terça-feira, 22 de janeiro de 2013

As Lições de Chanucá



 

Do ponto de vista histórico filosófico, toda festa judaica nos traz ensinamentos relevantes, que se ligam às realidades do nosso cotidiano.

Conta-nos o Talmud que, na era "messiânica", as festas judaicas perderão seu significado diante das festas de Purim, e Chanucá. De fato, as razões para estas afirmações são óbvias: festejamos Purim, pois sobrevivemos à intenção perversa de um "maluco" (Haman) que desejava destruir o povo de Israel fisicamente.


Chanucá porém se festeja, pois escapamos da intenção de destruição espiritual, engendrada pelo "Helenismo".








Contada como simplesmente uma história, Chanucá, realmente se parece miraculosa, pois que, um sacerdote, pai de cinco filhos, consegue derrotar o mais sofisticado exército do império helenita, até parece uma obra de ficção. Analisemos alguns fatos históricos.

Os quatros impérios que reinaram sobre o nosso povo foram:

- Babilônia
- Pérsia
- Grécia
- Roma

A perseguição dos judeus pelos gregos foi a mais perigosa, pois visava atingir a alma e a identidade judaica, bastando citar dois fatos: queriam proibir a prática do Shabat, ou seja, a alma da criação e segundo, a circuncisão, ou seja, a identidade judaica.

Eis porque, a batalha de Chanuca é um marco histórico da maior relevância na construção da nação judaica.



O império grego sempre venceu suas guerras pelo seu elevado grau de sabedoria, idéias e conhecimento, aliás, fortemente influenciado pelo judaísmo. E este foi o motivo da dificuldade de nossa luta contra o domínio cultural grego.

A superioridade filosófica grega foi um forte atrativo para muitos judeus intelectuais ou não, para abandonarem os ensinamentos da Torah. (Que o diga o Rambam).

Dos esconderijos da montanha do povoado de "Modim", Jerusalém, o velho sacerdote Matathias Hasmoneu e seus cinco filhos, movidos por uma fé inquebrantável, respondeu fortemente ás ameaças do bem armado comandante sírio, Apolônio, e seus sucessores do exército sírio.

Ora, sabe-se que não se vence nenhuma batalha ou guerra quando ela não se acompanha de um forte ideal de defesa e sobrevivência. Quebrar a submissão espiritual é o quesito básico e o ponto vital para qualquer vitória física. Esta é a lição. Unidos pais e filhos em torno de um ideal, de construir uma nação foi o marco histórico desta data.

O óleo puro só bem ilumina quando ele não contém impurezas e quando o templo de nossas vidas está repleto de ideais superiores.

A chamada festa das luzes deve servir de exemplo para todas as instituições da nação judaica de todos nossos lares, pois é uma luz que emana de um passado de lutas, de glórias e de fé de nossos ancestrais.

Autor: Doutor Abraham Pfeferman, Médico e Professor
Fonte: Beit Chabad do Itaim

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