Nome de um ou mais objetos que o Sumo Sacerdote consultava a vontade de Deus em casos difíceis. Este processo não era aplicável a casos particulares, nem a interesses privados, e somente sobre negócios de interesse público. Por isso mesmo, o lugar do Urim e Tumim era onde se achavam gravados os nomes das doze tribos de Israel sobre pedras preciosas. Por meio deles se consultava a vontade de Deusa acerca de assuntos judiciais e de negócios públicos (Nm 27.21).
Urim e Tumim eram consultados, não só no onde estava a arca, Jz 20.27,28; 1Sm 22.10, como em qualquer outro lugar onde estivesse presente o pontífice devidamente autorizado. As respostas eram simples, consistindo em afirmativas ou negativas, nem sempre era este o caso, 1Sm 10.22; 2Sm 5.23,24.
Ocasionalmente, também, quando o pecado havia interrompido a comunhão com Deus, não havia respostas, 1Sm 14.37; 28.6. Não se encontram referências ao Urim e Tumim, depois do reinado de Davi. Depois da volta do cativeiro, nenhum dos sacerdotes usava o Urim e Tumim, Ed 2.63; Ne 7.65. Somente o sumo sacerdote tinha o privilégio de consultar o Senhor por meio do Urim e Tumim. leste privilégio constituiu a glória da tribo de Levi, Dt 33.8.
Tem havido diferentes explicações sobre o Urim e Tumim, mas apenas duas teorias dignas de atenção:
1) O Urim e o Tumim eram um ou mais acessórios do éfode e que dele se podiam separar para serem usados à maneira de dados, e pelo modo por que caíam, revelavam a vontade de Deus. Esta é realmente uma concepção possível, mas sem provas a seu favor. Procuram firmar esta teoria, dizendo que duas vezes se faz referência ao lançamento de sortes, em íntima conexão com as consultas ao Urim e Tumim (1 Sm 10. 19-22; 14.37-42).
Neste último caso, Saul rogou ao Senhor que lhe desse a conhecer por meio da sorte porque é que não respondia ao seu servo. A palavra usada no original é thamim; que se pronunciava thummim. Assim sendo, o Urim e Tumim era uma espécie de sorte. Mas nas duas passagens citadas, o lançar as sortes é ato distinto de consultar o Senhor, e se realizava para propósito diferente daquele que pedia conselhos.
2) O Urim e Tumim não fazia manifestações exteriores, era antes um símbolo. O sumo sacerdote vestia o éfode com o Urim e Tumim, sinais de sua investidura para obter a luz e a verdade, como as duas palavras indicam, a fim de que pudesse buscar o conselho de Jeová da maneira por Ele indicada. Humildemente punha diante de Deus a sua petição. A resposta vinha-lhe à mente; e como tivesse feito o seu pedido de acordo com as Instruções divinas e baseada na promessa de que receberia luz e verdade, tinha-a como a expressão da vontade de Deus.
A fé em Deus baseava-se na evidência das cousas não vistas. Esta interpretação do Urim e Tumim harmoniza-se com o espírito de todo o ritualismo do Tabernáculo. A resposta consistia em uma iluminação interna, sem nenhum sinal exterior em paralelo com as revelações dos profetas.
Fonte: Dicionário Bíblico John Davis
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