Purim está chegando e com ele as reviravoltas na história exposta no livro de Ester. A narrativa repleta de atrativos e momentos de pura expectativa fala também de desespero, contrastes emocionais, jejum, revelações e finalmente: redenção. Purim se traduz por sorteios - sorte pra uns, revés para outros. Mas afinal do que se trata esta festividade judaica? Ela é um marco na história do povo judeu. Não é novidade que, de tempos em tempos, algum líder infeliz se levanta e resolve que a meta da sua vida é acabar com o povo judaico. Ele traça planos "infalíveis" e maquina como conseguir seu intento.
Na era bíblica temos Haman refinando e processando como poderia liquidar com a existência daquele povo, e, principalmente, com Mordechai que não o reverenciava de jeito nenhum, e pelo qual mantinha um ódio crescente. Tudo poderia ter ocorrido como o planejado se não fosse por um detalhe: D-us, o Todo Poderoso de Israel.
Embora no desenrolar da história de Ester não se mencione o nome de D-us, podemos notar o quanto Ele estava presente na vida do povo. Alguns mantinham elos no palácio e outros conquistaram lugar de destaque na sociedade persa mesmo em meio ao cativeiro. Mordechai convenceu sua sobrinha Hadassa a se candidatar a vaga de rainha e ela foi escolhida para esposa do rei.
Todos nós conhecemos a história e como os planos do perverso Haman foram literalmente revertidos contra ele. Mas o que não podemos deixar de notar é que Purim é mais do que um grito de vitória. É a festa da unificação dos judeus. Eles se uniram para chorar a proximidade da morte, se uniram para jejuar com Ester como uma nação perante o D-us Eterno, se uniram para defenderem suas famílias e suas casas e por fim estavam juntos festejando a destruição de seus inimigos e a liberdade que, por hora, haviam conquistado.
Purim também nos trouxe algo mais excelente: A restauração da identidade espiritual do povo judaico. Num momento de dependência total do Eterno, o povo reagiu de maneira positiva restaurando a comunhão com D-us. E essa decisão não ficou parada num tempo remoto da história. Houve uma conscientização que desencadeou outros fatores e com os anos de cativeiro chegando ao fim, eles se prontificaram na reconstrução do Segundo Templo em Jerusalém, na restauração dos muros da cidade santa e no retorno a pátria.
A festividade hoje não só nos remete a fatos do passado, mas também nos revela que os judeus continuam abraçando seus ideais. Assim como no passado, "os judeus reafirmam sua lealdade ao Judaísmo e alcançam novos níveis espirituais".
Chag Sameach.
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