Estamos em pleno Pessach - A festa judaica que comemora a libertação do povo de Israel do Egito. Em todos esses anos, judeus de todo mundo trazem a memória os textos que mencionam a libertação da nação da escravidão no Egito, e lembram como o Eterno abençoou o povo. Tradições e alimentos simbólicos são revelados à mesa na casa de cada israelense. Este ano não foi diferente.
Com a ameaça de uma Pandemia do Coronavírus, o Governo israelense colocou o povo em quarentena desde o mês passado. Comércio fechado, lojas e lugares de recreação trancaram suas portas para evitar que as pessoas se aglomerassem e consequentemente se contaminassem com o vírus.
As ruas da Capital de Israel, Jerusalém, estão completamente vazias. Pouquíssimas pessoas se aventuram a sair de casa, e no caso, só para comprar alimentos ou medicamentos. O Muro de Orações, Kotel, está em silêncio. Outros locais de culto das demais religiões em Israel também obedecem ao decreto. É uma manobra eficaz para aplacar a fúria com que este vírus vem atacando as pessoas. Países que não tomaram tais providências no inicio do contagio comprometeram seriamente a saúde das pessoas e milhares de mortes são anunciadas todos os dias.
Para a festividade do Pessach, os israelenses tiveram que obedecer ao decreto do Governo de manter as portas das casas fechadas. O que nos remete ao passado, lá da história da libertação do povo do Egito. O Eterno ordenou que as famílias preparassem um cordeiro e cada um deveria untar os umbrais das portas com sangue, para que, quando o anjo da morte passasse nos arredores, aquela casa fosse poupada. Trancados em suas casas comemoraram a primeira festa do Pessach.
A história bíblica nos adverte que todos os primogênitos do Egito morreram naquela noite. Faraó não teve outra alternativa a não ser ordenar a saída do povo de Israel. Uma enorme multidão deixou o Egito, atravessaram o Mar Vermelho e caminharam nas areias quentes do deserto por quarenta anos até chegarem a Terra Prometida.
Nesta noite de Pessach que o Anjo do Senhor nos guarde a todos e poupe nossas casas.
Chag Sameach.
Marion Vaz
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