segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Confrontos e dias amargos que ainda estão por vir


A Terra que emana leite e mel vivi dias amargos. Os conflitos bélicos entre Israel e militantes terroristas deixaram suas marcas neste mês de novembro. Misseis invadiram os céus israelenses mudando o azulado da paz em momentos de terror e agonia. Ouviram-se as sirenes e alertas para que a população se protegesse. A contra investida do exército de Israel também alcançou seus objetivos. Jihad Islâmica perde componentes. Assim vemos os nomes que entram e saem da História sem muita glória durante o tempo de sua existência. 

Com as divergências políticas em andamento, podemos observar um país um tanto perdido, sem saber o que vem pela frente, O Primeiro Ministro Netanyahu é acusado de fraude. suborno e quebra de confiança e outros delitos. Se agora precisa enfrentar um julgamento ou pedir imunidade política, como vivenciar tal situação e ainda manter equilíbrio emocional para seguir em frente? Enquanto isso Benny procura aliança com partidos árabes para formar o novo governo que irá implantar no país. E se  tiver novas eleições as mãos de quem vão governar esse país? Netanyahu poderá se candidatar? Se vencer poderá governar? Se for condenado será preso por 10 anos? Bem, essas são as laudas que percorrem as páginas dos jornais nesses últimos dias.

Eu fico aqui pensando, sem querer transparecer que perdi a fé no meu país, até que ponto verdades são verdades ou são meias mentiras? Que jogo de poder é esse que atolou a nação de Israel nos últimos meses e por que a população tem reagido de forma mais aleatória? Seriam os tempos modernos capaz de  transformar as mentes em criaturas robotizadas, com crendices de "paz e boa vontade para com os homens"? Eu realmente não entendo como se pode apelar para um governo de unidade partilhada: judeus e árabes se Israel é 74,6 % de judeus?  Estou preocupada. Confesso.  Porque tudo isso me deixa assim, confusa em relação a segurança de Israel. 

Podemos notar certa semelhança com os dias de hoje, ao observar os textos bíblicos em seus vários contextos. Israel sendo confrontado e ameaçado por povos vizinhos, a falta de unidade, os erros e pecados cometidos perante o Senhor, gente sofrendo amargas punições. Um povo incrédulo se rebelando contra os seus governantes e fazendo valer a sua vontade até que tudo desse errado e não tivesse como voltar atrás...  Seria isso uma volta de 360 graus de tempos em tempos? 

Essa Era moderna que alimenta a tecnologia e elege "reis" desfaz mesmo o vínculo com o passado? E pra onde vai a esperança de uma terra prometida aos filhos de Yaacov? De que adiantou atravessar o Mar Vermelho?  E de que adiantou todas as conquistas e sofrimentos de nossos pais e avós se dermos de "bandeja" parte da nossa herança? Que tipo de gratidão estamos esperando? E se essa ilusão de nação forte e destemina, que toma as rédias do seu destino, não for capaz de lidar com todo o ódio alimentado nos corações? 

Se a gente traz a memória um passado tão distante, se revivemos tudo isso em nossas festas e no acender das velas, podemos ao menos parar de ser ignorantes em relação aos "outros"? Podemos parar de fingir que somos bem vindos em nossa própria terra e notar que e a nossa felicidade suscita rancor e que esse sentimento ressalta nos olhos daqueles que nos observam?

Se você acha que estou sendo pessimista, me responde: de quem são os mísseis que nos ameaçam? De onde vem as pedras que nos atingem? A única solução é entender que os dias amargos que estão por vir podem ser evitados. Podemos sim viver em paz, respeitar os direitos de todos os cidadãos que dividem o espaço no território israelense, sem ter que tratar a nossa herança como algo transitório.  


Marion Vaz

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