A expressão usada pelo patriarca Isaac (Gn 26.22)
mostra a sua satisfação pessoal ao prevalecer sobre os moradores de Gerar.
Observando o texto bíblico entendemos que também é uma declaração de louvor a
D-us pela possessão do território. A frase mostra claramente
isso: “Porque agora nos alargou o Senhor
e crescemos nesta terra”.
A promessa de posse feita a Abraão quando ele ainda
vivia em Ur dos Caldeus, agora era uma realidade para o filho que vivenciava os mesmo problemas. Abraão ainda com o nome de Avran não temeu as incertezas, mas foi ao
encontro do favor de D-us e chegou ao pequeno e estreito território de Israel onde começou uma história, um legado, e uma
definição de fé monoteísta.
A ordem era percorrer a terra em seu cumprimento e
largura (Gn 13.17). A cada passo o patriarca explorava o território,
visualizava cidades, montanhas, desertos. Sentia as diferenças ambientais. Mantinha
comunhão com o Eterno e erguia altares. A cada altar uma cidade se estabelecia: Beit El 12.8; Hevron 13.18;
Beersheva 21.33; Moriah 22.13-14).
A mesma promessa
(Gn 15.18) e os mesmos compromissos com D-us passaram para as gerações
seguintes. Yitzhak, o filho da promessa, era agora um andarilho, procurando
pastos para o gado e cavando poços.
A história bíblica mostra que ele percorreu quase os mesmo
caminhos do pai (Gn 26.18), pois desenterrou os poços que o patriarca havia cavado
e numa disputa por território os filisteus taparam tudo após a
morte de Abraão.
Interessante notar que toda hostilidade e contenda
dos filisteus contra Isaac é eternizada para a posteridade em forma de dois
nomes dados aos lugares em que os poços foram requeridos: Essec – Luta, contenda;
Sítna – distúrbio - hostilidade
(26.21-22).
Rechovot – O nome dado ao terceiro poço tem uma
conotação diferente – O seu significado “Alívio” ou “espaço amplo” indica que Yitzhak venceu, não
apenas uma disputa pela posse da água, mas uma verdadeira guerra, tanto
no sentido material como no sentido espiritual. Percebemos isso quando ele
exalta o poder de D-us ao abençoa-lo.
As disputas, as guerras, as
contendas seja lá pelo que for, onde quer que Israel esteja reivindicando algo, serão difíceis de vencer. Sempre haverá hostilidade, principalmente em se tratando de jogo de interesses.
No artigo Os
Três Poços há uma referência muito interessante a respeito de Sitna:
“Sitna não é
ainda o final. Há um caminho que precisa ser percorrido até alcançarmos aquilo
que o Eterno tem para nós como um legado – herança – eterno!”
Em Israel encontramos a cidade de Rehovot , ela não fica próxima aquela
mencionada na Bíblia, mas “foi uma das primeiras
comunidades fundadas no Estado de Israel moderno, está localizada no centro do
país.
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A
cidade fundada em 1890 tem hoje uma população de 114 mil pessoas e é conhecida por sua agricultura e de alta
tecnologia. Está convenientemente
localizada a cerca de 20 quilômetros ao sul de Tel Aviv e é conhecida como a Cidade da
Ciência e da Cultura. Também é conhecida como a
capital citrus de Israel e o emblema da cidade exibe um microscópio, livro e
laranja. A empresa israelense Evofuel em parceria com o Brasil investe em combustível alternativo.
Voltando ao assunto do artigo, por menor que seja o
território de Israel em relação aos demais, essa guerra constante, essa
hostilidade não ficou só no passado. Ela
atravessou a linha do tempo e chegou aos nossos dias. A contenda pelos “poços” fica cada vez mais visível a cada matéria
publicada na Mídia, a cada acusação que desfavorece o Estado de Israel em
função de grupos políticos e contenciosos.
O conflito gerado por informações distorcidas amortecem
a consciência humana e prejudicam o entendimento quanto ao direito de Israel
em relação à extensão de toda a sua terra. Em uma matéria falando sobre os
problemas na festividade de Iom Yerushalaim, em seu conteúdo usava a expressão “território
ocupado” relacionando-o a cidade de Jerusalém. Esse e outros exemplos podem servir
de alerta quando a necessidade de mudança no uso desses termos.
Como bem escreveu o rabino Mário Moreno em seu artigo: Sitna
realmente não é o final! Embora o artigo tenha um sentido mais espiritual, afirmo que há muito que explorar e requerer e conquistar.
E apesar dos inimigos e suas vis artimanhas
continuarem com suas ofensivas, existe
um destino: Rechovot – a ser conquistado. Nosso espaço amplo, nossas terras,
nossas vilas e bairros que são ampliados e reconstruídos (que o mundo chama de assentamentos) é a mais vívida
das conquistas significativas em reconhecimento a expressão profética usada por Yitzhak “Crescemos nesta terra”.
Não como nesse episódio, que mostra o inimigo
retrocedendo por respeito ou por desprezo. Mas porque continuamos a "cavar
poços", a buscar água, a romper as barreiras que nos são impostas e conquistamos
nosso espaço nesta terra.
E assim, a importância de Rechovot passou a ser maior
do que a conquista de um poço de águas numa região desértica.
Marion Vaz
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