Após cinco longos de negociação estamos a poucas horas do desfecho do mais longo cativeiro.
Gilad Shalit nasceu em Nahariya no dia 28 de agosto de 1986, faz parte das Forças de Defesa de Israel - Tzahal. O jovem Shalit tinha apenas 19 anos quando foi enviado para uma tarefa de identificação no Kibutz Kerem Shalom próximo a Faixa de Gaza. Após uma investida do grupo terrorista Hamas ao local, o jovem Shalit foi levado em cativeiro (25 de junho de 2006) e esteve incomunicável até hoje.
Na verdade, não se tem notícias dele desde 2009 quando o governo israelense recebeu um vídeo onde se podia ver claramente o estado de esgotamento físico de Shalit. E até hoje nada se sabe sobre o rapaz, pois o grupo que o mantém prisioneiro não dá satisfação.
"Inúmeros foram os episódios de escárnio e tripudio que aconteceram ao longo destes 5 anos, sendo os casos mais deploráveis a Parada “Cívica” que o grupo Hamas fez onde sósias de Gilad desfilavam acorrentados pelas ruas da Faixa de Gaza.
Outro momento de imensa dor para a nação como um todo e para a família em particular, foi quando a TV Hamas, de Gaza, divulgou um desenho animado onde um personagem representando Shalit aparece chorando pateticamente e chamando pela mãe. A animação mostra um menino árabe dizendo a um acorrentado Shalit que Israel não liga mais para ele. A provocação termina com o jovem chorando e implorando a presença da mãe.
Posters espalhados pelas ruas da Faixa de Gaza tripudiam o cativeiro de Shalit."
Mesmo assim, durante o processo de negociação para a libertação de Shalit, familiares e amigos fizeram inúmeras e intensas campanhas para comover o resto mundo e estimular a agregação ao pedido de libertação. Fizeram passeatas, propagandas, camisetas, incentivos através de redes sociais, comunidades. Sem descanso os pais do jovem se mobilizaram dia e noite nessa luta por Gilad.
No ano passado Cerca de 15 mil pessoas chegaram a Jerusalém em uma marcha iniciada 12 dias antes pelos país por Gilad Shalit.
Numa derradeira e desesperada atitude de protesto, Noam e sua família acamparam próximo a residência do Primeiro Ministro Benjamim Netanyahu em Jerusalém e ali permaneceram até quarta feira passada. A Tenda de Protesto ficou conhecida em todo mundo.
E no quinto aniversário do cativeiro (25/06/11) a família Shalit invadiu o espaço cercado pela polícia ao redor da residência de Netanyahu e se acorrentaram no local exigindo a libertação imediata do filho. No Yom Hatzmault o irmão de Gilad, Yoel Shalit, gritou em plena cerimônia: “Gilad está vivo!”
Imagens divulgam os semblantes de Noam e Aviva que durante todo tempo mostravam preocupação em relação ao desfecho do seqüestro iluminaram-se na terça feira quando o Governo Israelense assinou o acordo anunciaram a troca de 1027 palestinos (muitos deles terroristas e assassinos) por Gilad. Pela primeira vez em todos esses anos uma mãe pode sorrir.
Um número razoável de israelenses tem protestado veementemente contra o acordo, principalmente membros das famílias enlutadas de três jovens que foram mortos na época. Além de civis que se sentem ameaçados pela libertação dos terroristas, pois todos, de uma forma, têm algum membro da família falecido em atentados.
Alheios a dor da família Shalit que durante esses cinco anos sofreu amargamente a falta do filho, muitos israelenses entre civis, jornalistas e até rabinos tem se colocando contra a atitude do Governo. O protesto chegou ao mais alto nível quando um jovem vandalizou o Tel Aviv Yitzhak Rabin Memorial.
O ex-rabino-chefe IDF brigadeiro-general Avichai Ronsky disse na terça-feira que Israel não deveria ter se esforçado no sentido de uma troca de prisioneiros terroristas. Falando com Ynet, Ronsky alegou que o único caminho correto para liberar Shalit deveria ter sido através de uma ação militar.
A revolta tem sua lógica, afinal, esses homens e mulheres que serão trocados por Gilad foram condenados por crimes brutais e atos de terrorrismo contra civis, e agora, como parte do acordo, serão posto em liberdade e alguns deles com carta de perdão individual.
Mas em uma reunião segunda-feira com as famílias enlutadas, o presidente Shimon Peres disse que entende a dor dos familiares sobre o fato de terroristas palestinos serem libertados como parte do acordo de troca por Gilad Shalit, acrescentando, no entanto, que era seu dever salvar até mesmo uma vida e que "salvar a vida de um menino israelense é uma consideração moral e ética"
O que nos chama atenção para o caso Gilad e parece nem fazer diferença apra o resto do mundo são as exigências do grupo Hamas: 1027 palestinos por um israelense. Esse é o preço da liberdade!
Assim, amigos, parentes e parceiros da família Shalit iniciaram uma campanha de boas vindas ao jovem Gilad mobilizando a população com a mesma intensidade com que lutaram pela libertação.
Reportagem no Haarez mostra os organizadores arrumando camisetas com slogan que mostram um sentimento de vitória e que, apesar das controvérsias, esse será uma dia de glória para Israel.
Espero e tenho orado muito a D-us nos últimos anos para que Gilad regresse para Israel, para junto de sua família e que esse pesadelo realmente chegue ao fim. Oremos para que o jovem Shalit esteje bem apesar das circunstâncias.
Marion Vaz
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