Durante séculos o Mar Morto foi considerado "solo amaldiçoado" e somente a nova colonização na área, iniciada na década de 1930, conseguiu transformar a "maldição do solo salgado" e a água salgada em uma benção, trazendo prosperidade a toda a região.
Hoje, cerca de 2.000 pessoas vivem às margens do Mar Morto, trabalhando no turismo, agricultura, educação, governo e indústria. Os moradores da região amam o seu lar e, através de projetos verdes e atividades de sensibilização, ajudam a preservar o Mar Morto, como uma pérola de natureza ecológica mundialmente famosa, no coração do Vale da Grande Fenda.
O Caráter Único do Mar Morto
No lugar mais baixo do planeta se encontra o Mar Morto, o maior spa natural do mundo, um tesouro nacional e internacional.
Esta é uma terra linda, de tirar o fôlego, com seus caníones e penhascos, além de extraordinárias riquezas zoológicas e botânicas.
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Salinidade e Fertilidade
Durante gerações, a região do Mar Morto foi considerada "amaldiçoada" devido à elevada concentração de sal do solo, o que impedia as plantações e o desenvolvimento de residência permanente. Somente no início do século 20 os pioneiros começaram a lavar o chão e a desenvolver a maravilha que é a agricultura do deserto, agora responsável por 50% da economia da região. "O sal da terra dá aos frutos e vegetais da região uma doçura e um aroma especiais."
Com uma superfície de aproximadamente 1050 km2, correspondente a um comprimento máximo de 80 quilômetros, e nos últimos 50 anos, o Mar Morto perdeu um terço da sua superfície, em grande parte por causa da exploração excessiva de seu afluente, única fonte de água doce da região, para além da natural evaporação das suas águas. Contudo, os especialistas são de opinião que, dentro de alguns anos, esta perda tenderá a estabilizar paralelamente à estudos que levem à sua conservação e preservação, portanto, o desaparecimento do Mar Morto não aconteceria, segundo estes, nem hoje nem no futuro.
História e Futuro
Além dos locais históricos e dos contos dos tempos bíblicos sobre a região do Mar Morto, incluindo aqueles sobre Massada e Qumran, e o batismo de Cristo no rio Jordão por João Batista, o futuro está sendo criado aqui. Indústria, turismo e agricultura em desenvolvimento garantem a continuidade da região e atraem novos moradores, que vêm para se juntar às 2.000 pessoas que, tomados de amor pelo ponto mais baixo do mundo, vivem hoje aqui. A população da região deverá atingir 14.000 habitantes até 2020.
Penhascos Elevados e o Ponto Mais Baixo da Terra
O Mar Morto está 423 metros (1.388 pés) abaixo do nível do mar: o lugar mais baixo da Terra. É cercado de ambos os lados, a leste e oeste, por altos penhascos – atraindo caminhantes e gente em busca de um desafio –, que incluem as gargantas do Nahal (Wadi) Darga, Qumran, Arugot, David e outros.
Aves Migratórias e Não Migratórias
A cada primavera e outono, 500 milhões de aves migratórias sobrevoam o Mar Morto, encontrando seu lugar de descanso no oásis do deserto, em seu caminho de e para a África e Europa. Muitas outras aves vivem na área durante todo o ano, como o zaragateiro-árabe.
Longe e Perto
A visão dos penhascos majestosos causa um forte impacto em todos os que vivem ou visitam a área. A atmosfera pacífica e encantada tem sido uma característica da terra em torno do Mar Morto desde tempos imemoriais. Aqui não há centros urbanos, e as pessoas vivem em harmonia com a natureza. A apenas cerca de 90 minutos de carro de Tel-Aviv e só a meia hora de Jerusalém é possível encontrar uma das maiores jóias naturais do mundo.
Ciclismo
Uma prova de ciclismo foi feita para advertir sobre os riscos de extinção do Mar Morto, o mais salgado do mundo, que contorna Israel, Jordânia e Cisjordânia. Na imagem, os atletas contornam o mar no lado israelense.
Uma corrida a pé em memória dos irmãos Guiora e Tomer Ron, do Kibutz Ein Guedi
O Mar Morto na Bíblia
Mar Primordial, Mar das Campinas, Mar Salgado - estes são apenas alguns dos nomes do Mar Morto que aparecem em narrativas ao longo da história religiosa.
O Mar Morto tem servido como pano de fundo para alguns eventos inesquecíveis no palco mundial da história: foi lá que o patriarca Abraão travou uma guerra, que Davi se escondeu do Rei Saul, que o profeta Ezequiel teve suas visões, que a história de Massada ocorreu (nas proximidades) e que Jesus foi batizado por João Batista.
A Guerra dos Quatro Reis Contra Cinco
O livro de Gênesis refere-se a uma guerra conduzida por quatro reis contra cinco no Mar Morto: “Todos estes se ajuntaram no vale de Sidim (que é o Mar Salgado)” (Gênesis 14:3; todas as citações bíblicas nesta página foram retiradas da versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel). No curso dessa guerra, Ló, sobrinho de Abraão, foi levado cativo. Abraão, cujo nome ainda era Abrão neste momento, saiu em perseguição aos sequestradores e trouxe Ló de volta para casa.
As frases “Vale de Sidim” ou “Mar de Sidim” vêm da raiz s.i.d., o que significa argila, alcatrão ou betume, materiais que são típicos da região do Vale do Mar Morto. O livro de Gênesis também observa que dois dos reis caíram nos poços típicos da região durante a guerra: “E o vale de Sidim estava cheio de poços de betume; e fugiram os reis de Sodoma e de Gomorra, e caíram ali; e os restantes fugiram para um monte” (Gênesis 14:10).
David se Esconde do Rei Saul
Muitos anos depois de Abraão ter lutado naquela área, foi para lá que David, aquele mais tarde viria a ser rei de Israel, fugiu do Rei Saul: “E subiu Davi dali, e ficou nos lugares fortes de En-Gedi” (1 Samuel 23:29). Esta área também serviu de cenário para o incidente da caverna: David entrou em uma gruta onde o Rei Saul dormia e cortou a ponta de seu manto, provando assim que não tinha intenção de causar mal ao seu soberano.
O Profeta Elias e o Batismo de Jesus
Elias, um dos profetas de destaque no judaísmo e figura religiosa significativa tanto para o islamismo quanto para o cristianismo, se separou de seu discípulo Eliseu e subiu aos céus numa carruagem de fogo puxada por cavalos também de fogo: “E Elias disse: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim ambos foram juntos” (2 Reis 2:6).
O ponto onde Elias subiu aos céus num redemoinho viria a ser considerado pela tradição cristã como aquele onde João batizou Jesus. Hoje, o local é conhecido como Kasr Al-Yahud: “Estas coisas aconteceram em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando” (João 1:28).
Nomes Bíblicos do Mar Morto
O Mar Morto é conhecido por muitos nomes diferentes na Bíblia:
- No livro do Gênesis, o Mar Morto é chamado de Vale de Sidim: “Todos estes se ajuntaram no vale de Sidim (que é o Mar Salgado)” (Gênesis 14:3).
- No livro de Josué, o Mar Morto é chamado de Mar das Campinas: “Pararam-se as águas, que vinham de cima; levantaram-se num montão, mui longe da cidade de Adão, que está ao lado de Zaretã; e as que desciam ao mar das campinas, que é o Mar Salgado, foram de todo separadas; então passou o povo em frente de Jericó” (Josué 3:16).
- O livro de Zacarias refere-se ao local como Mar Oriental: “Naquele dia também acontecerá que sairão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e metade delas para o mar ocidental; no verão e no inverno sucederá isto” (Zacarias 14:8).
- Fontes não-bíblicas referem-se a ele como Mar Morto, porque suas águas não podem sustentar vida marinha, apesar de hospedar vários tipos de algas e bactérias.
No curso da história humana, muitas seitas diferentes buscaram refúgio no Mar Morto. Estas incluem a do Qumran, cujos membros são considerados descendentes de Tzadok, o sacerdote do Primeiro Templo, e a dos Sicários, o grupo de rebeldes judeus que se suicidou em Massada, dando assim origem ao mito daquele monte. Nos tempos modernos, uma tribo beduína descobriu aqui, no início de 1900, s pergaminhos de Qumran, que lançaram uma nova luz sobre um capítulo até então misteriosos da história antiga.
Fonte de partes das informações:
Marion Vaz
Muito bom. Deus abençoe!
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