e um descendente que sentaria em seu trono para sempre, o que nos leva ao Milênio, quando o Messias de Israel reinará e trará a paz para toda a terra (vs 24-28).
O que nos chama atenção nos dias atuais é a intervenção das grandes potências e Organizações que insistem na partilha do território em duas nações, opondo-se abertamente ao texto sagrado. Por inúmeras vezes ouvimos declarações a respeito da necessidade de um Estado palestino, da divisão de Jerusalém para que se torne capital da Cisjordânia, dos direitos de cada cidadão, dos assentamentos, das construções de casas na área oriental de Jerusalém. Polêmicas que tem ocupado as páginas dos jornais e manchetes na Internet.
O nosso presidente da República esteve em Israel declarando sua opinião a respeito da paz no Oriente Médio e defendeu a idéia de um Estado palestino. Como se nós não tivéssemos problemas suficientes aqui no Brasil para serem resolvidos, nossas autoridades defendem uma política de apoio a determinados líderes como, por exemplo, Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã.
Independente da opinião de “A” ou de “B”, a Palavra é bem clara: Nunca mais serão duas nações! Não existe um meio termo, ou um “jeitinho carioca” ou qualquer politicagem que insista na divisão do território que não vá ofuscar o que a Palavra de Deus já designou.
A convivência pacífica entre judeus, árabes e dezenas de outros grupos étnicos e religiosos tem sido a preocupação do Governo de Israel. Principalmente em Jerusalém, cuja miscigenação de crenças e tradições das três grandes religiões, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, procuram se harmonizar paulatinamente.
A construção de residências no solo israelense faz parte de um programa habitacional do governo para garantir o bem estar do seu povo, não só nas grandes cidades como em regiões despovoadas como o deserto, que cobre cerca de 50% do território. Campanhas acirradas e Aliyah (palavra hebraica que convida ao retorno a terra de Israel judeus da diáspora) promovem a vinda de judeus para Israel, como aconteceu nos primórdios da colonização do país nas décadas de 40.
O que me incomoda é que Israel seja severamente criticado por uma política administrativa, como se seus líderes e ministros não fossem capacitados para terem o controle de sua própria terra. Ninguém critica outros países por promoverem o bem estar da população como no caso dos EUA, Brasil, França, Japão. Alguém manda a China parar com o controle da natalidade? Alguém define o padrão de vida no Alasca? (Ps: os nomes foram dados aleatoriamente).
A nossa política brasileira também é de que todos tenham residência e possam viver com dignidade. Saneamento básico, água, luz, infra-estrutura. Brigamos por melhores condições de trabalho, por melhores hospitais, estradas, etc. Defendemos direitos iguais para todos independente de raça, credo e ascensão social. O que não implica em negar os mesmos direitos à população palestina. Mas ninguém quer dividir o Rio de Janeiro ao meio.
Então por que essa “guerra” inflamada contra Israel? Estariam os homens conspirando para não cumprimento da Palavra de Deus? Aqueles que se associam nessas investidas, desconhecem os textos sagrados? Ou simplesmente, ignoram o que o Eterno Deus de Israel prometeu ao seu povo?
Acreditamos que haverá uma época em que Israel terá domínio sobre todo o território da promessa feita a Abraão. Devemos ter cuidado com determinadas manifestações públicas, que mascaram seus objetivos, por trás de uma política de defesa de direitos humanos, tentando adiar ou optando pelo não cumprimento da Palavra de Deus.
Marion Vaz
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