O eminente filósofo judeu, Emil Fackenheim, apresenta uma descrição concisa das características que distinguem o Holocausto de outras bárbaries, em seu livro To Mend the World: Foundations of Post-Holocaust Jewish Thought. * A "Solução Final" foi arquitetada para exterminar todos os judeus: homens, mulheres e crianças. Os únicos judeus que sobreviriam caso Hitler tivesse se saído vitorioso seriam aqueles que de alguma forma tivessem escapado de serem descobertos pelos nazistas. * Ter nascido judeu (na verdade, a mera evidência de "sangue judaico") era suficiente para garantir punição e morte. Fackenheim nota que esta peculiaridade distinguia os judeus dos poloneses e russos, que foram mortos porque havia muitos deles, e dos "arianos", que não eram procurados a não ser que resolvessem se delatar. Com a possível exceção dos ciganos, ele conclui, os judeus foram o único povo a ser morto pelo mero "crime" de existir. * O extermínio dos judeus não tinha explicação política ou econômica. Não era um meio para se chegar a um fim; era um fim por si só. O assassinato de judeus não era considerado parte do esforço de guerra, mas era o próprio esforço em si; assim, recursos que poderiam ter sido usados na guerra foram propositadamente dirigidos para o programa de extermínios. * As pessoas que executaram a "solução final" eram cidadãos comuns. Fackenheim os chama de "detentores de trabalhos ordinários com um trabalho extraordinário". Não eram pervertidos ou sádicos. "Os que definiam o tom eram idealistas comuns, exceto que seus ideais eram de torturar e assassinar." Escreveu-se que a Alemanha era o modelo de sociedade civilizada. O que era perverso, então, era que os alemães podiam trabalhar o dia todo nos campos de concentração e então voltar para casa e ler Schiller e Goethe, ouvindo Beethoven, como se nada estivesse acontecendo. Existem outros exemplos de assassinato em massa na história da humanidade, como as atrocidades cometidas por Pol Pot no Cambodja e a aniquilação dos armênios pelos turcos. Mas, de acordo com a argumentação de Fackenheim, nenhum destas catástrofes contém mais que uma única das quatro características acima. Não é intenção fazer um campeonato mórbido de quem sofreu mais na História, mas é importante, no entanto, explicar porque o Holocausto é uma parte única da História da humanidade. |
Fonte: Jewish Virtual Library |
Este blog é dedicado a todos aqueles que nutrem um sentimento especial pelo Estado de Israel e respeitam o povo judeu e todos os seus costumes e tradições e amam Jerusalém como a cidade que Deus escolheu, para nela por o seu nome para sempre,
quinta-feira, 19 de abril de 2012
O Que Torna o Holocausto Único na História?
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