Ontem Israel comemorou seus 63 anos de Independência. Uma festa em que todo país se rendeu a alegria de poder, finalmente, cumprir os desígnios de Deus para com o seu povo, estabelecendo-os na terra que prometeu a Abraão.
Várias medidas de seguranças foram tomadas para promover a harmonia durante as comemorações. Inclusive evitar a entrada de moradores da Cisjordânia no território israelense, exceto em caso de emergência. Fato explorado pela Mídia.
Quem tem um webcam direto com o Muro Ocidental pode ver em tempo real como o local ficou repleto de judeus para as comemorações e suas orações.
Mas foi no Monte Herzl, colina em que está sepultado o fundador do Sionismo, Theodor Herzl, que discurso de abertura deu início a cerimônia. Em meio às festividades uma voz se fez ouvir e em plena festa de Haatzmaut gritava por liberdade.
Yoel Shalit, irmão de Gilad Shalit, soldado da Israel Defense Forces, seqüestrado em 2006 pelo Hamas, ousou gritar em plena cerimônia: "Gilad está vivo!"
Retirado a força do local não cessou de protestar contra a lentidão nas negociações que se arrastam ha cinco anos:
"Eu estou gritando por Gilad Shalit" disse aos repórteres, "Ele não pode gritar, então eu tenho de gritar por ele".
Gilad que na época tinha apenas 19 anos continua incomunicável , enquanto as forças terroristas do Hamas exigem um número considerável de presos a serem libertos para devolverem Gilad.
Os pais do jovem continuam acampados nas proximidades da residência do Primeiro Ministro Benjamim Netanyahu em Jerusalém, em protesto ao desfecho das negociações.
Em um ousado artigo no jornal Haaretz, Gideon Levy fez comparações e críticas à democracia e elogiou o ato de Yoel. Ao término do artigo afirmou: "Em Basiléia Theodor Herzl fundou o Estado, e, no Monte Herzl, o protesto nasceu. Obrigado Yoel Shalit"
Free Shalit!!
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