terça-feira, 9 de setembro de 2025

Israel não tem tempo de parar e chorar


Há poucos dias li uma reportagem na qual um psicólogo esclareceu que a nação de Israel estava doente. Ele explicou que desde o massacre de 7 de outubro de 2023, a população israelense revive esse drama diariamente e não tem tempo de parar e pensar na tragédia, criando assim, um trauma psicológico que vem afetando a todos.

Quem acompanhou o dia a dia da comunidade judaica, certamente presenciou as lágrimas de cada família quando viram seus filhos e pais sendo arrastados para o território de Gaza e outras centenas de pessoas perderem a vida no massacre, e sabe o quanto é difícil não chorar, não se indignar, não clamar por justiça.

Contam-se mais de 700 dias em que outros raptados ainda estão sendo mantidos cativos sem qualquer assistência médica ou condições básicas de sobrevivência. Sabe-se que muitos já perderam a vida lá em Gaza. Mas parentes e amigos continuam lutando pela libertação dos reféns.

Entendo também que o quadro apresentado por este especialista tem certo valor porque ninguém pode passar por tanto sofrimento sem ser afetado física e psicologicamente. Discordo quando a solução é parar e chorar e refletir e se curar como se fosse o suficiente.  Ninguém vai esquecer este massacre. 

Mesmo que o mundo inteiro vire as costas para Israel e siga seu caminho como se as vidas que se perderam não fosse importante, nós não vamos esquecer. Não vamos perdoar. Não vamos descansar até que todos os reféns estejam em casa. 

Com certeza o governo israelense providenciou assistência médica e psicológica para todos os reféns que voltaram de Gaza. Acredito que a recuperação pode ser lenta para alguns, mas oramos e pedimos a D-us que sejam abençoados.

Quando eu afirmo que Israel não tem tempo de parar e chorar, não estou dizendo que não estamos sofrendo. Estamos em luto constante. Dói terrivelmente ver famílias inteiras sofrendo, sem dormir ou se alimentar direito porque não sabem como estão seus filhos, maridos e pais cativos em Gaza.

Mas, Israel precisa estar em alerta o tempo todo. Em diversas partes do país acontecem ataques contra civis. Há poucas horas houve um atentado em Jerusalém num ônibus com civis que deixou mortos e feridos. Sem falar nas inúmeras ofensas e agressões antissemitas que judeus em todo o mundo passaram a sofrer. Sob a bandeira da liberdade terroristas e simpatizantes do ódio destroem vidas humanas sem qualquer temor.  

É bem visível que o povo israelense resiste a tudo isto movido pela esperança e pela fé no Eterno D-us de Israel. Em luto damos as mãos e saímos às ruas com cartazes e clamando por justiça. Com fé oramos e cantamos para seguir em frente. Mas nunca desistiremos. 


Marion Vaz