sexta-feira, 31 de julho de 2015

Tu BeAv








O costume judaico moderno mais amplamente difundido é de se marcar casamentos em Tu BeAv. Na Israel moderna, os kibutzim reavivaram o festival da colheita da uva como Chag HaKeramim. 


Tu BeAv possui vários significados, dos quais vários têm uma interpretação moderna. O feriado foi instituído na época do Segundo Templo, para marcar o início da colheita da uva. Como Iom Kipur também marca o fim da colheita de uva, a Mishná registra que em ambas as datas as meninas solteiras de Jerusalém vestiam-se com vestimentas brancas emprestadas e saíam para dançar nos vinhedos [Ta'anit 4:8



"pois nestes dias as moças solteiras de Jerusalém costumavam sair com vestidos brancos e dançar nos vinhedos. O que diziam? Jovens rapazes, abram seus olhos e vejam o que escolhem para si." 









Então, não está longe disto a associação da festa com casamentos, embora este costume provavelmente venha de um período ainda mais antigo.



No judaísmo, o amor cumpre um papel ainda mais importante. O grande cabalista Rabi Chaim Vital define o amor da seguinte forma: a palavra hebraica AHAVA (amor) tem o valor numérico 13. O valor numérico do Nome de D'us é 26 (10+5+6+5). Assim, quando duas pessoas se amam mutuamente, a combinação de seu amor (13+13), faz com que o Todo-Poderoso (26) esteja cada vez mais presente entre eles. 






Portanto, procure seu amor e ame-o intensamente, seja ele seus pais, familiares, amigos, cônjuges ou namorados. Somente quando duas pessoas compartilham suas existências, com troca e harmonia, é que D'us se faz presente.

sábado, 25 de julho de 2015

Tishá BeAv - Período de Reflexão


Maquete - Jerusalém



Tishá BeAv, o nono dia do mês hebraico de Av, é tradicionalmente um dia de luto. Alguém pode tentar compará-lo à 'sexta-feira, 13', por ser um dia de extrema má sorte ao longo da História Judaica. Esta não é, no entanto, uma comparação adequada, já que o judaísmo não acredita neste tipo de sorte ou superstição, mas sim que, o homem é, em grande parte, senhor de seu ambiente e responsável por suas próprias ações.

Esta ideia é refletida na destruição dos dois Templos. O primeiro foi construído pelo Rei Salomão, uma vez que seu pai não teve permissão de construí-lo, por ter as mãos "sujas de sangue", pelas diversas guerras em que lutou. Não seria próprio para o Templo, um símbolo da Paz, ter sido construído por um guerreiro.

Ainda assim, o primeiro Templo foi destruído em guerra, pelos babilônios, e o exílio resultante durou setenta anos. O Talmud relata que a razão para a destruição do Templo foi a busca dominante pela idolatria, imoralidade e crimes.

O segundo Templo foi destruído, de acordo com as fontes da tradição, por uma única razão: "sinat hinam" ou ódio sem motivo. Acredita-se que as pessoas possuíam ódio umas das outras sem nenhuma razão, e não havia compaixão entre elas.

O primeiro Templo durou 420 anos, enquanto o segundo durou 410. Durações com diferença de apenas dez anos. Dez é o número de judeus necessários para um minian (quórum mínimo necessário para uma reza, para uma comunidade judaica). A falta de compaixão e o ódio da época destruíram o senso de comunidade do Povo Judeu.

Pareceria que D'us viu as transgressões que destruíram ambos os Templos no mesmo nível, e, de fato, poderia ser argumentado que o ódio era uma ofensa mais grave (o primeiro exílio durou 70 anos, enquanto o segundo...)

O Judaísmo acredita que há dois tipos de mandamentos - os que regulam as relações interpessoais, e os que regulam a relação entre o indivíduo e D'us. São como duas pernas. Pode ser possível se sustentar com uma só, mas para dar um passo a mais na evolução espiritual, devemos nos sustentar nas duas ao mesmo tempo.



Se queremos fazer este dia relevante, devemos olhar para nós mesmos claramente, independentemente de nosso passado, e nos perguntar o que fizemos para sobrepor a enormidade da destruição.



Texto: Organização Sionista




domingo, 12 de julho de 2015

Jerusalém - A cidade que D-us escolheu











Neste momento em que lembramos a destruição do Templo, além da reflexão sobre os acontecimentos que levaram a tragédia, também queremos mostrar que, no decorrer dos anos, Jerusalém se tornou uma cidade bem próspera. Reafirmando que, em cada período da História, Jerusalém foi e sempre será uma cidade marcada pela fé, pela crença no D-us Verdadeiro. 


sábado, 4 de julho de 2015

Dia de Jejum em Memória à queda de Jerusalém






O dia 17 de Tamuz é um dia de jejum em memória à queda de Jerusalém, antes da destruição do Templo Sagrado. Marca também o começo do período das 3 semanas de luto, encerrado por Tishá BeAv. 



O dia 17 de Tamuz é o primeiro dos 4 dias de jejum mencionados no livro Profetas. A intenção do dia de jejum é despertar nosso senso de perda com o Templo destruído e a subsequente jornada do povo judeu pelo exílio. 

A tristeza desses eventos nos ajuda a conquistar aquelas deficiências espirituais que acompanharam esses momentos trágicos. Através do processo de "Teshuvá" - introspecção e o comprometimento em melhorar temos o poder de transformar a tragédia em alegria. 



Na verdade, o Talmud diz que após a futura redenção de Israel e a reconstrução do Templo, esses dias de jejum serão dedicados a dias de festividades e regozijo. Conforme dito pelo profeta Zechariah: o dia 17 de Tamuz se tornará o dia de "alegria para a Casa de Judá, e banquetes festivos e alegres."