O pacto da circuncisão tem sido um Mitzvah observado pelo povo judeu em todos os períodos da História. O sinal físico da aliança abramica é mais do que uma simples "cirurgia", ou cultura, ou simbolo de religiosidade. Na verdade poderíamos dizer que é, também, um somatório delas e que formam, em conjunto, uma marca do próprio povo judeu desde o período bíblico.
Quem? Pergunto. Quem se sente com autoridade suficiente para questionar esse mandamento dado pelo próprio D-us?
"Este é o meu concerto que guardarei entre mim e vós e a tua semente depois de ti: Que todo macho serácircuncidado." Bereshit 17.10
É possível que, alguém (hoje circuncidado) revele sua oposição ao ato. Fato que também já lemos em alguns depoimentos, onde a pessoa se revolta por seus pais terem feito essa escolha por eles. Mesmo assim, ainda pode-se notar certo respeito pela prática como algo sagrado.
Assim, o Brit Milá continua vivo na religiosidade do povo judeu e tem sido praticado com liberdade em Israel e em comunidades espalhadas pelo mundo.
Mas foi na Alemanhã que a controversia sobre o assunto e os diretos dos judeus continuarem a prática virou notícias nos jornais. E deu o que falar. Em um dos comentários o leitor dizia que "adorou a decisão pois tradição religiosa só atrasava a sua evolução!" - Eu não entendi o que ele quis dizer com "sua evolução", mas sinceramente... Tem pessoas que ignoram a vontade de D-us e os Mandamentos.
O processo contra David Goldberg, que é um mohel e o rabino da cidade de Hof Saale, na Baviera, é o primeiro caso conhecido na sequência da decisão anti-circuncisão.
O argumento do tribunal da cidade alemã de Colônia era de que "tal procedimento implica em ferimento corporal ás crianças". Em resposta, a Conferência Europeia de rabinos entendeu como um ataque a comunidade judaica, e lembrou o Genocídio da 2ª Guerra Mundial.
Na verdade, parece que somos testados, vez por outra, com essas investidas. E talvez, "eles" fiquem esperando a reação da comunidade judaica quando promovem tais confrontos. Isso aconteceu no período bíblico, e vem acontecendo com muita intensidade na era moderna.
Parece que, quanto mais tecnologia, menos temor a D-us. Quanto mais se prega direitos humanos, menos se respeita uma pessoa, sua religiosidade e seus valores. Quanto mais se quer desculpar os erros do passado, com maior rapidez se tropeça e se repete os mesmos erros.
Mas, como nos tempos bíblicos, o D-us da Aliança continua zelando pelo seu povo a capital alemã voltou atrás em sua decisão e autorizou a circuncisão como prática legal, desde que feita por um mohel.
A chanceler Angela Merkel teria dito que o país seria motivo de piada. Ela afirmou "Eu não quero que a Alemanha seja o único país no mundo em que os judeus não possam realizar seus ritos"
Marion Vaz
Mohel é um judeu, perito nas leis e técnicas da circuncisão, ao mesmo tempo, um judeu praticante e cumpridor das leis, não necessariamente um médico.
Fonte: www.ynet.com/
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