Deserto é o nome usado para designar uma região quase desabitada e desprovida de água da chuva ou de rios. Essas regiões abrigam seres vivos, apesar de muitos imaginarem que não, pois não são encontrados em períodos diurnos em razão das temperaturas muito elevadas.
Os desertos são influenciados por climas áridos e semi áridos, com índices pluviométricos que não ultrapassam os 500 mm ao ano, em alguns lugares não alcançam 250 mm anuais, por essa razão são registradas grandes amplitudes térmicas. Em alguns desertos a temperatura durante o dia atinge até 50°C e durante a noite essa temperatura cai para abaixo de zero.
Grande parte das paisagens desérticas não possui solo, quando existem são extremamente pobres. Geralmente, as superfícies de áreas com tais características são arenosos, pedregosos ou rochosos.
Em decorrência do desprovimento de solos férteis, praticamente não há cobertura vegetal, as poucas que existem são do tipo xerófilas - plantas adaptadas à escassez de água e constituídas por folhas e caules grossos que permitem diminuição no processo de evapotranspiração.
As chuvas são irregulares, mas quando ocorrem favorecem o surgimento de uma temporária cobertura vegetal, com um ciclo de vida que vigora somente enquanto há umidade.
Mesmo com grandes adversidades climáticas promovidas pela escassez de água, existem áreas úmidas no meio de determinados desertos, são os oásis. Os oásis são verdadeiras “ilhas úmidas”, que surgem quando há o afloramento do lençol freático na superfície, a partir daí forma-se lagos e ao seu redor uma vegetação. Os oásis são importantes para os povos do deserto, neles são produzidos frutos, cereais, hortaliças, além da criação de pequenos animais. No deserto do Saara, por exemplo, existem diversos oásis, os principais são: Agadez, Atar e In Salah.
Em razão da atual fase tecnológica, extensas áreas desérticas estão sendo utilizadas na produção agrícola, apresentando resultados significativos; os países que mais se destacam nessa prática são Israel e Estados Unidos.
50% do território israelense é formado por desertos e para alcançar sucesso nesse tipo de produção agrícola é preciso um eficiente projeto de irrigação, corrigir os solos com o uso de adubos, além do emprego de máquinas e diversas tecnologias modernas. A principal dificuldade está no alto custo com o projeto de irrigação, tendo em vista que os reservatórios se encontram distantes das áreas cultivadas, o que impede a implantação maciça em países pobres que enfrentam a seca.
Mas a empresa israelense OrganiTech, de Haifa, desenvolveu um processo hi-tech para a produção de verduras em locais com pouco espaço e escassez de água e de mão-de-obra especializada.
São “plantações informatizadas” que utilizam a técnica da hidroponia (cultura feita em meio aquoso com nutrientes orgânicos), sob supervisão de robôs e computadores. Um contêiner de aço inoxidável ou alumínio funciona como estufa; computadores monitoram a temperatura, o nível de minerais da água e as condições climáticas; o plantio e a colheita são feitos por um robô computadorizado.
O robô pode monitorar, por exemplo, 500 pés de alface por dia num espaço de 12 x 2,5 metros. O ciclo de crescimento da verdura, que em plantações convencionais exige meses, nessas estufas se completa em apenas 40 dias. O processo também é ecologicamente correto, já que não utilizam agrotóxicos.
Segundo David Ben-Gurion, fundador do Estado de Israel e, à época, seu Primeiro Ministro, o Neguev representava o futuro de Israel. Ele tinha um sonho e costumava dizer: "É no Neguev que serão testados a criatividade e o vigor pioneiro de Israel". "O Velho" - como era carinhosamente chamado por seus seguidores, sempre acreditou que a determinação dos israelenses faria florescer o deserto. Assim, em 1947 e 1948, quando nos fóruns internacionais as fronteiras dos futuros estados - um judeu e um árabe - estavam sendo discutidas pelos diplomatas, Ben-Gurion insistiu para que o Neguev fosse parte da nova nação judaica.
Nunca quis abrir mão dessa faixa desértica de terra, pois sabia que a área seria importante para o desenvolvimento do recém-formado Estado de Israel. Ele acreditava que o deserto poderia ser cultivado e transformado em um lugar onde os judeus se poderiam estabelecer e prosperar. Mais de 50 anos depois, sua visão se realizou e o deserto floresceu.
O Neguev, que em hebraico quer dizer "sul", representa atualmente mais de 60% do território israelense e abriga menos de 10% da população do país. Ainda assim, atualmente, a região possui grandes centros urbanos como Arad, Beersheva, o balneário de Eilat e grandes atrações turísticas, como o Mar Morto e Massada. Possui, ainda, uma das principais universidades do país, que ostenta o nome do ex-Primeiro Ministro - Universidade Ben-Gurion do Neguev, além de importantes instituições de pesquisa agrícola. Uma destas é o Centro de Pesquisas Guilat, que busca soluções às necessidades dos agricultores da região, além de se estar tornando um dos celeiros agrícolas de Israel e berço de inúmeras inovações na área, como o uso de água salobra para o cultivo de tomates, melões e abacates.
Com cerca de 13 mil km2, a região do Neguev possui a forma de um triângulo invertido, cuja fronteira ocidental é contígua à desértica Península do Sinai, e, a oriental, ao Wadi Aravá. Faz fronteira com Egito e Jordânia. Durante séculos a área foi habitada apenas por beduínos que, gradativamente, foram trocando seu estilo de vida nômade pelo assentamento em vilarejos.
A "porta de entrada" do Neguev é o local onde, há milhares de ano, o patriarca Abraham levava suas cabras para matar a sede e, hoje, localiza-se a moderna cidade de Beersheva, com cerca de 130 mil habitantes. Chamada de "a capital do Neguev" situa-se na interseção das estradas que levam ao Mar Morto e a Eilat. É um centro administrativo e econômico, sede de repartições governamentais regionais e instituições de saúde, educação e cultura, que prestam serviços a toda a região do sul do país.
Mais abaixo está o Kibutz Sde Boker, escolhido por Ben-Gurion para ser seu lar. A casa em que vivia foi transformada em museu.
Na região central do Neguev está localizada a Reserva Natural de Machtesh Ramon - Reserva Natural da "Cratera" de Ramon, que, apesar de se definida como tal, na verdade é um profundo vale. Entre Beersheva e Machtesh Ramon, uma sucessão interminável de belas paisagens. É na região oriental do Neguev que se localizam a importante cidade de Arad e o que restou da fortaleza de Massada. Próximo está Tel Arad, local que teria abrigado um dos mais antigos centros urbanos de que se tem conhecimento.
Fonte: www.google.com/
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