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A Torá refere-se a Sucot como "a época de nossa alegria" pois, além de ser uma das festas judaicas mais alegres, compensa a solenidade e a gravidade dos dias que vão de Rosh Hashaná a Yom Kipur.
Sucot é uma das três festas de peregrinação prescritas na Torá e, na época do Grande Templo, os judeus de todas as partes dirigiam-se em peregrinação a Jerusalém para comemorá-la. Sucot inicia-se no dia 15 de Tishrei, duas semanas após Rosh Hashaná, e tem a duração de 7 dias. No oitavo dia comemoramos Shemini Atzeret e, no nono, Simchat Torá.
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Em Sucot comemora-se a generosidade e a proteção que D'us dispensa a seu povo. Em Israel, Sucot coincide com o fim da estação da colheita, uma época em que D'us mostra Sua generosidade ao prover ao homem - através da natureza - os meios para seu sustento.
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A Sucá
Os preparos para festa de Sucot começam imediatamente após Yom Kipur, com o início da construção de frágeis e temporárias cabanas, as sucot (plural de sucá), dentro da quais, durante os sete dias da duração da festa, nós, judeus, devemos fazer nossas refeições e até mesmo dormir. O teto de uma sucá é feito de galhos ou plantas verdes, finos o bastante para deixar passar a chuva e permitir-nos avistar, através de seus orifícios, o brilho das estrelas.
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Apesar das nuvens terem desaparecido na véspera da entrada dos filhos de Israel na Terra Prometida, os judeus de todas as gerações nunca deixaram de acreditar na Proteção Divina.
A sucá é denominada pelos nossos sábios de Tselá Demehemenutá - a sombra da fé, pois ao entrar dentro de uma sucá, demonstramos que toda nossa fé e segurança estão depositadas nas mãos do Criador. Ao deixar o conforto de nossas casas e a segurança de nossos lares, é lá, sob as folhas da sucá, que nos conscientizamos de nossas próprias limitações, pois sabemos que não bastam os tijolos das casas para proporcionar a proteção definitiva. Sem o olhar e a bênção do Todo-Poderoso, nossa fragilidade está sujeita às intempéries da vida e de nossa condição de mortais.
As 4 espécies
Durante Sucot, além de comer e dormir debaixo de uma sucá, todo judeu deve também fazer todos os dias, com exceção do Shabat, as bênçãos sobre as "quatro espécies": etrog (fruta cítrica), lulav (folhas de palmeiras), hadas (ramo de mirta) e aravá (ramo de salgueiro).
Nossos sábios afirmam que são reservadas bênçãos especiais para todos aqueles que selecionam, unem os quatro tipos de plantas e fazem as orações sobre as mesmas. Estes ramos contendo as "quatro espécies", arbat haminim, são agitados para as seis direções do espaço: nas quatros direções do quadrante, para cima e para baixo. Com isto está-se reconhecendo que D'us se encontra em toda parte. Cada uma das espécies do mundo vegetal possui um significado particular, mas só quando estão reunidas se completam.
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Segundo nossos sábios, as quatro espécies representam também os quatro tipos de judeus. O lulav - sem cheiro, porém com frutos, representa o judeu que conhece a Torá, mas não cumpre suas mitzvot. O hadas - que possui aroma, mas não frutos, simboliza o judeu que cumpre as mitzvot, mas não conhece a Torá. O aravá - sem aroma e sem frutos simboliza o indivíduo que desconhece a Torá e não cumpre as mitzvot. O etrog - cheiroso e fértil representa o judeu completo, que conhece a Torá e cumpre as mitzvot.
D'us diz que nenhum dos quatro tipos se perderá, se estiverem juntos, pois as bênçãos de um se estenderão aos demais, levando à união do povo judeu, que se movimentará de uma só maneira, assim como ocorre com as quatro espécies em Sucot.
Fonte: http://www.webjudaica.com.br/chaguim/
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