Na História da humanidade encontramos um povo lutando pela sobrevivência de seus valores morais e espirituais. O Estado de Israel tem enfrentado verdadeiros bombardeios que ora chegam pelos ares – mísseis Katiucha, ora chegam através da Mídia – ameaças e declarações que deterioram a imagem desse país perante a sociedade.
Quando Deus se apresentou a Abrão propondo fazer dele um povo tão numeroso como as estrelas no céu, nasceu Israel. Essa história descrita nas páginas do Primeiro Testamento enfatiza a idéia de uma Terra Prometida ao povo hebreu e seus descendentes. Isaque e Jacó, herdeiros da mesma promessa, mantêm o mesmo relacionamento com Deus e repassam as palavras do Criador aos seus filhos.
Depois de um período de 430 anos de cativeiro no Egito, sob a liderança de Moisés o povo de Israel caminha pelo deserto impulsionados pelas promessas feitas em épocas longínquas. Num ato heróico, o destemido Josué lidera as tribos de Israel naquela difícil tarefa. Conquistar a Terra Prometida foi um longo e árduo processo.
Além do registro do começo de toda a história de Israel encontramos nas páginas da Bíblia uma história alternada por conquistas, derrotas, perdas, vitórias, código de leis, pecados, exílio e retorno.
O período do exilo, parte na Assíria e parte na Babilônia, serviu para alicerçar e conservar a identidade nacional e na proporção que o povo se mantivesse afastado da idolatria, manteriam sua cultura e sua religiosidade. A esperança de retornar a Tzion foi uma chama acesa por um período de setenta anos.
As levas de judeus vinda da Babilônia puseram em prática a reconstrução da cidade de Jerusalém e de seus muros. Com Esdras e Neemias, além do retorno espiritual temos mudanças na esfera política e sócio-econômica.
Sucessivas alterações políticas no panorama histórico mundial nas épocas subseqüentes, contribuíram para alicerçar a consciência ideológica do povo judeu e sua relação, quase indiscutível, com o território localizado naquela parte de Oriente Médio.
Em 1948 temos um momento histórico já previsto nas profecias bíblicas: Nasce o Estado de Israel. Um sonho de Theodor Herzl cinqüenta anos antes, defendido por grupos sionistas que elaboraram uma plataforma junto a diversos países para enfatizar a criação de um lar para os judeus. A partilha da Palestina em dois estados: um judeu e um árabe foi a pauta da reunião da Assembléia Geral da ONU realizada em 29 de novembro de 1947.
Com a declaração de Ben Gurion aos 14 de maio de 1948 o novo Estado entra para História, e como já era de se esperar, fazendo de sua Independência uma Guerra de Libertação. Aliados de cindo países árabes entram em confronto com o recém criado Estado judeu numa tentativa cruel e covarde de exterminar o povo de Israel.
Aliás, essa idéia de exterminar Israel parece ser imitada por líderes militares de tempo em tempo. Aconteceu no Egito com Faraó, no exílio com Hamã, no cerco de Jerusalém nos anos 70 da Era Comum com Vespasiano e Tito, nos Campos de Concentração onde 6 milhões de judeus foram mortos e agora Israel se vê novamente em conflito com grupos extremistas e terroristas que ameaçam os territórios recém reconquistados.
Mas a própria história de Israel nos mostra um povo que não se deixa intimidar, nem mesmo pelas apelações de países poderosos. Estamos diante de um povo que luta constantemente por uma posição geopolítica no cenário mundial. Seria essa a ameaça?
E se Israel é uma ameaça, quem se sente assim tão ameaçado?
Não bastou todas as perseguições de âmbito religioso que massacraram os judeus por anos sem fim? Períodos negros da própria História da humanidade com desfechos que nos dias de hoje nos deixam perplexos? Passaram pelos Impérios, Cruzados, Inquisição, Genocídio, seria esta a ameaça? Porque venceram uma Guerra em Seis Dias? Porque há sempre um remanescente? Um grupo de resistência? Um sionista, que engajado em ideais coloca-os acima de tudo? Seria esta a ameaça? Ou seria isto um sinal?
O que temos visto e ouvido nestes últimos anos é a transformação sócio-econômica de Israel e sua inclusão no panorama político mundial. Textos bíblicos afirmam que Israel é o relógio de Deus, é a nação escolhida para desempenhar um papel importante que culminará no Juízo de Deus sobre os povos. Com certeza vemos nisto um Sinal.
Um Sinal para todos os povos da terra.
Sinal de Benção (Gênesis 12.3), sinal de Salvação (Salmo 68.19), sinal de Juízo (Isaías 2.4)
Marion Vaz
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