Entre as datas importantes para o povo judeu neste mês de setembro temos Rosh HaShaná e Yom Kippur (Dia do Perdão).
A primeira,
A segunda, uma data religiosa estabelecida pelo próprio D-us como Dia da Expiação (Levíticos 23.27-28) quando também o sumo sacerdote entrava uma vez no ano no Santo dos santos, ou Lugar Santíssimo, para oferecer orações por todo o povo. Nada que o leitor não saiba.
Mas o que me levou a escrever esse texto foi uma matéria no ynet.com/ onde o autor criticava a ação de uma companhia de aluguel de bicicletas em Tel Aviv, por querer disponibilizar o veículo gratuitamente no feriado judaico de Yom kippur.
O autor diligentemente utilizou o termo "fanatismo secular" para definir o descaso em relação ao dia, que outrora, era até chamado de "o mais temível dos dias", pois nele o judeu pede perdão a D-us pelos pecados cometidos. Ele disse que o "Yom Kippur é um dos símbolos do Estado de Israel".
Sabe-se que Tel Aviv difere e muito de cidades como Jerusalém, cuja história tanto bíblica como atual, tem sido um diferencial para a comunidades judaicas em Israel e ao redor do mundo.
Mas, a "cidade branca" tornou-se uma cidade moderna repleta de gentes que trabalha e se diverte. Cidade de turistas, praias, vida noturna. Enfim, um lugar para se ver e sentir o ar como as cidades do Ocidente. Tel Aviv – Nasceu como um pequeno subúrbio de Jafa em 1909 - barulhenta e movimentada com seus hotéis, cafés, museus e todo tipo de entretenimento. A cidade que nunca para.
Tel Aviv
Outras cidades em Israel também se destacam pela modernidade de suas moradias e vida cotidiana. Mas em todas elas, e em outras cidades onde o religioso é mais característico, há o respeito as tradições e datas comemorativas.
Mas foi o termo usado pelo autor "fanatismo secular" que levou os leitores a comentar o assunto, e uns até com certa agressividade, contrariados pela crítica de usar ou não a bicicleta no Yom Kippur e que o autor não deveria ter rotulado a própria cidade de Tel Aviv de "a capital dos seculares".
Interessante que, pelo que notei, a maioria dos leitores se expôs como "secular". Pelos comentários pude perceber essa característica que vem identificando os israelenses em diversos lugares e ocasiões, o que já foi até comentado em artigos e reportagens. Assim, tanto o secular quanto o religioso tem suas opiniões, restrições e objeções quando de trata da sua própria vida.
Em meu comentário sobre o assunto afirmei que a preocupação do autor é que as concessões se tornem rotina alterando assim, a identidade judaica, como ele mesmo esclareceu. Um dos comentaristas disse que uma simples bicicleta não tem todo esse poder, no que ele não deixa de ter razão. Acredito que o veículo de locomoção não é o maior dos problemas, mas sim qualquer objeto ou atitude que se coloque em evidência e acima dos Mitzvot (Mandamentos) de D-us.
Mas as discussões não param por aí e você pode conferir no link http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-4277660,00.html
Segundo o nosso autor "Identidade israelense é composta de vários elementos, e alguns ou muitos deles, se originam no mundo religioso".
A minha opinião é que tanto para o secular quanto para o religioso, em Tel Aviv ou qualquer outra cidade em Israel ou nas Comunidades Judaicas, o Yom Kippur seja um dia para reflexão e para rever prioridades.
Shalom.
Marion Vaz
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