Com a aproximação do Natal, data em que se comemora o nascimento do menino Jesus, aumenta a expectativa em relação ao turismo, principalmente na antiga cidade de Beit Lehen em Israel que espera atingir um recorde de visitantes este ano.
A notícia que percorre as páginas dos jornais informa que a “cidade palestina de Belém” enfrenta dificuldades para promover o turismo na região, mas espera cerca de 2,5 milhões de pessoas apesar da insegurança devido a “primavera árabe”.
No início do ano, a AP fez um pedido para tornar a cidade de Belém um patrimônio da humanidade com livre acesso para todas as pessoas. No entanto, a cidade que desde os primórdios, já era mencionada na Bíblia como Belém Efrata (Gn 35.19), a cidade do rei Davi (1 Sm 16) de Boaz e Rute (Rt 1), a cidade que nasceu o menino Jesus (Mt 2.6) , agora é mencionada como uma cidade palestina.
A reportagem no portal Terra informa que a ministra do turismo Khouloud Daibes insiste em dizer que a cidade pertence aos palestinos e que eles já estavam lá quando Cristo nasceu: "Afinal, já estávamos aqui quando Cristo nasceu e continuamos aqui, apesar de tudo, orgulhosos de não ter abandonado nossa terra" (?)
Infelizmente eu tenho que discordar. Todas as pessoas que leem os textos dos livros biográficos: Mateus, Marcos, Lucas e João entendem que Jesus só nasceu em Belém porque seus pais pertenciam a tribo de Judá e estavam na cidade para cumprir uma ordem do governador. Em termos teológicos, Jesus deveria cumprir as profecias a seu respeito nascendo em Belém para ser herdeiro do trono de Davi – rei de Israel. Todo pensamento messiânico a respeito de Jesus depende de ele ser descendente de Davi.
Se a cidade de Belém for considerada palestina para as próximas gerações, Jesus deixa de ser judeu para ser palestino (?) Ele perde seu status de “messias” ? Ou vira um messias para o povo palestino? Ele assume o título no lugar do profeta Maomé? Eu sei que parece um pouco de discrepância da minha parte, mas é só para chamar sua atenção no que diz respeito a seriedade do assunto. Não é apenas uma afronta a Israel, mas a alteração da história, tanto bíblica como a história da humanidade.
Talvez seja por essa razão que Israel continua com seus assentamentos na região, para manter essa ligação espiritual com o território, mesmo diante dessa afronta expositiva na Mídia, que muitas vezes é mais cruel do que o próprio confronto bélico.
Marion Vaz
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