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No episódio bíblico em questão, os anciões de Israel se congregaram em Ramá para conversar com o profeta Samuel sobre o que poderia se suceder após a sua morte. Devido a sua velhice, o profeta elegeu seus filhos Joel e Abia como juízes sobre Israel. No entanto, eles deixaram de seguir o exemplo do pai e se inclinaram a avareza e suas atitudes não correspondiam mais ao que era reto e decente.
Por causa dessa má conduta, os anciões de Israel se reuniram para pensar numa solução, porque se não agissem com rapidez e o profeta Samuel viesse a falecer, todo o pecado que aqueles homens praticavam perante D-us poderia implicar em castigo para o povo também, conforme se pode observar em outros episódios.
O profeta Samuel, talvez por questões familiares, recusou-se a assumir que seus filhos estivessem mesmo praticando o que era errado diante de Deus. E ao ouvir o pedido dos anciões: "Dá-nos um rei, para que nos julgue", ficou muito ofendido e foi consultar ao Eterno sobre o assunto. D-us, por sua vez, aceitou o pedido dos anciãos, mas avisou que na pratica, haveria algumas implicações.
O momento presente em Israel nos faz refletir que, não só existe a necessidade de uma escolha, mas que haverá também diversas implicações relacionadas ao "rei escolhido". É obvio que no texto bíblico tais mudanças teriam impacto na vida social e familiar de cada membro das Tribos de Israel. Mas entendemos que também trariam o benefício de que haveria uma autoridade competente, para liderar e guerrear pelo povo por causa do perigo externo que poderiam sofre com ataque de seus inimigos.
No caso, o rei Saul foi o escolhido e durante um tempo pareceu ser um bom rei. Já no reinado de Davi, houve expansão do território e todos os benefícios que o homem "segundo os propósitos do Eterno" consolidou. Já nos últimos anos do reinado de Salomão, suas atitudes levaram o povo adoração de outros deuses infligindo as leis dadas por Moisés. Dai por diante a história nos mostra uma série de reinados desastrosos que levaram o povo ao Cativeiro.
As eleições em Israel para definir o próximo governante precisa observar todos os ângulos, o que vai mais além de uma briga entre partidos políticos. Observamos no texto bíblico que o pedido feito: "para que nos julgue" implica que o líder escolhido saiba discernir entre o certo e o errado. "E fará as nossas guerras" indicava em fazer alianças ou que realmente guerreasse em favor do povo. No contexto atual é preciso entrelaçar as promessas de campanha com os feitos reais de uma candidatura e se são, na realidade, compatíveis com as necessidades da nação. Que o futuro líder tenha responsabilidade e capacidade de governar. O voto é individual, mas tal decisão poderá afetar a Sociedade como um todo.
Marion Vaz
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